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Aumento no preço do diesel anunciado pela Petrobras acarretará em um encarecimento de toda a cadeia logística do transporte de cargas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/05/2022 às 13:35
As projeções do Setcemg apontam que o reajuste no valor do litro de diesel anunciado pela Petrobras irá trazer uma elevação nos custos de toda a cadeia logística do transporte de cargas, causando um grande impacto no setor de comércio nacional e internacional
Foto: U. J. Alexander/iStock

As projeções do Setcemg apontam que o reajuste no valor do litro de diesel anunciado pela Petrobras irá trazer uma elevação nos custos de toda a cadeia logística do transporte de cargas, causando um grande impacto no setor de comércio nacional e internacional

Com o aumento médio de 8,87% sobre o preço do diesel anunciado pela Petrobras e iniciado na última terça-feira, (10/05), o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg) fez projeções para o mercado futuro. Assim, o órgão aponta que esse reajuste irá causar um encarecimento no transporte de cargas com as novas dinâmicas da cadeia logística dentro do segmento.

Elevação de R$ 0,45 no custo médio do litro de diesel nos postos brasileiros, anunciado pela Petrobras, mudará a logística do transporte de cargas e irá encarecer operações

A Petrobras anunciou recentemente uma série de mudanças e reajustes nos preços dos combustíveis e o diesel sofreu com um aumento médio de 8,87%, que representou um crescimento de R$ 0,45 por litro nos postos nacionais. Assim, as empresas de logística de transporte de cargas terão que se readaptar após a decisão, uma vez que haverá um encarecimento nos custos voltados para esse combustível, como já está sendo previsto pelo Setcemg. 

Esse reajuste demonstra mais um crescimento nos valores do combustível, uma vez que o diesel já acumula no ano alta de 47% nas refinarias da Petrobras. E, com isso, toda a cadeia logística de transporte de cargas será afetada, uma vez que as companhias poderão não sustentar esse aumento nos preços. Isso acontece pois o diesel é um dos combustíveis mais relevantes nesse segmento e representa cerca de 35% a 40% dos custos das empresas de transporte de cargas, trazendo um sério impacto para o setor. 

Dessa forma, a cadeia logística será afetada ao passo em que as empresas precisarão aumentar o custo do frete de mercadorias, para compensar o aumento médio de 8,87% nos custos do combustível. O presidente do Setcemg afirmou, em relação a isso, que “As empresas de transportes de cargas e logística têm que repassar este aumento. Infelizmente, não temos como segurar determinados custos que não temos domínio sobre eles, como o diesel. Este aumento de 8,87% vai elevar em R$ 0,44 a R$ 0,45 o valor do combustível.”

Mês de maio será essencial para entender as novas dinâmicas nos preços em torno da logística de transporte de cargas após reajuste feito pela Petrobras

O mês de maio já é por si só um mês de muita instabilidade no mercado nacional, uma vez que ele é marcado por grandes mudanças nos custos de materiais e mão de obra. E, com o reajuste no preço do diesel feito pela Petrobras, as próximas semanas serão de extrema importância para a adaptação do mercado nacional em relação aos valores em torno da logística de transporte de cargas.

O Setcemg ressaltou ainda durante seus comentários sobre o aumento no preço do combustível que não só o segmento de transporte de cargas será afetado, mas toda a logística de frete no Brasil. Isso significa que os transportes públicos também terão que readaptar seus valores para cobrir os aumentos no preço do diesel, encarecendo ainda mais os custos de mobilidade para os trabalhadores e cidadãos brasileiros ao longo dos próximos meses.

Por fim, o sindicato também trouxe à tona a seriedade do momento atual e principalmente do mês de maio e afirmou que em décadas de atuação nesse segmento não vivenciaram uma situação de tamanha volatilidade e instabilidade no preço dos combustíveis. Agora, o que se espera é que o Governo Federal e a Petrobras tomem medidas quanto à situação atual.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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