Investimento impulsiona estaleiros, gera empregos e reforça contratos com a Petrobras no Rio de Janeiro e em Santa Catarina
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em 2024, a liberação de R$ 239,3 milhões para o Grupo Edison Chouest Offshore, operador de estaleiros e terminais portuários no Brasil.
O financiamento, obtido por meio do Fundo da Marinha Mercante (FMM), tem como objetivo modernizar embarcações e finalizar um projeto estratégico no porto do Açu, em São João da Barra (RJ). Além disso, a medida integra a estratégia do governo para retomar a força da indústria naval brasileira.
Modernização tecnológica das embarcações
Do montante total, R$ 186,1 milhões vão para a Bram Offshore, subsidiária do conglomerado norte-americano. Assim, o recurso cobre 90% dos custos de reparos e conversões em 15 embarcações, incluindo uma contratada pela Petrobras.
Com isso, uma dessas embarcações ganhará propulsão híbrida, com baterias a bordo, o que reduzirá o consumo de combustíveis fósseis e aumentará a eficiência energética. Além disso, a modernização permitirá diminuir custos operacionais e emissões de poluentes.
As intervenções ocorrerão no estaleiro Navship, em Navegantes (SC), que também integra o grupo. Por isso, o BNDES prevê a mobilização de 413 profissionais, fortalecendo empregos qualificados e estimulando a economia regional. Dessa forma, o projeto combina geração de renda com avanços tecnológicos.
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Conclusão da obra no porto do Açu
Paralelamente, R$ 53,2 milhões vão para a conclusão de um empreendimento no porto do Açu, cuja aprovação inicial ocorreu em 2017. No entanto, as obras foram interrompidas durante a pandemia. Agora, a retomada marca uma nova fase de expansão logística na região.
O projeto, avaliado em R$ 322,3 milhões, já recebeu R$ 183,3 milhões e gerou 322 empregos diretos. Além disso, a obra fortalece a estrutura portuária para atender demandas crescentes.
De acordo com o BNDES, a unidade de São João da Barra vai atender contratos recentes da Petrobras com o conglomerado. Esses contratos, por sua vez, incluem a construção de dez novas embarcações no estaleiro de Navegantes. Assim, o projeto fortalece a capacidade operacional e mantém o Brasil competitivo no setor naval.
Apoio estratégico à indústria naval brasileira
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco segue determinação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retomar o apoio à indústria naval. Segundo ele, mais de 95% do comércio exterior brasileiro ocorre por via marítima, o que torna o setor fundamental para a economia e para a criação de empregos.
Além disso, o incentivo à indústria naval estimula a inovação, fortalece a produção nacional e amplia oportunidades para fornecedores locais.
Principais pontos do investimento
- R$ 239,3 milhões liberados em 2024 pelo BNDES.
- R$ 186,1 milhões para reparos e conversões de 15 embarcações.
- R$ 53,2 milhões para finalizar obra no porto do Açu.
- 413 profissionais envolvidos nos trabalhos em Santa Catarina.
- 322 novos empregos criados no porto do Açu.
- Contratos da Petrobras para 10 novas embarcações.
Com isso, o BNDES impulsiona a inovação tecnológica, estimula a sustentabilidade e amplia a capacidade produtiva da indústria naval. Dessa forma, o país se prepara para atender a demandas crescentes e manter relevância nas rotas marítimas globais.
E para você, qual deve ser a prioridade: acelerar a modernização para ampliar a competitividade da indústria naval ou adotar uma expansão gradual, garantindo estabilidade e sustentabilidade no setor?