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Arqueólogos encontram bumerangue esculpido em presa de mamute que pode ser o mais antigo já descoberto

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 02/07/2025 às 14:00
Arqueólogos encontram bumerangue esculpido em presa de mamute que pode ser o mais antigo já descoberto
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Descoberto na Europa, um bumerangue com presa de mamute datado de 40 mil anos revela avanços tecnológicos dos caçadores da Idade do Gelo. Este artefato arqueológico pré-histórico é considerado o bumerangue mais antigo do mundo, ampliando o conhecimento sobre ferramentas paleolíticas antigas.

Pesquisadores arqueológicos anunciaram uma descoberta revolucionária: um bumerangue esculpido em uma presa de mamute, com cerca de 40 mil anos, que pode ser o bumerangue mais antigo do mundo já encontrado até hoje. Este artefato arqueológico pré-histórico não apenas amplia nossa compreensão sobre as ferramentas paleolíticas, como também revela detalhes inéditos sobre os caçadores da Idade do Gelo e suas técnicas de sobrevivência. Neste artigo, detalharemos as características desse achado, sua importância histórica e o impacto que ele gera na arqueologia mundial.

O bumerangue mais antigo do mundo: uma descoberta inédita

O bumerangue esculpido em presa de mamute foi encontrado em uma escavação arqueológica na região da Sibéria, uma área conhecida pela preservação excepcional de artefatos da Idade do Gelo.

Datado em aproximadamente 40 mil anos por meio de datação por radiocarbono, o objeto representa a evidência mais antiga da fabricação e uso desse tipo de arma no mundo.

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bumerangue feito de marfim de mamute descoberto na Polônia – Divulgação/PLOS One

A descoberta desafia a narrativa tradicional que atribuía a origem dos bumerangues aos povos indígenas australianos, com registros de uso com cerca de 10 mil anos. Ao dobrar essa estimativa, o artefato sugere que o desenvolvimento de ferramentas de arremesso foi muito mais antigo e possivelmente independente em diferentes regiões do planeta.

Este bumerangue é uma peça fundamental para a compreensão da inovação tecnológica dos caçadores da Idade do Gelo, demonstrando que eles dominavam técnicas avançadas de manufatura com materiais naturais como a presa de mamute.

Artefato arqueológico pré-Histórico: materiais e técnicas de fabricação

O uso da presa de mamute para esculpir o bumerangue é um aspecto notável desta peça. A presa, feita de marfim resistente e leve, permitia a criação de armas duráveis e eficientes, mais adequadas para ambientes extremos da era glacial. Os arqueólogos identificaram marcas feitas por ferramentas de pedra, indicando um processo meticuloso de corte, polimento e acabamento.

Além disso, análises microscópicas revelaram sinais claros de uso, comprovando que o bumerangue não foi produzido apenas para fins cerimoniais ou simbólicos, mas desempenhou um papel prático nas atividades de caça. Esta evidência reforça a ideia de que os povos paleolíticos tinham uma relação estreita com os materiais que os cercavam e eram capazes de manipular recursos complexos para aumentar sua eficiência de caça.

Caçadores da idade do gelo e as ferramentas paleolíticas

Durante a Idade do Gelo, os caçadores enfrentavam desafios como clima rigoroso, escassez de recursos e uma fauna que incluía animais gigantes, como mamutes e rinocerontes lanosos. Para sobreviver, desenvolveram uma série de ferramentas especializadas.

As ferramentas paleolíticas eram produzidas com ossos, pedras lascadas, marfim e presas de animais. O bumerangue era uma dessas armas multifuncionais, usado para caçar pequenos e médios animais com precisão, além de possivelmente servir para entretenimento ou rituais. Seu formato aerodinâmico permitia um lançamento eficiente, com retorno controlado, facilitando a recuperação e o uso repetido.

A fabricação do bumerangue em presa de mamute evidencia a capacidade desses caçadores antigos em utilizar materiais nobres e duradouros, refletindo não apenas habilidade manual, mas também conhecimento avançado da física aplicada ao lançamento de objetos.

O papel do bumerangue com presa de mamute na caça e na sociedade paleolítica

Além da função prática na caça, o bumerangue feito em presa de mamute pode ter tido significado social e simbólico entre os grupos da Idade do Gelo. A escolha do marfim de mamute como matéria-prima, um recurso valioso e difícil de trabalhar, sugere que o artefato poderia representar status, habilidade ou até mesmo pertencer a indivíduos com funções específicas dentro do grupo.

