A princípio, as usinas nucleares são instalações industrializadas usadas para produzir energia elétrica através de fissão nuclear. A produção de energia elétrica através desse processo começou na década de 1950, mas houve diversos avanços na radioatividade. Entretanto, existe uma dúvida: o que acontece se explodir a maior usina nuclear do mundo?
Neste sentido, embora sejam sempre alvo de controvérsias, as usinas nucleares são fundamentais para manter a matriz energética de muitos países. Além disso, essas usinas possuem como maior benefício a sua operação incessante, sem contar que não produzem gases do efeito estufa, como outros tipos de geração de energia.
Entretanto, os rejeitos das usinas continuam sendo um problema, embora muitos afirmam que a quantidade e riscos são pequenos. No Brasil, temos duas usinas nucleares em operação, as usinas de Angra 1 e 2, situadas na cidade de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro.
Como funciona uma usina nuclear?
Basicamente, o combustível radioativo, ao sofrer uma reação nuclear, produz uma enorme quantidade de energia. Sendo assim, essa energia é transferida na forma de calor para uma massa de água, que evapora e produz valor. Depois, o valor é direcionado a uma turbina, onde a energia mecânica é usada para um gerador produzir energia elétrica.
Em suma, quando falamos do processo de uma usina nuclear, devemos lembrar que há três transformações de energia: a energia gerada na reação nuclear se converte em energia térmica. Depois, a energia térmica se transforma em energia mecânica. Assim, finalmente, a energia mecânica se transforma em energia elétrica.
Como está a realidade nuclear no mundo?
Atualmente, existem 440 reatores nucleares em operação no mundo, espalhados em 32 países. No total, eles possuem capacidade instalada de gerar 390 gigawatts de energia. Conforme a Associação Nuclear Mundial, em 2021, a energia nuclear gerou 2553 terawatts hora (TWh), sendo o suficiente para atender 10% da demanda mundial por energia elétrica.
Dessa forma, isso acontece porque a usina nuclear usa a fissão do átomo de urânio para gerar eletricidade. Embora não seja uma fonte renovável, o urânio é uma boa opção por não liberar CO2, ou seja, não contribui para as mudanças climáticas.
Por outro lado, construir e manter uma usina nuclear não é barato, mas o Urânio-235 produz 80 mil vezes mais energia do que o carvão mineral, por exemplo.
O que acontece se uma usina nuclear explodir?
Hoje, acidentes com usinas nucleares são mínimos, devido aos esforços para combater esses sinistros. Entretanto, caso um acidente ocorra com a Usina de Fukushima, a maior do planeta, os danos da radiação se espalharam rapidamente, podendo cruzar fronteiras, afetando cidades e vilas próximas.
Neste sentido, após o acidente na usina em 2011, a rotina de Fukushima mudou. Isso por o Japão ser um país que, normalmente, depende da importação de alimentos para manter a população. Sendo assim, a explosão de sua maior usina causaria danos ambientais e ao ser humano, como deformações físicas ou câncer. Por isso, os cuidados com a usina de Fukushima foram redobrados há uma década, para evitar sinistros como esses.
Além disso, a radioatividade contamina rios e solos, onde o vazamento poderia percorrer quilômetros de distância, chegando até mesmo a países próximos, como a China. Assim, o acidente nuclear seria responsável pela contaminação em alta escala de rios e até mesmo parte do mar da costa japonesa.
Por fim, o risco de uma usina nuclear explodir atualmente é pequeno. Isso porque, diferente de Chernobyl, as usinas atuais não usam grafite no processo de fissão que, na época, era altamente inflamável. Sendo assim, a possibilidade de um desastre como esse é baixa, mas não inexistente.