Atualmente, a energia nuclear corresponde a 17% da geração de energia elétrica no mundo. Embora não gere gases do efeito estufa, a energia nuclear ainda apresenta outros perigos, como os resíduos de alta radioatividade e a possibilidade de acidentes. Dessa forma, vamos te mostrar quais foram os maiores acidentes com energia nuclear.
Inclusive, as usinas nucleares atuais possuem diversos protocolos de segurança para evitar acidentes, como os que serão citados nesta lista. Por isso, se você não sabe como pode ser destrutiva a energia nuclear, confira os maiores acidentes com energia nuclear da história:
1 – Chernobyl (1986)
Quando perguntamos quais foram os maiores acidentes com energia nuclear, é impossível não citar Chernobyl. Em 1986, na Ucrânia, um reator da usina de Chernobyl apresentou problemas técnicos, liberando uma nuvem radioativa, com 71 toneladas de urânio e 900 de grafite. Na época, o acidente foi responsável pela morte de 2,4 milhões de pessoas nas proximidades, e atingiu o nível 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES).
Após a explosão do reator, diversas equipes chegaram ao local para combater as chamas. Entretanto, sem equipamento adequado, eles morreram em combate com a radiação, ficando conhecidos como “liquidadores”. Na época, a solução para conter a radioatividade foi construir uma estrutura de concreto, chumbo e aço, para cobrir a área da explosão.
Entretanto, a construção foi feita às pressas, ou seja, o local continua nocivo até hoje pela radiação. Como comparativo, o volume de partículas radioativas em Chernobyl é 400% maior do que a bomba atômica que atingiu Hiroshima e Nagasaki.
2 – Three Mile Island (1979)
Em 28 de março de 1979, a central nuclear de Three Mile Island foi cenário de um cenário que atingiu o nível 5 da Escala Internacional de Eventos Nucleares. Situada na Pensilvânia, a usina nuclear sofreu um superaquecimento devido a um problema mecânico, mas não chegou a explodir, devido à contenção dos técnicos.
Embora não tenha ocorrido morte por radiação, mais de 25 mil pessoas entraram em contato com os gases nocivos, que foram liberados para evitar a explosão. No mesmo ano, diversas comissões especializadas confirmaram que a quantidade de radiação não era o suficiente para causar danos graves à população afetada.
3 – Tokaimura (1999)
Em 1999, a 100 km de Tóquio, Tokaimura foi vítima de um grave acidente nuclear. Conhecida por ser a cidade sede da indústria nuclear japonesa, mais de 600 pessoas foram afetadas com o acidente. Basicamente, tecnologias de uma empresa de reprocessamento de urânio não souberam dosar o metal radioativo em um reator desativado há anos, que sofreu uma reação descontrolada, vazando a radiação.
4 – Seversk (1993)
Situada na Sibéria, a cidade de Seversk abriga diversos reatores nucleares e indústrias químicas, especialmente para o processamento de urânio e plutônio. Em 1993, a usina Tomsk-7 sofreu um acidente, quando um tanque com substância radioativas explodiu. Na época, uma nuvem radioativa se formou na região, que atualmente ainda é desabitada. Entretanto, o número de vítimas ainda é desconhecido.
5 – Césio – 137 (1987)
Em 1987, Goiânia viu o maior acidente nuclear brasileira sendo nível 5 conforme a INES. Na época, dois catadores de papel encontraram um aparelho de radioterapia e o levaram a um ferro-velho. Após demonstrarem o aparelho, os homens encontraram uma cápsula de chumbo, contendo cloreto de césio em seu interior.
Dessa forma, a coloração brilhante levou os catadores a levar o material para casa onde, posteriormente, distribuíram o “pó branco” para familiares e vizinhos. Sendo assim, após o contato com o césio, os moradores começaram a sentir náuseas, vômitos e diarréias. Ao todo, onze pessoas morreram no incidente e mais de 600 foram contaminadas com radiação. Aliás, a exposição a radiação atingiu mais de 100 mil pessoas na época!
Por fim, o ferro-velho onde eles encontraram a cápsula foi demolido, e muitas pessoas se mudaram na cidade. Para conter a radiação, as autoridades sanitárias construíram um depósito numa cidade próxima, Abadia de Goiânia, para armazenar mais de 13 mil toneladas de lixo atômico.