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Com subsídios bilionários chineses e apoio russo, BRICS articulam virada estratégica para dominar mercado global de inovação

Publicado em 23/09/2025 às 22:42
Startup Summit em Moscou promete conectar 600 investidores e transformar BRICS no bloco mais poderoso da tecnologia mundial
Startup Summit em Moscou promete conectar 600 investidores e transformar BRICS no bloco mais poderoso da tecnologia mundial
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Investimentos acima de US$ 20 bilhões em IA e robótica, aliados à cooperação entre China e Rússia, reposicionam o bloco como força estratégica no setor.

Os subsídios bilionários chineses e o apoio russo estão pavimentando o caminho para que os BRICS assumam um papel central no mercado global de inovação tecnológica. Segundo informações do China Daily, Pequim destina cifras superiores a US$ 20 bilhões em 2024 para impulsionar startups de inteligência artificial (IA) e robótica, enquanto Moscou articula mecanismos de integração entre capital de risco e novos empreendedores.

Esse movimento ocorre em um momento de recuperação gradual do setor de venture capital, que após registrar queda de 50% em 2023 voltou a crescer 25% no primeiro semestre de 2025.

A combinação entre investimentos maciços da China e articulação institucional da Rússia coloca o bloco em uma posição estratégica diante da disputa global por protagonismo tecnológico.

China como motor financeiro da inovação

A China mantém posição de destaque como terceiro maior destino global de capital de risco, ao lado dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Com foco em áreas sensíveis como robôs humanoides e IA generativa, o país busca acelerar a transição de seu ecossistema tecnológico para a liderança mundial.

De acordo com Alexander Vedyakhin, vice-presidente do Sberbank, o fluxo de capital tem se tornado cada vez mais seletivo, priorizando setores com maior potencial de retorno.

Nesse cenário, a IA já responde por quase um terço de todos os aportes globais em 2024, reforçando a aposta chinesa como movimento estratégico e não apenas conjuntural.

Recuperação do capital de risco

Após atingir US$ 643 bilhões em 2021 e cair pela metade em 2023, o mercado global de venture capital se estabilizou em US$ 330 bilhões em 2024.

O crescimento de 25% no início de 2025 é interpretado como sinal de confiança renovada, com os BRICS tentando aproveitar essa nova fase para atrair startups de ponta.

O destaque vai para o foco em governança e cooperação multipolar, uma vez que o capital não depende apenas do número de transações, mas de onde os recursos são aplicados.

Nesse ambiente, a aliança entre China e Rússia se torna essencial para ampliar o espaço dos BRICS na geopolítica da inovação.

Moscou como palco estratégico

O Sberbank, em parceria com o governo russo, organiza para outubro o Moscow Startup Summit, evento que reunirá mais de 600 investidores e 150 palestrantes internacionais.

O encontro pretende conectar startups a corporações globais, investidores e autoridades públicas, além de estimular parcerias entre os países do BRICS e da Organização para Cooperação de Xangai (OCS).

Além das rodadas de negócios, haverá exposição de soluções tecnológicas e premiação de projetos de destaque. A intenção é consolidar Moscou como ponto de convergência entre capital, tecnologia e inovação dentro do bloco.

Expansão chinesa no ecossistema BRICS

Entre os programas de aceleração do Sber500, cerca de 13% das startups optaram pela China como destino de expansão internacional.

Esse dado reforça a atratividade do mercado chinês, que aparece entre os dez maiores polos de fundadores inscritos em programas de aceleração promovidos pelo banco russo.

Combinados, esses movimentos revelam a intenção clara dos BRICS de transformar a cooperação política em protagonismo econômico no setor de tecnologia, reduzindo a dependência de hubs tradicionais como Vale do Silício e Londres.

O avanço dos subsídios bilionários chineses e o apoio russo mostra que o mercado de inovação está se tornando cada vez mais multipolar, e os BRICS querem ocupar espaço de destaque.

A questão é se essa estratégia será suficiente para superar barreiras estruturais e rivalizar com Estados Unidos e União Europeia nos próximos anos.

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Você acredita que os BRICS conseguirão liderar a próxima onda de inovação global? Ou os desafios internos do bloco ainda são um obstáculo?

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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