Ferramentas elaboradas frequentemente simbolizavam poder, conhecimento ou conexão espiritual com os animais e a natureza. Por isso, o bumerangue pode ter sido mais do que uma simples arma, funcionando também como um objeto de identidade cultural.

Além disso, o conhecimento para esculpir e utilizar este tipo de ferramenta deveria ser transmitido entre gerações, apontando para formas rudimentares de ensino e cooperação social muito antes da agricultura ou sociedades complexas.

Importância do bumerangue mais antigo do mundo para a arqueologia moderna

Esta descoberta traz um impacto significativo para a arqueologia e o estudo dos artefatos arqueológicos pré-históricos. Ela amplia o escopo da compreensão sobre a dispersão das tecnologias paleolíticas e indica que diferentes culturas humanas, em locais distantes, desenvolveram soluções tecnológicas similares para enfrentar desafios ambientais.

O bumerangue com presa de mamute mostra que as ferramentas de arremesso já existiam muito antes do que se pensava e que o uso de materiais duráveis era uma prática comum entre os grupos humanos pré-históricos.

Com isso, pesquisadores podem comparar técnicas, designs e materiais entre sítios arqueológicos da Eurásia e da Austrália, ampliando o conhecimento sobre as trocas culturais e independência tecnológica no passado remoto.

Como o achado contribui para a entendimento das ferramentas paleolíticas

Ferramentas paleolíticas, especialmente as feitas de materiais orgânicos como osso e marfim, são raras devido à sua fragilidade e à dificuldade de conservação ao longo dos milênios. Portanto, o achado do bumerangue em presa de mamute é ainda mais relevante, pois oferece um exemplo preservado de como esses objetos eram manufaturados e utilizados.

A peça permite análises detalhadas, como:

  • Estudo do processo de fabricação artesanal.
  • Avaliação das propriedades físicas do marfim aplicado em armas.
  • Observação dos padrões de desgaste e uso para entender as práticas de caça.

Esse conhecimento contribui para reconstruir o modo de vida dos caçadores da Idade do Gelo, suas estratégias de sobrevivência e suas habilidades técnicas, revelando uma complexidade que muitas vezes é subestimada em períodos pré-históricos.

Novas perspectivas para pesquisas futuras

A descoberta do bumerangue mais antigo do mundo abre caminho para novas investigações em sítios arqueológicos semelhantes. A possibilidade de encontrar outros artefatos esculpidos em presas de mamute ou ossos de grandes animais pode ampliar o conhecimento sobre o desenvolvimento tecnológico humano.

Além disso, o estudo interdisciplinar envolvendo arqueologia, paleontologia e ciência dos materiais pode aprimorar a compreensão sobre a relação dos humanos com o ambiente e como esses povos adaptaram seus recursos naturais para garantir sua sobrevivência.

A análise de DNA e outros métodos modernos de estudo também podem ajudar a contextualizar a cultura dos caçadores da Idade do Gelo, suas migrações e interações com outras populações.

Reflexões sobre a relevância do bumerangue com presa de mamute para o público atual

Este bumerangue em presa de mamute não é apenas uma relíquia antiga; é um testemunho da engenhosidade humana e da capacidade de adaptação ao longo da história. Para o público geral, compreender esse processo histórico ajuda a valorizar a importância da arqueologia e do estudo do passado para entendermos as origens da tecnologia e da cultura.

Além disso, conhecer a história das ferramentas paleolíticas reforça a conexão do ser humano com o meio ambiente e os desafios enfrentados por nossos ancestrais, incentivando um olhar mais consciente sobre a preservação do patrimônio cultural.

Para estudantes, pesquisadores e entusiastas, a peça inspira novas perguntas e investigações sobre a evolução das ferramentas e as sociedades antigas.

O que esse bumerangue mais antigo do mundo nos ensina?

A descoberta do bumerangue esculpido em presa de mamute traz uma luz poderosa sobre o passado distante da humanidade. Ela mostra que, mesmo em condições adversas da Idade do Gelo, os caçadores antigos desenvolveram técnicas sofisticadas e materiais inovadores para fabricar armas eficientes.

Esse artefato arqueológico pré-histórico reforça a noção de que a criatividade e a adaptação são marcas registradas do ser humano desde seus primeiros passos na Terra.

Portanto, o estudo contínuo deste e de outros achados semelhantes é fundamental para compreendermos melhor nossas raízes, o desenvolvimento tecnológico e a história da sobrevivência humana.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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