Os SUVs e carros com peças absurdamente caras estão levando proprietários ao limite: consertos simples viram prejuízos de cinco dígitos, com custos de manutenção que rivalizam com o preço de compra dos próprios veículos
Ter um carro de luxo ou um SUV imponente deixou de ser apenas uma questão de status e passou a ser um teste de resistência financeira. Isso porque muitos SUVs e carros com peças absurdamente caras apresentam custos de manutenção que beiram o absurdo, transformando qualquer batida leve ou falha técnica em contas acima de R$ 10 mil.
Conforme reportagem do UOL, mesmo itens aparentemente simples, como câmeras de ré, para-brisas ou baterias, exigem tecnologia especializada e peças importadas, o que multiplica o preço de qualquer reparo. Em alguns casos, o conserto só é possível em oficinas credenciadas, com equipamentos específicos e técnicos treinados o que eleva ainda mais a fatura final.
Quando o conserto exige desmontar o carro inteiro
Entre os exemplos mais emblemáticos está o Land Rover Discovery 4, que exige a separação completa da carroceria do chassi para a troca da correia dentada.
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O processo, chamado de “descabinar”, demanda horas de trabalho técnico e reprogramação de todas as centrais eletrônicas.
O resultado é uma operação que pode custar dezenas de milhares de reais e que afasta até oficinas experientes.
Quanto mais complexo o carro, mais cara é a manutenção. SUVs de alto desempenho trazem motores potentes em cofres apertados, exigindo desmontagem total para reparos que, em outros modelos, seriam simples substituições.
O custo logístico e o tempo de mão de obra fazem o valor final disparar.
Peças pequenas, prejuízos grandes
Mesmo veículos mais recentes e de preço intermediário também entraram na lista dos SUVs e carros com peças absurdamente caras.
O Fiat Fastback, por exemplo, tem a câmera de ré como alvo de furtos e o prejuízo vai muito além do furto em si.
A peça original custa cerca de R$ 2 mil, e se o roubo danificar a fibra óptica que leva as imagens à central multimídia, o conserto pode ultrapassar R$ 5 mil.
A sofisticação eletrônica que deveria agregar conforto está se tornando um pesadelo para o bolso.
Sistemas de assistência e sensores exigem componentes de alta precisão, e qualquer substituição precisa ser feita com calibração digital, o que eleva ainda mais os custos.
Para-brisas inteligentes que custam como um computador
Os para-brisas equipados com sistemas ADAS (Assistência Avançada ao Motorista) são outro ponto crítico.
Uma simples trinca causada por pedra ou impacto pode custar mais de R$ 3 mil apenas pela peça original.
E o problema não termina aí: o novo vidro precisa ser calibrado junto às câmeras do sistema, um procedimento que requer ferramentas específicas e pode adicionar mais R$ 500 à conta.
Esses componentes, que melhoram a segurança, também encarecem as consequências de qualquer dano.
O dono de um carro moderno não paga apenas pelo vidro, mas pelo conjunto tecnológico que o acompanha.
Baterias de carros elétricos: o novo fantasma de quem busca economia
Nos veículos elétricos, o drama é ainda maior.
As baterias de alta tensão ficam posicionadas na base do carro, expostas a impactos em lombadas e pedras.
Apesar da proteção reforçada, há relatos de danos causados por pequenos acidentes e o custo de substituição ultrapassa R$ 200 mil em alguns modelos.
Quando o seguro não cobre, a perda é total.
A troca da bateria representa valor maior do que o próprio carro usado, o que transforma o reparo em um prejuízo inviável.
O avanço dos elétricos trouxe eficiência e silêncio, mas também custos inéditos em reparos.
O fenômeno dos “restos de ricos”
Há ainda o grupo dos carros de luxo antigos, conhecidos popularmente como “restos de ricos”.
Modelos de marcas como Porsche, BMW e Land Rover, que custavam pequenas fortunas quando novos, hoje são encontrados no mercado de usados por preços equivalentes aos de SUVs médios.
Mas o barato sai caro: as peças continuam custando o mesmo que na época de lançamento, e a manutenção depende de oficinas especializadas.
É comum que proprietários desses modelos adiem revisões, o que leva a falhas graves em motores e transmissões.
Em muitos casos, o reparo é tão caro que o carro acaba sendo desmontado para revenda de peças.
Cuidado redobrado na hora de escolher um carro de luxo usado
Especialistas alertam que, antes de comprar um veículo premium, o consumidor deve avaliar não apenas o preço de aquisição, mas o custo de manutenção a longo prazo.
É essencial verificar a disponibilidade de peças, a rede de assistência e o histórico de revisões.
O que parece um bom negócio na tabela pode se transformar em um rombo financeiro.
Carros de luxo ou SUVs sofisticados exigem planejamento e reserva de emergência e não apenas paixão automotiva.
Você acha que vale a pena ter um SUV ou carro com peças absurdamente caras pelo conforto e status, mesmo com o risco de prejuízos tão altos na manutenção?


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