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Atvos vai construir a maior planta de biometano do mundo em MS com investimento de bilhões

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 19/09/2025 às 17:43
Tanque industrial da Atvos iluminado durante o dia sob céu claro.
Estrutura da Atvos fotografada ao meio-dia, com iluminação natural e céu claro.
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Atvos investe R$ 2,36 bilhões para criar a maior planta de biometano do mundo em MS, fortalecendo energia limpa e sustentabilidade no estado.

A Atvos, empresa brasileira de bioenergia, recentemente anunciou planos ambiciosos de investimento em Mato Grosso do Sul. Buscando fortalecer a produção de biocombustíveis e consolidar o estado como um polo de inovação energética.

Com o aporte de R$ 2,36 bilhões, a empresa planeja construir a maior planta de biometano do mundo em MS, localizada em Nova Alvorada do Sul.

Portanto, este investimento marca um passo significativo na história do setor energético sul-mato-grossense. E ao mesmo tempo evidencia a transição do Brasil para modelos de produção de energia mais sustentáveis e de baixo carbono.

Historicamente, Mato Grosso do Sul se destacou no setor agroindustrial, especialmente na produção de cana-de-açúcar e etanol. Consequentemente, o estado atraiu investimentos privados que diversificaram a matriz produtiva e aumentaram a geração de empregos.

Além disso, a decisão da Atvos de investir em uma planta de biometano insere-se nesse contexto, unindo tradição agrícola com inovação tecnológica e sustentabilidade ambiental.

A planta não apenas terá a maior capacidade do mundo, mas também representará um marco na evolução das energias renováveis no país.

Além de fortalecer o setor energético, o projeto da Atvos também protege o meio ambiente.

Isso porque a empresa vai aproveitar a vinhaça e a torta de filtro como matéria-prima para a produção de biometano. Demonstrando um modelo eficiente de economia circular, em que resíduos orgânicos se transformam em energia limpa.

Essa abordagem reduz impactos ambientais e gera oportunidades de desenvolvimento sustentável, além de mostrar como a inovação tecnológica pode coexistir com práticas agrícolas tradicionais.

Maior planta de biometano do mundo em MS: Investimentos e novas unidades industriais

O projeto da Atvos inclui a construção de três novas unidades industriais no estado; assim, além da maior planta de biometano do mundo em MS. A empresa vai instalar duas plantas de etanol de milho, uma em Nova Alvorada do Sul e outra em Costa Rica.

O investimento na planta de biometano será de R$ 360 milhões, enquanto cada uma das fábricas de etanol de milho receberá R$ 1 bilhão.

Dessa forma, as unidades de etanol terão capacidade anual de produção de 250 milhões de litros cada, além de gerar subprodutos como grãos secos de destilaria com solúveis (DDGS) e energia elétrica, fortalecendo a integração entre agricultura e produção energética.

A planta de biometano terá capacidade para produzir 28 milhões de metros cúbicos de biometano por safra de cana-de-açúcar.

Além disso, a Atvos vai transformar a vinhaça e a torta de filtro, resíduos gerados durante a produção de etanol, em uma fonte limpa e renovável de energia.

Portanto, este modelo de aproveitamento de resíduos se conecta às práticas históricas de inovação no setor agrícola brasileiro, em que o reaproveitamento de subprodutos agrícolas contribuiu para a geração de energia e fertilizantes desde o século XX.

A previsão é que a planta de biometano esteja concluída em novembro de 2026, e o biocombustível será inicialmente utilizado pela frota de veículos da própria Atvos.

Em seguida, a empresa planeja abastecer o mercado local em cidades como Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul e integrar o biometano à rede da MS Gás.

Dessa forma, a iniciativa não apenas incrementa a produção energética do estado, mas também descentraliza a oferta de combustíveis limpos, fortalecendo a infraestrutura local e fomentando um mercado regional de biometano.

Sustentabilidade e transição energética

O projeto da Atvos também se destaca por seu alinhamento com políticas de sustentabilidade e transição energética.

