Do interior do Brasil às tumbas do Egito, veja quais são as descobertas arqueológicas mais impressionantes de 2025 e o que elas revelam sobre civilizações antigas
Em 2025, o mundo da arqueologia tem revelado descobertas que impressionam por sua relevância histórica, alcance geográfico e capacidade de reconstituir episódios esquecidos do passado. Da América do Sul ao Oriente Médio, passando por Europa e África, escavações têm desenterrado relíquias valiosas que não apenas ampliam nosso entendimento sobre antigas civilizações, mas também confirmam relatos históricos, bíblicos e literários que moldaram culturas ao longo dos séculos. Seja por meio de obras urbanas, escavações sistemáticas ou investigações acadêmicas, os arqueólogos têm tido um ano especialmente frutífero. A seguir, listamos as 5 maiores descobertas arqueológicas de 2025 até agora, com destaques no Brasil, Egito, França, Jordânia e Itália.
1. Descoberto o túmulo do faraó Tutmés II no Egito
Em fevereiro, autoridades egípcias anunciaram a descoberta de um dos túmulos mais procurados da história do Egito Antigo: o de Tutmés II, um dos primeiros faraós da 18ª Dinastia. A escavação foi realizada na região de Temas, ao oeste do Rio Nilo, próximo à cidade de Luxor.
Apesar do estado de conservação precário, especialistas classificaram o achado como uma das maiores descobertas arqueológicas de 2025, visto que marca a conclusão da identificação dos túmulos reais dessa importante linhagem. O túmulo, com inscrições e artefatos parcialmente preservados, traz novas evidências sobre os rituais de sepultamento do Antigo Egito.
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Curiosamente, os restos mortais de Tutmés II já haviam sido localizados no século XIX, transferidos para evitar saqueadores, e estão atualmente expostos no Museu Nacional da Civilização Egípcia. A descoberta atual, no entanto, confirma a localização original de seu sepultamento.
2. Espada celta de 2.300 anos com suástica é achada na França
Em escavações de uma antiga necrópole celta da Idade do Ferro, arqueólogos franceses descobriram uma rara espada ornamentada com símbolos enigmáticos — entre eles, uma suástica, símbolo que era amplamente utilizado em culturas indo-europeias muito antes de ser apropriado no século XX.
O artefato, datado entre o século IV e III a.C., estava acompanhado de pulseiras de liga de cobre e um vaso funerário. Ainda que nenhum esqueleto tenha sido identificado no local, a espada é considerada “o objeto mais espetacular da necrópole” por seu excelente estado de preservação e riqueza decorativa com pastas de vidro.
A descoberta reforça a complexidade dos rituais funerários celtas e levanta hipóteses sobre a influência de símbolos sagrados e seus significados originais, muito anteriores ao uso político moderno.
3. Macapá revela artefatos coloniais e indígenas raros
Durante as obras do Parque Residência, em Macapá, capital do Amapá, trabalhadores se depararam com artefatos históricos que remontam ao período anterior à fundação oficial da cidade, ocorrida em 1758.
Entre os objetos encontrados estão moedas coloniais, cachimbos holandeses e utensílios que revelam práticas cotidianas dos povos indígenas locais. A descoberta indica que a região era habitada e movimentada comercialmente bem antes das primeiras ocupações oficiais, com intensa interação entre nativos e colonizadores europeus.
O achado é considerado um marco para a arqueologia brasileira em 2025, pois amplia a linha do tempo da presença humana e cultural na região norte do país, além de reforçar a importância de políticas de salvaguarda do patrimônio durante obras públicas.
4. Mahanaim: arqueólogos acreditam ter localizado cidade bíblica na Jordânia
Escavações no sítio de Tall adh-Dhahab al-Gharbi, na Jordânia, revelaram evidências que indicam a possível localização da antiga cidade bíblica de Mahanaim. Mencionada no Antigo Testamento, Mahanaim teria sido um importante refúgio do rei Davi durante sua guerra contra Absalão.
O nome “Mahanaim”, que significa “dois acampamentos” em hebraico antigo, aparece em diversos contextos bíblicos e está associado a outro local sagrado, Penuel, que pode ter sido identificado nas proximidades, em Tall adh-Dhahab esh-Sharqi.
As evidências arqueológicas incluem fortificações e estruturas residenciais datadas da Idade do Ferro, alinhando-se com os relatos históricos. Essa possível confirmação de locais mencionados nas escrituras torna a descoberta uma das mais impactantes no campo da arqueologia bíblica em 2025.
5. Pompeia revela vestígios de uma família em desespero durante erupção
Mais de dois mil anos após a erupção do Monte Vesúvio, escavações contínuas em Pompeia, na Itália, seguem revelando novas narrativas humanas. Neste ano, arqueólogos descobriram restos mortais de uma família inteira, encontrada em uma casa na Via del Vesuvio, onde tentaram se proteger da tragédia.
Em um dos quartos da residência parcialmente escavada, pesquisadores localizaram uma cama posicionada contra a porta — uma tentativa improvisada de bloqueio contra as cinzas e gases. No interior do cômodo, estavam os restos de quatro pessoas, incluindo uma criança.
O achado é considerado comovente por representar a reação humana à catástrofe e ajuda a compor um quadro ainda mais íntimo do cotidiano e das perdas provocadas pela erupção de 79 d.C. A casa será restaurada e futuramente aberta para visitação.
Uma janela para o passado — e para o presente
As maiores descobertas arqueológicas de 2025 até o momento demonstram não apenas a capacidade de investigação científica da arqueologia contemporânea, mas também como esses achados continuam relevantes na sociedade atual.
Cada escavação nos conecta a histórias de sobrevivência, poder, fé e cotidiano, criando pontes entre passado e presente. Seja nas areias do Egito, nas margens do Amapá ou nas ruínas de Pompeia, o ano de 2025 já entrou para a história como um dos mais reveladores da arqueologia global.
Com os avanços tecnológicos em datação, análise genética e mapeamento por satélite, é provável que as próximas grandes descobertas já estejam a caminho. E, ao que tudo indica, ainda há muito o que escavar — e contar.