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Quais os principais problemas do transporte ferroviário no Brasil?

30 de novembro de 2022 às 11:49
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Quais os principais problemas do transporte ferroviário no Brasil
Quais os principais problemas do transporte ferroviário no Brasil (Foto/divulgação)

A história da utilização de ferrovias no Brasil teve início em meados do século XIX, com uma relação próspera no seu início. No entanto, com o passar do tempo, esse modelo de transporte começou a ser sucateado, além de ser deixado de lado por outros modos de transporte. Sendo assim, vamos te mostrar quais os principais problemas do transporte ferroviário no Brasil.

Neste sentido, devido à precarização das ferrovias, começaram a surgir diversos problemas de trem durante o transporte. Por outro lado, nos últimos anos, a iniciativa privada decidiu investir pesado nesse setor, chegando a marca de R$50 bilhões na criação de novas ferrovias, além de melhorias nas já existentes.

Contudo, a estrutura ferroviária ainda precisa melhorar muito para ter uma utilização satisfatória em um país com dimensões continentais. Por isso, vamos te mostrar quais são os principais problemas do setor ferroviário no Brasil, e se existe alguma medida para diminuir esses problemas.

Quais são os maiores problemas das ferrovias no Brasil?

Quais os principais problemas do transporte ferroviário no Brasil / Canal Edu Gonzaga

Como mencionado, durante a história, o setor ferroviário sempre foi preterido no Brasil, especialmente pelo setor rodoviário. Sendo assim, confira algumas razões que impedem o crescimento das ferrovias no Brasil:

1 – Falta de malha ferroviária adequada

Um dos maiores problemas atuais na malha ferroviária brasileira é a falta de extensão de trilhos. Com poucos investimentos ao longo dos últimos anos, muitos locais que precisam de uma ferrovia para o escoamento de produções não possuem, tendo sempre que optar pelo sistema rodoviário.

Além disso, uma grande parte da malha ferroviária já existente apresenta problemas que impedem ou dificultam sua utilização. Na verdade, esses dados foram levantados por um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para avaliar o cenário ferroviário brasileiro.

Conforme o estudo, 30% da extensão de trilhos ferroviários brasileiros estão inutilizados, sendo que 23% estão sem condições operacionais. Assim, para os especialistas que guiaram a pesquisa, também possui grande parte desse problema os contratos de concessão das malhas ferroviárias concedidos na década de 1990. 

2 – Falta de políticas públicas para o setor

Como mencionado, diversos problemas na infraestrutura ferroviária brasileira ocorrem devido à falta de incentivo governamental no passado e, atualmente, mesmo com os esforços para melhor o setor, ainda existem poucas políticas públicas para mudar o segmento.

Sendo assim, para ilustrar esse cenário, hoje, 65% do transporte de cargas no Brasil é feito por caminhões, mesmo que a capacidade das ferrovias seja três vezes superior, por cada vagão.

Diante disso, a região Centro-Oeste é a que mais necessita de malha ferroviária atualmente, para conseguir escoar sua produção agrícola e mineral para diversas regiões do Brasil. Por outro lado, também existe uma carência em relação à capacidade de atendimento de alguns portos nas regiões Sul e Sudeste do país.

3 – Pesagem de carga nos trens 

Um problema comum na indústria no setor ferroviário, é relacionado a pesagem dos trens, tanto na carga quanto na descarga. Isso ocorre porque ao não pesar devidamente o que será transportado, corre-se o risco de acontecer tantos danos na própria estrutura do trem e vagões, como na própria malha ferroviária.

Por isso, para evitar a ocorrência de problemas desse tipo, é ideal contar com um equipamento adequado de pesagem que garanta alta precisão, como as balanças de pesagem em movimento.

Com modelos com classe de exatidão entre 0.2% a 1%, eles permutam um grande operacional, podendo ser instaladas próximas a áreas de carregamento e descarregamento de vagões preparadas para manobras de parada, tornando o processo de pesagem dos vagões mais simples e transparente.

Por fim, esse fator é fundamental quando se possui um fluxo de vagões acima de 30 por dia. Além disso, ficar preso a tecnologias ultrapassadas para o desenvolvimento das atuais ferrovias, como as balanças estáticas, por exemplo, gera grandes perdas para a indústria, especialmente no campo econômico.

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