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, ressalta que os investimentos em biometano e etanol de milho ampliam a capacidade produtiva do estado. E reforçam pilares estratégicos de seu plano de governo, incluindo segurança alimentar, sustentabilidade e inovação tecnológica.

O biometano oferece uma oportunidade de avançar em direção a um modelo energético de baixo carbono. Reduzindo emissões de gases de efeito estufa e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

A licença para a instalação das novas usinas foi concedida em março, e a Atvos deve iniciar as obras em janeiro de 2026.

Com as novas plantas de etanol de milho, Mato Grosso do Sul terá cinco unidades de produção desse biocombustível.

A capacidade produtiva total vai atender à crescente demanda do mercado local, refletindo a tendência histórica do setor energético brasileiro de aumentar a produção de etanol e outros biocombustíveis como alternativa aos combustíveis fósseis.

Assim, o crescimento da indústria de etanol no estado evidencia a capacidade de Mato Grosso do Sul de se adaptar às demandas energéticas e ambientais ao longo do tempo.

A Atvos também vai investir na capacitação profissional da região, formando técnicos e engenheiros especializados em bioenergia.

Portanto, este investimento social e educacional reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável do estado, criando uma base qualificada de profissionais que apoiará a expansão futura do setor energético.

Impacto econômico e regional

Além do impacto ambiental, os investimentos da Atvos geram efeitos econômicos relevantes.

Com os R$ 2,36 bilhões aplicados, o estado ultrapassa R$ 80 bilhões em investimentos do setor privado, incluindo projetos em celulose, mineração e agroindústria.

Consequentemente, Mato Grosso do Sul se consolida como um polo de desenvolvimento econômico e inovação tecnológica no Brasil, capaz de atrair investidores e consolidar cadeias produtivas que criam empregos, renda e oportunidades de desenvolvimento regional.

A presença de fundos internacionais, como o Mubadala, reforça a confiança de investidores globais no potencial do estado.

O projeto da maior planta de biometano do mundo em MS mostra como o Brasil pode unir tradição agrícola e inovação tecnológica para promover um futuro sustentável.

A integração entre a produção de etanol de milho, cana-de-açúcar e biometano evidencia um modelo de economia circular. Em que os resíduos se transformam em energia limpa, reduzindo desperdícios e impactos ambientais.

Além disso, este tipo de iniciativa histórica inspira outras regiões do país a investir em tecnologias semelhantes, ampliando a matriz energética renovável brasileira.

A implementação da planta de biometano também melhora a infraestrutura e a logística energética; assim. A integração à rede da MS Gás garante segurança no abastecimento e estimula a competitividade regional.

Historicamente, a expansão de infraestrutura energética no Brasil esteve ligada a períodos de crescimento econômico e inovação tecnológica. E o caso da Atvos segue essa mesma trajetória.

A iniciativa ainda contribui para o desenvolvimento social, pois a construção e operação das plantas geram empregos diretos e indiretos, beneficiando a economia local.

Portanto, comunidades de Nova Alvorada do Sul e Costa Rica vão se beneficiar do aumento de oportunidades de trabalho e qualificação profissional. Refletindo o padrão histórico do setor agroindustrial brasileiro, em que grandes investimentos impulsionam crescimento econômico e inclusão social.

Um marco para Mato Grosso do Sul

Em resumo, o projeto da Atvos para a construção da maior planta de biometano do mundo em MS representa um marco na história energética do Brasil.

Com investimentos de R$ 2,36 bilhões, Mato Grosso do Sul se consolida como referência em inovação, sustentabilidade e integração energética.

A planta de biometano, juntamente com as unidades de etanol de milho, evidencia a capacidade do estado de equilibrar tradição agrícola, modernização industrial e responsabilidade ambiental.

Assim, este projeto fortalece a economia regional e contribui para um futuro energético mais sustentável para o Brasil. Mostrando que desenvolvimento econômico e preservação ambiental podem caminhar lado a lado.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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