A transformação digital na indústria brasileira abre caminho para a eficiência energética
Em um relatório recente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e a Organização das Nações Unidas (ONU) alertam para um aumento sem precedentes na temperatura global, previsto para o período de 2023 a 2027. Este fenômeno climático impactará diferentes regiões de maneira desigual. No caso do Brasil, a expectativa é de uma redução significativa nas precipitações, afetando setores cruciais como a agricultura e a indústria.
A energia hidroelétrica e a indústria brasileira
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 67% da energia produzida no Brasil provém da força das águas. Este recurso vital alimenta o nono maior parque industrial do mundo, que por sua vez responde por 22,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) afirma que mais de 30% do consumo final de energia no país é da indústria, sendo que grande parte é desperdiçada.
Dado este cenário, a questão de como melhorar a eficiência energética na indústria tem sido um tema de destaque. Andrey Delabona Marques, representante técnico da Reymaster Materiais Elétricos, sublinha que soluções de automação industrial estão desempenhando um papel crucial nesse processo. Ele sugere que, ao adotar essas soluções, as empresas estão investindo em sua própria sustentabilidade e competitividade a longo prazo.
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A automação como ferramenta de eficiência
Marques relata que, no passado, a automação era muitas vezes vista como um gasto adicional devido aos custos associados à compra de equipamentos e treinamento de pessoal. No entanto, à medida que os benefícios da eficiência energética se tornam mais evidentes, a percepção sobre a automação tem mudado.
A automação permite que as empresas façam mais com menos, aumentando a eficiência dos processos de fabricação, engenharia, logística e geração de energia. Através da integração de sistemas avançados de controle, monitoramento e otimização, as empresas podem reduzir o desperdício de energia, identificar ineficiências e implementar melhorias contínuas.
Marques destaca o exemplo do controlador S7-1500 da Siemens, que, em combinação com inversores de frequência, oferece controle preciso do consumo de energia, evitando desperdícios. Além disso, a integração do controlador com inversores de frequência e o módulo Energy Meter fornece uma gestão completa da eficiência energética em toda a planta industrial.
Inteligência artificial e dados para eficiência energética
A coleta de dados em tempo real e o uso de algoritmos avançados de inteligência artificial permitem identificar padrões de consumo, prever demandas futuras e otimizar o uso de energia. Esta capacidade de análise de dados também é fundamental para identificar gargalos e pontos de ineficiência nos processos, possibilitando ajustes rápidos e precisos.
Marques conclui enfatizando que a automação industrial não deve ser vista como um custo, mas como um investimento estratégico que pode trazer vantagens competitivas ao reduzir custos, aumentar a produtividade e fortalecer a sustentabilidade do negócio. As empresas que adotam uma abordagem proativa para melhorar a eficiência energética estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios futuros em um cenário cada vez mais consciente da importância da sustentabilidade.