O misterioso objeto interstelar 3I/ATLAS, detectado em julho, intriga cientistas com sua velocidade inédita, composição química anômala e possíveis indícios artificiais, levando o astrofísico Avi Loeb a sugerir que a NASA não revelou todos os dados disponíveis
Um alerta incomum de um renomado astrofísico de Harvard chamou atenção mundial ao recomendar que as pessoas “tirem férias antes de 29 de outubro”. A frase se refere ao 3I/ATLAS, um enigmático objeto interstelar cuja trajetória e composição química têm desafiado a física conhecida e despertado hipóteses sobre uma possível origem artificial.
O 3I/ATLAS é considerado o terceiro visitante interestelar já detectado no Sistema Solar, e suas características o diferenciam completamente de corpos como ‘Oumuamua e Borisov. Com cerca de 5,6 quilômetros de diâmetro e velocidade quase duas vezes superior à dos objetos anteriores, ele vem sendo observado por telescópios em todo o mundo, inclusive pela NASA, que garante que não há risco de impacto com a Terra.
3I/ATLAS: o visitante que desafia as leis cósmicas

O 3I/ATLAS foi detectado em julho e rapidamente se tornou um dos corpos celestes mais estudados do ano.
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Estima-se que pese mais de 33 bilhões de toneladas, o equivalente a uma pequena cidade, e que sua velocidade ultrapasse os limites esperados para objetos desse tipo.
Simulações recentes indicam flutuações de brilho que sugerem rotação irregular e composição assimétrica, algo incomum para corpos naturais.
Outro fator intrigante é a sua órbita: o objeto viaja com uma precisão de apenas cinco graus em relação ao plano das órbitas planetárias, algo raro em objetos vindos de fora do Sistema Solar.
Esse alinhamento, somado ao comportamento de seus jatos de gás que apontam para o Sol e não para longe dele, como seria esperado reforça a hipótese de que o 3I/ATLAS possa ter uma origem não natural.
Composição química fora dos padrões conhecidos
Observações feitas com o telescópio Keck II, no Havaí, revelaram que o 3I/ATLAS emite níquel tetracarbonil, uma substância que, até hoje, só era conhecida por ser produzida em processos industriais na Terra.
O objeto libera cerca de quatro gramas de níquel por segundo e não apresenta traços de ferro uma combinação inédita em corpos celestes.
De acordo com Avi Loeb, o mesmo astrofísico que liderou os estudos sobre ‘Oumuamua, essa assinatura química seria uma das “marcas mais fortes de que o 3I/ATLAS pode ter origem artificial”.
Loeb afirma que, até o momento, nenhuma explicação natural conseguiu justificar esses elementos simultaneamente, o que o levou a propor uma hipótese de design inteligente.
O debate entre mistério e cautela científica
Enquanto parte da comunidade científica considera legítimo explorar a hipótese de uma origem artificial, outros astrônomos pedem prudência e alertam para o risco de interpretações precipitadas.
Pesquisadores da Universidade da Corunha, na Espanha, publicaram simulações indicando que o 3I/ATLAS pode ter se formado há até 10 bilhões de anos, na chamada região “disco fino” da galáxia, sem qualquer interferência externa.
Para o astrofísico espanhol Pérez Couto, “cada observação é uma janela para o passado do Universo” e estudar objetos como o 3I/ATLAS ajuda a compreender materiais formados em torno de outras estrelas.
Segundo ele, nenhuma das 93 interações estelares simuladas apresentou indícios de manipulação artificial.
NASA responde e promete novos dados sobre 3I/ATLAS
A repercussão das declarações de Loeb levou a NASA a emitir notas tranquilizando o público.
A agência espacial afirmou que o 3I/ATLAS não representa ameaça alguma e que passará com segurança pelo Sistema Solar interno.
Ainda assim, pesquisadores independentes têm cobrado mais transparência sobre as imagens capturadas por sondas e telescópios orbitais, incluindo o Mars Orbiter.
Loeb, em entrevistas recentes, reforçou que o interesse público exige clareza total sobre os dados coletados.
“Queremos ver os resultados brutos dos cientistas, não apenas comunicados institucionais”, disse ele, ao defender uma ciência aberta sobre o fenômeno.
O que esperar após o dia 29 de outubro
A data mencionada por Loeb 29 de outubro coincide com uma nova janela de observações do 3I/ATLAS, quando ele atingirá o ponto de maior visibilidade para os telescópios terrestres.
Embora o alerta de “tirar férias” tenha soado provocativo, o cientista afirma que o objetivo era chamar atenção para um momento decisivo na coleta de dados astronômicos.
Independentemente da origem do 3I/ATLAS, sua passagem oferece uma oportunidade única de estudar a fronteira entre o natural e o desconhecido no cosmos. O debate sobre esse objeto promete redefinir conceitos sobre o que significa ser um visitante interstelar.
E você, acredita que o 3I/ATLAS é apenas um corpo natural ou pode mesmo ter origem artificial? Conte nos comentários o que pensa sobre esse mistério cósmico.


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