Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
Tecnologia sustentável elimina metais e aposta na agricultura como base para armazenamento de energia durável e ecologicamente correto
Uma bateria criada na Ucrânia feita de carbono, água, sal e resíduos agrícolas pode mudar como armazenamos energia. Sem metais raros, ela não explode, não polui e é 95% reciclável. A proposta é da startup SorbiForce, que desenvolveu o sistema como uma alternativa segura e sustentável às baterias de lítio.
Bateria sem metal pesado: materiais simples, resultado inovador
A bateria funciona sem nenhum metal pesado. Nada de lítio, cobalto ou manganês. A estrutura básica é composta somente de materiais abundantes e de baixo custo: carbono, água e sal. Além disso, ela aproveita resíduos agrícolas no processo de produção.
O funcionamento é baseado em uma camada de carbono ultraporosa. Os elétrons se movem por ela usando três processos físicos, do cátodo para o ânodo. Como ambos os polos são feitos do mesmo material, não há reações químicas perigosas. Isso elimina riscos como superaquecimento, fogo ou vazamentos tóxicos.
-
Embrapa realiza estudo para transformar agave, planta usada na produção da tequila, em etanol
-
Consumo de água da indústria é 3 mil vezes maior que o dos data centers no Brasil, aponta estudo da Brasscom
-
Estudante canadense de engenharia modificou um motor de trator Harley-Davidson para funcionar com biodiesel feito de óleo de cozinha usado
-
Foi o café do Brasil que financiou a criação do avião de Santos Dumont — entenda essa ligação marcante
Segurança e durabilidade
Um dos grandes diferenciais da bateria da SorbiForce é sua durabilidade. A expectativa é de que ela funcione por mais de 6.000 ciclos, o que pode equivaler a até 30 anos de uso.
Outro ponto curioso: quanto mais é usada, melhor ela fica. O carbono tende a se otimizar com o tempo, desde que a água seja reposta periodicamente.
Além disso, a segurança é um ponto forte. Por não conter metais ou componentes tóxicos, a bateria criada na Ucrânia é ideal para locais sensíveis, como residências, hospitais, escolas ou centros de dados. Também se adapta bem a sistemas de energia renovável.
Bateria verde de verdade
Ao contrário das baterias de lítio, que geralmente acabam em aterros ou incineradas, a da SorbiForce é quase totalmente compostável. Cerca de 95% de seus materiais podem ser reaproveitados ou devolvidos à natureza sem gerar resíduos nocivos. Isso resolve um problema crescente: o descarte de baterias elétricas.
Em 2023, mais de 12 milhões de carros elétricos foram vendidos em todo o mundo. Todas essas baterias precisarão ser substituídas no futuro. Tecnologias como a da SorbiForce ajudam a evitar que esse lixo se torne um novo desafio ambiental.
Testes e próximos passos da nova bateria
A SorbiForce já está preparando seus primeiros projetos piloto. Os testes devem envolver baterias com capacidade entre 60 e 150 kWh, o suficiente para abastecer uma casa por vários dias ou sustentar uma fazenda solar.
A empresa agora busca levantar 5 milhões de dólares em investimentos para escalar a produção. Um ponto positivo é que todos os materiais necessários já existem em larga escala. Ou seja, não há dependência de importações nem extração em minas ao ar livre.
Energia limpa, segura e acessível
A proposta da SorbiForce é criar uma nova geração de baterias que não dependam de zonas de conflito, reduzam a pegada de carbono e se integrem com facilidade a sistemas de energia solar e eólica.
Essa tecnologia pode ajudar a construir uma economia energética mais circular. Em vez de competir com as fontes renováveis, ela atua como suporte. Com a bateria criada na Ucrânia, a energia solar pode ser usada mesmo à noite. A energia eólica também pode ser armazenada e liberada constantemente.
O caminho ainda é desafiador, mas a SorbiForce acredita que está no rumo certo. E com materiais simples e ideias ousadas, a startup prova que é possível mudar o jogo da energia com responsabilidade e inovação.
Com informações de EcoInventos.
Seja o primeiro a reagir!