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BNDES aprova financiamento de R$ 80 milhões para projeto de produção de biometano e energia elétrica da Uisa, no Mato Grosso

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 10/01/2023 às 19:36
O BNDES irá apoiar o desenvolvimento de uma planta industrial de produção de biometano e energia elétrica no estado do Mato Grosso. A companhia Uisa garantirá assim um crescimento ainda maior para o mercado do biogás na região e em todo o Brasil.
Fonte: Money Times

O BNDES irá apoiar o desenvolvimento de uma planta industrial de produção de biometano e energia elétrica no estado do Mato Grosso. A companhia Uisa garantirá assim um crescimento ainda maior para o mercado do biogás na região e em todo o Brasil.

A empresa de biocombustíveis Uisa Geo Biogás iniciou suas atividades em 2023 com grandes resultados para seus empreendimentos futuros. Na última quarta-feira, (04/01), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 80 milhões para um projeto da empresa. Trata-se de uma planta de produção de biometano e energia elétrica em Nova Olímpia, região do Mato Grosso do Sul, que contribuirá para o crescimento dos biocombustíveis em todo o país.

Projeto da Uisa para construção de nova planta de produção de biometano será financiado pelo BNDES com R$ 80 milhões previstos em investimentos 

O mercado dos biocombustíveis no Brasil vem se tornando cada vez mais relevante no cenário econômico nacional, com olhares de diversos investidores para projetos em potencial.

Entre eles, está o BNDES, que financia e apoia projetos em diversas áreas industriais do país para garantir o desenvolvimento nacional.

Agora, o banco anunciou um financiamento de R$ 80 milhões para um projeto de biometano da companhia Uisa.

O empreendimento prevê a construção de uma planta de produção de biometano e energia elétrica na região de Nova Olímpia, Mato Grosso, utilizando resíduos de cana-de-açúcar para manter a planta.

Em sua primeira fase, a planta produzirá anualmente até 11,4 milhões Nm³ (Normal Metros Cúbicos) de biogás e até 32 mil MWh (megawatts-hora) de energia elétrica.

O BNDES e a companhia Uisa esperam que o projeto possa atender áreas ainda não contempladas pela rede de gás nacional com a distribuição de biometano.

O biometano também será utilizado para substituir o diesel de parte da frota de caminhões da Uisa (antiga Usinas Itamarati), uma das sócias do empreendimento, e a energia elétrica irá suprir a demanda da própria unidade, podendo também ser exportada.

De forma estratégica, a planta da Uisa está sendo construída ao lado das instalações de produção de açúcar e etanol, garantindo assim mais facilidade para a destinação dos resíduos operacionais à nova unidade.

Essa é mais uma iniciativa que fomentará o desenvolvimento do mercado de biocombustíveis em todo o Brasil, reforçando sua relevância no compromisso ambiental do segmento energético.

Além de biometano e energia elétrica, nova planta da Uisa com financiamento do Banco Nacional terá capacidade de produção de fertilizantes

Um dos grandes diferenciais do projeto apoiado pelo BNDES para a produção do biometano é que os processos poderão acontecer independente do período de safra e entressafra da cana, pois a tecnologia utilizada será a biodigestão anaeróbica.

Dessa forma, será possível processar resíduos que podem ser estocados, sem que haja a perda de matéria orgânica. Isso garantirá uma produção ainda mais constante e segura durante todo o ano na planta da Uisa.

Além da produção de biometano e energia elétrica, o projeto da companhia de biogás prevê também a produção de fertilizantes na planta.

Esses produtos serão destinados integralmente à Uisa para uso nas plantações de cana, como contrapartida ao fornecimento dos resíduos industriais.

O investimento total para o desenvolvimento do projeto de biometano é de R$ 243,5 milhões. Dessa forma, os R$ 80 milhões financiados pelo BNDES representam cerca de 33% do investimento total, garantindo um forte apoio ao negócio.

A expectativa é que o empreendimento contribua também para a redução de emissões de gases de efeito estufa.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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