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Avião com MOTOR DE MOTO – CRI-CRI é o menor bimotor do mundo!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 04/05/2024 às 19:02
Atualizado em 06/05/2024 às 08:45
Avião com MOTOR DE MOTO - CRI-CRI é o menor bimotor do mundo!
Foto: Cultura Aeronáutica

Conheça o Avião CRI-CRI, menor bimotor do mundo capaz de alcançar uma velocidade de 190 km/h. Este avião com motor de moto pesa apenas 72 kg.

Já imaginou construir um avião com motor de moto e pilotá-lo? Mesmo sendo menor que alguns aeromodelos, o Avião CRI-CRI é uma verdadeira aeronave, embora seu tamanho compacto possa fazê-lo parecer um modelo em escala. Esse simpático veículo desafia as expectativas e prova que tamanho não é documento quando se trata de voar.

Entenda como surgiu a ideia do avião com motor de moto

Conhecido por ser o menor bimotor do mundo, com envergadura de 4,90 m e apenas 72 kg de peso vazio, o Avião CRI-CRI ainda possui uma velocidade de cruzeiro de 190 km/h e é capaz de executar todas as manobras acrobáticas que possuem força G positiva.

A ideia de desenvolver algo tão simples e leve partiu do engenheiro aeronáutico francês Michel Colomban, um fã de aeronaves de pequeno porte, que desejava construir uma aeronave homebuild pequena e econômica, com desempenho acrobático.

Sua ideia inicial, nos anos 1950, era desenvolver um avião monoposto muito simples e leve (até 180 kg), capaz de levar um piloto de 78 kg de peso e 10 kg de combustível, sendo equipado com um motor de 20 Hp.

Seus cálculos provaram que uma área de asa de quatro metros quadrados era viável. Contudo, apenas no começo dos anos 1970 Colomban chegou a um design definitivo. Os avanços tecnológicos da época possibilitaram vários aprimoramentos em relação ao avião com motor de moto imaginado.

A nova aeronave incorporou aerofólios de perfil laminar avançados, de baixo arrasto, uso extensivo de composites e chapas de metal bastante finas, o que possibilitou uma drástica redução do peso.

O menor peso permitiu reduzir a área alar para apenas 3,1 metros quadrados. Desta forma, Colomban repensou o grupo motopropulsor e resolveu usar dois motores de motosserra Stihl, de 8HP cada, ao invés de usar um único motor de moto de 20 HP.

De onde surgiu a ideia de nomear a aeronave de ‘Avião CRI-CRI’?

A construção do primeiro protótipo consumiu 1.500 horas de trabalho, entre 1971 e 1973, sendo que o avião apresentou o projeto final com peso vazio de apenas 63 kg, 4,9 metros de envergadura e 3,9 metros de comprimento.

Designado MC-10, voou pela primeira vez em 19 de julho de 1973, no aeródromo de Guyancourt, pilotado por Robert Bussh. Por sua graciosidade, Colomban decidiu batizar a nova aeronave de “CRI-CRI”, diminutivo de cricket, apelido de sua filha.

Embora fosse atraente pelo pequeno tamanho e baixo custo, o que mais chama atenção no avião com motor de moto é seu espetacular desempenho acrobático.

A velocidade máxima em voo nivelado era de 125 MPH, e o Avião CRI-CRI pode rolar, graças à sua pequena envergadura, a 360 graus por segundo. Também é possível executar qualquer outro tipo de manobra. Com motores de 15 HP, é capaz de subir 1.200 pés por minuto.

Pontos negativos do avião com motor de moto

Como se trata de um homebuilder, se tornou muito popular entre aviadores, recebendo várias modificações no seu projeto original, principalmente em relação à motorização. A estimativa é que, apenas na França, foram construídos pelo menos 100 exemplares. Cerca de outros 30 estão nos Estados Unidos e há mais 20 espalhados pelo mundo, especialmente na Austrália, Canadá e Alemanha.

Entretanto, como tudo não são flores, o Avião CRI-CRI possui alguns pontos negativos. Sua relativamente alta velocidade de estol e alta sensibilidade de comandos tornaram a aeronave inadequada para pilotos iniciantes.

Além disso, a autonomia era muito baixa, pela baixa capacidade do tanque, de apenas seis galões americanos. Contudo, o seu mais recente modelo é um amigo da natureza. Desenvolvido em parceria pela EADS Innovation Works, Aero Composites Saintonge e Green CRI-CRI Association, o modelo trouxe uma aeronave movida por quatro motores elétricos brushless, que acionam duas hélices contra-rotativas cada par.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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