Atualmente, muitos acreditam que os biocombustíveis fazem parte da “cultura energética”. Entre os mais comuns do mercado, podemos citar o biodiesel e o bioetanol. Entretanto, muitos se perguntam quais são as consequências dos biocombustíveis, uma vez que são oriundos de material renovável, portanto, não deveriam apresentar risco às pessoas ou ao meio ambiente.
Em suma, os biocombustíveis são produzidos a partir de plantas energéticas, como o milho, a cana-de-açúcar, os cereais, as beterrabas, plantas oleaginosas, entre muitos outros. Dessa forma, esses combustíveis são interpretados como ‘limpos’, e muitos acreditam que eles podem ser a solução para combater as mudanças climáticas globais.
Como são produzidos os biocombustíveis?
Atualmente, os biocombustíveis mais consumidos do mundo são o biodiesel, o etanol e os óleos vegetais puros. O primeiro, é feito a partir de soja ou de colza, segundo, a parte do milho e da beterraba. Geralmente, esses bicombustíveis são usados no setor de transportes, principalmente para uso em motores adaptados, sem contar que podem ser misturados com diesel ou gasolina.
Quais os desafios dos biocombustíveis?
Durante décadas, o Brasil vem desenvolvendo um cenário para a produção de biocombustíveis, focando sua ação em novas técnicas e sempre adquirindo novas tecnologias. Neste sentido, a missão do país é ser líder no setor, especialmente devido a sua grande capacidade de produção por excesso de matéria-prima.
Entretanto, existem alguns desafios sobre essa realidade. Isso porque organizar o mercado diante da produção de etanol a partir da cana-de-açúcar é um desafio, especialmente devido aos efeitos ecológicos que possui. Isso porque, apesar do seu caráter ecológico, os biocombustíveis ainda contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
Por outro lado, a situação pode se inverter a qualquer momento. Embora o Brasil tenha um número gigantesco de matéria-prima, a constante produção concorre com o mercado alimentício, ou seja, é provável que faltam insumos para alimentação da população em algum momento, encarecendo o preço dos produtos.
Quais as consequências dos biocombustíveis?
Embora possua muitas vantagens, podemos dizer que o uso de biocombustíveis é um tema bastante delicado. Primeiramente, a produção do biocombustível consome uma grande quantidade de energia e, devido à falta de novas tecnologias, ainda é baseada em culturas intensivas, ou seja, que produzem gases de efeito estufa, como o óxido de azoto. Além disso, muitas das terras usadas para o cultivo de plantas eram anteriormente regiões com enorme capacidade de absorção de CO2, como no caso de muitas florestas tropicais. Como exemplo, podemos dizer a desflorestação da América Central e da Ásia, que desmatou diversas regiões para cultivar trigo e outros alimentos.
Neste sentido, também podemos apontar algumas desvantagens, principalmente relativas à poluição causada pelas culturas intensivas. Outros fatores aparecem quando respondemos quais as consequências dos biocombustíveis, como o elevado consumo de água, a perda da diversidade biológica e dos habitats alimentares. Devido à alta demanda por insumos, ainda existe uma preocupação sobre a utilização das culturas para a produção de biocombustíveis. Isso porque ela pode provocar a falta e o consequente aumento do preço de produtos alimentares, como a soja e o milho.
Além disso, a produção de biocombustíveis também traz um problema: o uso de fertilizantes. Devido ao grau elevado de plantações, algumas tecnologias são usadas para acelerar a colheita e, neste processo, existe uma abundante utilização de fertilizantes que, eventualmente, não possuem somente devido aos gases que liberam, mas também devido ao descarte incorreto em mares, rios e também em áreas terrestres. Por fim, embora apresente uma ponta de luz diante do aquecimento global, a produção de biocombustíveis também deve ser adaptada para integrar novos modelos de desenvolvimento, que permitam que os riscos ambientais sejam diminuídos durante o seu uso, e não o contrário.