No Brasil, é necessário que veículos automotivos, em algumas naturezas, precisam de CNH para rodar livremente pelas ruas. Conforme o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), para conduzir ciclomotores acima de 50 cilindradas, o condutor precisa da CNH tipo A. Por isso, também surge a pergunta: é preciso emplacar uma moto elétrica?
Primeiramente, vale citar que as motos elétricas não rodam por cilindradas, como as motos convencionais, mas por watts. Dessa forma, muitas pessoas, além de questionarem sobre a necessidade de CNH, também se perguntam se o processo de regularização é o mesmo.
Neste sentido, muitas pessoas usam moto diariamente, seja para trabalhar ou estudar, principalmente nas grandes cidades. Hoje, a frota brasileira de motos conta com mais de 60 milhões de veículos, e ter tudo sob controle é uma das missões do Governo Federal e seus órgãos de fiscalização.
Por que comprar uma moto elétrica?
Além de serem ecológicas, as motos elétricas possuem um diferencial: elas possuem baixa manutenção. Embora sejam diferentes das motos convencionais, elas precisam de alguns cuidados básicos.
Em suma, todo veículo precisa de manutenção. Nas motos comuns, é necessário trocar o óleo, mas isso não ocorre nas motos elétricas. Apesar disso, ainda é necessário trocar sua bateria, verificar freios, lubrificar cabos, entre outras coisas.
Porém, diferente das motos comuns, as motos elétricas possuem menos vistorias, já que elas possuem somente uma parte móvel, a moto elétrica. Como consequência, a moto elétrica não possui óleo, filtro de ar, correias dentadas ou velas de ignição.
Hoje, a principal preocupação do proprietário de uma moto elétrica é com a sua bateria, que é o pilar de qualquer veículo elétrico. Na maioria das motos elétricas, temos uma vida útil de bateria de lítio de 2 mil ciclos completos de recarga, em média. Assim, é possível andar 120 mil km.
Sendo assim, se você rodar bastante com a moto elétrica, seja para trabalhar, por exemplo, a sua bateria será mais curta que o normal, mesmo que ela precise de pouca bateria.
Temos que emplacar uma moto elétrica?
Sim! O Contran exige que todos os cicloelétricos e ciclomotores sejam emplacados. Segundo a lei, pilotar uma moto elétrica sem emplacamento – após o prazo de 15 dias da emissão da nota fiscal da compra – é irregular.
Dessa forma, é necessário fazer o emplacamento da moto elétrica junto ao Detran, preferencialmente após compra. Para isso, é necessário apresentar os respectivos números de chassi e notas junto ao órgão de trânsito.
Apesar de ser um processo complicado, ele é fundamental, pois a moto precisa ter números de série junto ao Detran. No processo, sua moto elétrica passará por uma vistoria, para conferir itens como farol e pisca. Além disso, é necessário estar atento às taxas de emplacamento, que variam conforme o estado.
Moto elétrica sem placa pode levar multa?
É possível que a moto que você comprou não tenha números de série junto ao Detran, ou não se enquadra em algumas outras regras, como a existência de números no chassi. Logo, a moto não é regularizada. Por outro lado, o condutor pode escolher não efetuar o emplacamento.
Entretanto, é válido mencionar que a multa por andar de moto elétrica sem placa é considerada infração gravíssima – 7 pontos da CNH. Além disso, a multa é de R$293,47. Além disso, ela pode ser confiscada, indo para um pátio do Detran.
Por fim, é possível perder a moto elétrica por não estar devidamente emplacada. Entretanto, a fiscalização realizada no Brasil depende da região, onde alguns são mais rígidos às normas do que outros. Hoje, não é incomum ver tantas motos no pátio do Detran, especialmente porque os condutores negligenciam a sua regularização.