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Assista: Samsung lançou celular com botão tão especial que obrigou lojas a removerem a bateria

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/06/2025 às 14:41
Em 2004, o Samsung P510 surpreendeu com um botão que abria o celular sozinho e virou obsessão nas lojas. Veja por que foi tão marcante.
Em 2004, o Samsung P510 surpreendeu com um botão que abria o celular sozinho e virou obsessão nas lojas. Veja por que foi tão marcante.
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Em 2004, um celular da Samsung despertou tamanha curiosidade nas lojas que precisou ter suas baterias removidas das vitrines para evitar uso excessivo do recurso mais chamativo do modelo.

Há 20 anos, quando os celulares ainda não haviam se transformado em smartphones e os modelos dobráveis não passavam de dispositivos com tampa flip, a Samsung apresentou um modelo que chamou a atenção do mercado por um motivo inusitado.

O Samsung P510, além de se destacar pelo design robusto e pela estrutura típica dos celulares da época, trazia um diferencial que virou atração nas lojas: um botão com abertura automática da tampa superior.

Botão com abertura automática virou atração nas lojas

A inovação, embora simples, provocou reações inesperadas.

O botão permitia que o usuário abrisse e fechasse o celular com um único toque, dispensando o esforço manual comum nos modelos flip.

Essa função automática, inédita em muitos mercados, acabou despertando não apenas a curiosidade de quem passava pelos estandes das operadoras e varejistas, mas também o uso repetitivo por parte de consumidores que visitavam as lojas apenas para testar o recurso, sem intenção real de compra.

Em 2004, o Samsung P510 surpreendeu com um botão que abria o celular sozinho e virou obsessão nas lojas. Veja por que foi tão marcante.
Em 2004, o Samsung P510 surpreendeu com um botão que abria o celular sozinho e virou obsessão nas lojas. Veja por que foi tão marcante.

A procura para experimentar o mecanismo foi tão intensa que diversas lojas optaram por remover temporariamente a bateria das unidades de demonstração.

Segundo relatos da época, o objetivo era impedir o uso contínuo por pessoas que acabavam consumindo a carga das baterias com aberturas constantes, o que prejudicava a experiência de clientes efetivamente interessados em adquirir o produto.

O funcionamento do botão era direto: ao ser pressionado, acionava um pequeno motor que fazia a parte superior do celular se abrir automaticamente.

Esse recurso, embora não tivesse utilidade técnica expressiva, oferecia uma experiência sensorial que agradava aos consumidores.

Em uma era dominada por teclas físicas e displays pequenos, qualquer diferencial visual ou tátil tinha potencial para gerar impacto no comportamento de compra.

Vídeos da época, como os disponíveis em canais especializados como o RetroMobile, mostram como a abertura automática funcionava na prática.

A sensação de interatividade e controle que o botão proporcionava transformava o uso do aparelho em uma ação quase viciante para alguns consumidores.

Ficha técnica do Samsung P510

Mesmo com o botão inovador, o Samsung P510 seguia as limitações tecnológicas comuns aos celulares de seu tempo.

O aparelho operava em redes GSM 900/1800, utilizava chip Mini-SIM e oferecia duas telas: uma interna TFT com 65 mil cores e resolução de 128 x 160 pixels, e uma externa OLED com 16 cores e iluminação azul.

Entre outros destaques estavam a câmera VGA de 0,3 megapixels com flash LED e capacidade de gravar vídeos, além de memória interna de 4 MB para imagens, 1,4 MB para mensagens multimídia (MMS) e 512 KB reservados para aplicativos em Java.

O modelo não contava com slot para cartão de memória, o que limitava bastante sua capacidade de armazenamento.

A agenda telefônica comportava até mil contatos, com suporte a grupos e chamadas com identificação por foto.

Nas mensagens, o celular era compatível com SMS, EMS e MMS.

Já a navegação na internet se dava por meio do navegador WAP 2.0/xHTML, uma versão primitiva se comparada aos navegadores móveis atuais.

A bateria removível de íon de lítio, com capacidade de 1.000 mAh, garantia até 310 horas em modo de espera e aproximadamente cinco horas de conversação.

Esses números, considerados satisfatórios em 2004, eram condizentes com o padrão de uso e consumo energético da época.

Lançamento ofuscado pela chegada do Motorola Razr V3

O lançamento do Samsung P510, no entanto, coincidiu com a chegada de um dos celulares mais icônicos da história: o Motorola Razr V3.

Com design ultrafino e acabamento metálico, o modelo da Motorola rapidamente se tornou objeto de desejo, não apenas entre fãs de tecnologia, mas também no mercado de luxo e moda.

Enquanto o P510 apresentava espessura de cerca de 2,4 centímetros, o Razr V3 tinha pouco mais da metade dessa medida.

A diferença no visual foi determinante.

O público, especialmente o jovem, migrou com rapidez para o novo conceito de telefone elegante e minimalista.

O design passou a pesar mais na decisão de compra do que funcionalidades isoladas, como o botão de abertura automática.

Mesmo com suas limitações de hardware e a forte concorrência, o P510 deixou uma marca entre os celulares flip de sua geração, especialmente por ter conseguido transformar um detalhe mecânico em elemento de atração de massas, ainda que por tempo limitado.

YouTube Video

Uma experiência tátil que marcou época

Naquela época, a interação com celulares ainda era fortemente tátil.

Não havia telas sensíveis ao toque nem assistentes virtuais.

Por isso, o simples ato de apertar um botão e ver o aparelho se abrir por conta própria tinha um impacto real na percepção de inovação.

Alguns fóruns da internet, como o da comunidade GameStar, ainda guardam registros de vendas ou discussões sobre o modelo, evidenciando o interesse que o P510 continua despertando em entusiastas de tecnologia retrô.

Com mais de duas décadas de distância, o celular pode parecer hoje apenas uma curiosidade nostálgica, mas representou um esforço legítimo da Samsung para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, onde cada detalhe podia significar vantagem.

Afinal, o que torna um celular memorável: a inovação tecnológica, o design ousado ou um simples botão que ativa uma tampa automática?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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