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Bomba-relógio no Reino Unido: O naufrágio com 1.400 toneladas de explosivos que ameaça há 80 anos

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 01/12/2024 às 12:07
Bomba-relógio no Reino Unido: O naufrágio com 1.400 toneladas de explosivos que ameaça há 80 anos
Há 80 anos, um naufrágio com 1.400 toneladas de explosivos está encalhado no estuário do Tâmisa, próximo ao Reino Unido, representando um risco remoto, mas com potencial de causar uma das maiores explosões não nucleares do mundo. (Imagem: Reprodução)

Um naufrágio no estuário do Tâmisa, próximo do Reino Unido, com uma carga explosiva da Segunda Guerra Mundial, mantém autoridades em alerta há 80 anos.

Ao largo da costa do Reino Unido, repousa o SS Richard Montgomery, um navio afundado que carrega uma perigosa herança da Segunda Guerra Mundial: uma verdadeira bomba-relógio no Reino Unido. Com 1.400 toneladas de explosivos ainda armazenadas em seus porões, o naufrágio representa um misto de fascínio e apreensão, sendo monitorado de perto pelas autoridades.

O naufrágio que virou lenda

O SS Richard Montgomery tinha uma missão crucial em 1944: transportar mais de 6 mil toneladas de munições e explosivos para apoiar as forças aliadas na Europa. Construído no início da década de 1940 nos Estados Unidos, este navio da classe Liberty teve uma curta e atribulada carreira. Sua última viagem, no entanto, o tornou parte de uma das histórias mais curiosas da Segunda Guerra Mundial e do Reino Unido.

Bomba-relógio no Reino Unido: O naufrágio com 1.400 toneladas de explosivos que ameaça há 80 anos
Os mastros do SS Richard Montgomery são visíveis na superfície do estuário do Tâmisa, próximo à cidade portuária de Sheerness, na foz do rio Medway, no Reino Unido. Esses mastros emergem da água como um lembrete constante da perigosa carga de explosivos ainda armazenada no naufrágio. Uma placa de alerta está pendurada nos mastros para informar sobre a presença de munições.

Após ancorar no estuário do Tâmisa, próximo a Sheerness, Reino Unido, o navio acabou encalhando em um banco de areia devido a condições de maré desfavoráveis e possível má sorte estrutural. Dias depois, as operações para remover a carga começaram, mas foram interrompidas quando o SS Richard Montgomery se partiu ao meio. Apesar de terem retirado metade da carga, cerca de 1.400 toneladas de explosivos permaneceram no naufrágio, transformando-o em uma perigosa memória submersa.

Uma herança explosiva no Reino Unido

Desde então, o naufrágio no Reino Unido tornou-se uma questão delicada. Com o passar das décadas, os explosivos mantidos nos porões dianteiros do SS Richard Montgomery continuam intactos, representando um risco remoto, mas potencialmente devastador. As autoridades britânicas monitoram o local constantemente, com radares 24 horas e inspeções regulares. Apesar de os riscos de explosão serem considerados baixos, a estrutura do navio está em deterioração acelerada, aumentando as preocupações.

Em 2023, relatórios apontaram que a seção frontal do naufrágio está mais instável, com partes desmoronando. A remoção dos mastros visíveis na superfície, prevista para garantir a segurança da estrutura, foi novamente adiada. Enquanto isso, especulações sobre os danos de uma possível explosão continuam a surgir no Reino Unido.

Consequências catastróficas?

Especialistas como o professor David Alexander, da University College London, defendem a remoção dos explosivos, mesmo reconhecendo os enormes desafios e custos envolvidos. Um relatório de 1972 já havia estimado que uma explosão poderia destruir janelas em Sheerness e criar uma gigantesca coluna de destroços, lama e carga explosiva. Alguns chegam a descrever o naufrágio como o potencial “fim do mundo”, dadas as implicações ambientais e sociais de um eventual acidente.

O SS Richard Montgomery é hoje um exemplo vívido de como heranças da guerra podem se perpetuar no tempo, desafiando tecnologias e autoridades. Essa bomba-relógio no Reino Unido, com suas 1.400 toneladas de explosivos, continua a despertar curiosidade e medo, mantendo a história viva em um perigo submerso que parece longe de ser resolvido.

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Paulo
Paulo
07/12/2024 04:11

Trabalhei na empresa que fabricou os braços para o corte dos mastros.
Corte com jacto de agua.
Morei nessa povoação “Sheerness on sea” .
O problema de momento é de que os mastros estão a causar desiquilibrio o o navio parece querer adornar, dai o possivel corte dos mastros.
As centenas de navios que ali passam sempre continuarão a navegar, sem que entrem diretamente na area, ainda que se cortem os mastros.
Já a noticia parece um pouco superficial e mal elaborada pois refere de que foi retirada metade das 1 400 toneladas e depois refere no fim as mesmas 1.400 tn, em que ficamos??
São 1 400 ou so metade 700 tn ???

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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