Em suma, o transporte ferroviário é aquele feito por veículos que percorrem linhas de ferro, composta por carris, como os trens. Normalmente, ele é utilizado para transportar bens e pessoas e, dessa forma, vamos te mostrar o que as ferrovias transportam no Brasil e como está o setor atualmente no país.
Basicamente, as ferrovias são indicadas para transportar cargas pesadas, tais como produtos agrícolas, minérios, siderúrgicos, alimentares, entre outros. Além disso, ele também é muito usado para transportar pessoas a médias e longas distâncias, embora seja um transporte pouco usado no Brasil.
Por outro lado, um novo marco legal do Ministério da Infraestrutura, lançado no ano passado, prevê investimentos avaliados em R$240 bilhões para o setor ferroviário brasileiro. Neste sentido, é esperado que o segmento avance gradualmente até o fim da próxima década.
Quais são as vantagens e desvantagens do transporte ferroviário?
A princípio, podemos dizer que os investimentos no setor ferroviário não são tão altos à toa. Isso porque eles representam um transporte mais seguro, de baixo impacto ambiental, além de ter um custo operacional e de manutenção baixos, quando comparado a outros tipos de segmento, como o rodoviário, por exemplo.
Dessa forma, as ferrovias são transportes vantajosos, pois possuem maior capacidade de carga, especialmente quando comparado aos transportes rodoviários e aéreos. Inclusive, o setor ferroviário consegue percorrer grandes distâncias com baixo consumo de energia.
No entanto, mesmo que as ferrovias não sofram com congestionamentos, como ocorre no transporte rodoviário, por exemplo, alguns transportes ferroviários são lentos, ou seja, o mercado prefere utilizar outros sistemas mais rápidos.
Por outro lado, uma das desvantagens do transporte ferroviário é a baixa flexibilidade pela rigidez dos horários, além das limitações das extensões da malha férrea. Em outras palavras, a grande desvantagem é que os transportes ferroviários não podem percorrer outros caminhos.
Quais são os principais produtos transportados pelo setor ferroviário brasileiro?
Atualmente, os principais produtos transportados pelas ferrovias são commodities de baixo valor, como minérios, grãos, alguns combustíveis, algodão, entre outros. Segundo um levantamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os produtos mais transportados atualmente no Brasil são grãos, contêineres, água, vinho, cimento e pedra.
A Situação atual do setor ferroviário no Brasil
Atualmente, o Brasil possui 30.000 km de ferrovias para tráfego, garantindo uma densidade ferroviária de 3,1 metros por km². No entanto, esse número é pequeno quando comparado aos EUA (150/km²) e a Argentina (15m/km²). Além disso, as ferrovias são mal situadas e distribuídas, sendo 52% localizadas na Região Sudeste do país.
Na Malha Sul brasileira, comandada pela América latina Logística (ALL), temos um ótimo desempenho de ferrovias, com 15.629 km de extensão e volume de carga de 20,8 milhões de toneladas. Através delas, são transportados principalmente grãos, contêineres, produtos siderúrgicos, vinhos, cimento e pedra.
Conforme um levantamento da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF), somente no ano passado, as ferrovias nacionais elevaram em 15% o volume transportado, quando comparado ao mesmo período um ano antes.
Esses indicativos de crescimento foram acompanhados pelo aumento de desempenho, medida por tonelada a cada quilômetro útil, (TKU), que também elevou 30% quando comparado ao mesmo período de 2020. Para a ANTT, as atuais concessões ferroviárias têm impacto direto no escoamento de produtos internos.
Isso porque as concessões da Vale nas Estradas de Ferro Carajás (EFC) e da MRS Logística, mantiveram o crescimento do transporte ferroviário de cargas no setor de minério de ferros, onde os granéis agrícolas foram atendimento, principalmente, pelas concessões da Ferrovia Centro Atlântica (FCA) e as malhas Paulista, Norte, e Sul da companhia Rumo Logística.
Por fim, a ANTT ressaltou que, em 2021, os produtos com baixa commodity, como minério de ferro, açúcar, celulose, produtos siderúrgicos, entre outros, foram os que tiveram maior desempenho no período citado.