Levantamento aponta que as cidades que mais crescem no Brasil concentram-se em regiões estratégicas ligadas ao agronegócio, mineração e indústria, revelando uma transformação econômica e populacional fora dos grandes centros tradicionais.
O Brasil vive uma nova onda de crescimento urbano, marcada por municípios do interior que ganham força econômica, tecnológica e populacional. As cidades que mais crescem no Brasil em 2025 refletem o avanço do agronegócio, da mineração e da indústria moderna motores que têm redefinido o mapa do desenvolvimento nacional.
De Mato Grosso ao Pará, de Santa Catarina à Bahia, essas cidades apresentam ritmos de expansão acima da média nacional, atraindo investimentos, empregos e melhorias de infraestrutura. O movimento sinaliza uma mudança de eixo no crescimento brasileiro, que avança cada vez mais para além das capitais e dos grandes polos metropolitanos.
1. Sorriso (MT): o coração do agronegócio brasileiro
Localizada no norte do Mato Grosso, Sorriso é amplamente reconhecida como a capital nacional do agronegócio. Em 2022, o município registrou mais de R$ 11 bilhões em produção agropecuária, o equivalente a 1,4% do total nacional. Soja e milho lideram o portfólio produtivo, com valores superiores a R$ 9 bilhões somados.
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O crescimento populacional acompanha o avanço econômico: de 66 mil habitantes em 2010, Sorriso saltou para mais de 110 mil em 2022, um aumento de 66%. O município é símbolo da força do campo brasileiro e da consolidação de cadeias produtivas voltadas à exportação e à tecnologia agrícola.
2. Camboriú (SC): urbanização acelerada no litoral catarinense
Vizinha de Balneário Camboriú, a cidade de Camboriú tornou-se um novo polo residencial e logístico do litoral norte de Santa Catarina. A população saltou de 62 mil para 103 mil habitantes entre 2010 e 2022 um avanço de 65%.
A proximidade com o porto de Itajaí e o aeroporto de Navegantes impulsiona o setor industrial e o comércio local. Além do turismo, Camboriú aposta em ecoturismo e qualidade de vida, atraindo profissionais de outras regiões que buscam custo de vida mais acessível e infraestrutura consolidada.
3. Parauapebas (PA): capital do minério e símbolo da Amazônia produtiva
Em meio à Serra dos Carajás, Parauapebas se consolidou como um dos maiores polos de mineração do planeta. O município abriga a maior reserva de minério de ferro do mundo e é responsável por um PIB superior a R$ 8 bilhões.
A população cresceu mais de 70% em uma década, impulsionada pela atividade da Vale e pelo surgimento de novos empreendimentos. Parauapebas é hoje a cidade mais rica do Pará e símbolo de uma Amazônia que tenta equilibrar crescimento econômico e desafios urbanos.
4. Sinop (MT): o agronegócio com olhar sustentável
Com 196 mil habitantes, Sinop é um dos centros agrícolas mais dinâmicos do país. O município representa o avanço do agronegócio tecnológico e sustentável, com destaque para a produção de soja e milho, setores que colocam o Mato Grosso como líder nacional em grãos.
Localizada estrategicamente na BR-163, Sinop é também polo educacional e logístico, com universidades e centros de pesquisa voltados à agroindústria. O desafio é conciliar expansão agrícola e preservação ambiental, num modelo de crescimento de longo prazo.
5. Luís Eduardo Magalhães (BA): o motor agrícola do Nordeste
Entre 2010 e 2022, a população local cresceu quase 80%, chegando a 110 mil habitantes. O município é referência em produtividade e exportação agrícola, com destaque para soja, milho e algodão.
Localizado no oeste da Bahia, o polo agrícola se tornou estratégico para o escoamento da produção nordestina e atrai cada vez mais investidores, indústrias e empresas de logística. A cidade também investe em infraestrutura urbana, educação e saneamento, buscando equilibrar avanço econômico e sustentabilidade.
6. Fazenda Rio Grande (PR): o novo polo industrial da Grande Curitiba
Com crescimento populacional de 82% desde 2010, Fazenda Rio Grande se destaca como um dos principais eixos de expansão metropolitana do Paraná. A proximidade com Curitiba e os investimentos em mobilidade e infraestrutura transformaram o município em destino para indústrias e incorporadoras.
Entre 2019 e 2024, foram aplicados mais de R$ 300 milhões em obras estruturais, incluindo novos acessos à BR-116. A cidade combina crescimento industrial e urbanização planejada, fatores que têm impulsionado o setor imobiliário local.
7. Senador Canedo (GO): força industrial e logística no Centro-Oeste
Com aumento populacional de 84% em pouco mais de uma década, Senador Canedo é hoje um importante polo petroquímico e industrial de Goiás. Sede de empresas como a Petrobras e de mais de 50 indústrias ativas, o município gera milhares de empregos diretos e indiretos.
A cidade está a apenas 16 km de Goiânia e integra o cinturão metropolitano da capital, com forte presença de infraestrutura viária e distritos industriais administrados pela Codego. O desenvolvimento é visível, mas o desafio é acompanhar a expansão populacional com políticas urbanas sustentáveis.
8. Itajaí (SC): potência logística e portuária do Sul
Com PIB de R$ 47 bilhões e quase 290 mil habitantes, Itajaí é hoje a cidade com maior crescimento econômico de Santa Catarina. O porto é o segundo maior do país em movimentação de contêineres e impulsiona setores como indústria naval, pesca e comércio exterior.
O município também registra um dos maiores índices de valorização imobiliária do Brasil, aliado à expansão do turismo e à renda per capita acima da média nacional. O desafio de Itajaí é equilibrar crescimento econômico com gestão urbana e mobilidade.
9. Canaã dos Carajás (PA): mineração e desenvolvimento urbano
Canaã dos Carajás vive um dos crescimentos mais rápidos do Brasil, impulsionado pelo projeto S11D da Vale — o maior da história da mineração de ferro. A cidade abriga reservas estimadas em mais de 4 bilhões de toneladas e produção anual de 90 milhões de toneladas.
Com investimentos bilionários em educação, saúde e infraestrutura, o município transformou-se em exemplo de urbanização acelerada na Amazônia, atraindo mão de obra qualificada e famílias de diversas regiões.
10. Lucas do Rio Verde (MT): capital da agroindústria brasileira
Reconhecida oficialmente como a capital da agroindústria, Lucas do Rio Verde consolidou um modelo de desenvolvimento baseado em produção, tecnologia e integração regional. Grandes empresas como BRF e Sadia impulsionaram a economia local e a criação de empregos.
Com crescimento populacional contínuo e políticas urbanas planejadas desde 2005, a cidade tornou-se referência em gestão pública e sustentabilidade no agronegócio, atraindo investidores nacionais e estrangeiros.
As cidades que mais crescem no Brasil revelam o surgimento de novos polos de prosperidade fora do eixo Rio–São Paulo, baseados em inovação, logística e produção de alto valor agregado.
E você acredita que essa descentralização do crescimento é positiva para o país? Ou o avanço econômico ainda está concentrado demais em poucas regiões? Deixe sua opinião nos comentários.