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Arno, Walita e Britânia: por onde andam as marcas de eletrodomésticos que dominaram as cozinhas brasileiras nos anos 90?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 10/05/2025 às 17:29
O que aconteceu com Arno, Walita e Britânia? A história surpreendente das marcas que dominaram as cozinhas brasileiras nos anos 90.
O que aconteceu com Arno, Walita e Britânia? A história surpreendente das marcas que dominaram as cozinhas brasileiras nos anos 90.
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O que aconteceu com Arno, Walita e Britânia? A história surpreendente das marcas que dominaram as cozinhas brasileiras nos anos 90.

Durante décadas, marcas como Arno, Walita e Britânia foram sinônimos de presença em cozinhas brasileiras.

Praticamente toda casa tinha ao menos um liquidificador, batedeira ou ventilador com essas etiquetas estampadas.

Mas com o passar do tempo, muitas dessas marcas sumiram do radar ou perderam espaço no mercado. Afinal, o que aconteceu com elas?

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Essas empresas marcaram gerações com produtos duráveis, preços acessíveis e propagandas que ficaram na memória popular.

Enquanto algumas foram compradas por grupos internacionais e mantêm presença discreta, outras conseguiram se reinventar e ainda disputam fatias importantes do setor de eletroportáteis no Brasil.

Vamos revisitar o passado — e o presente — dessas marcas que já foram líderes incontestáveis na preferência dos consumidores.

A história da Arno: de fábrica familiar a braço francês

Fundada em 1940 por descendentes de imigrantes alemães no Brasil, a Arno começou fabricando ventiladores, liquidificadores e ferros de passar.

Durante os anos 70 e 80, consolidou-se como uma das marcas mais confiáveis do país, com forte apelo popular e campanhas publicitárias marcantes.

O ápice veio nos anos 90, quando praticamente toda cozinha brasileira tinha algum produto da Arno.

No entanto, em 1997, a empresa foi comprada pelo grupo francês SEB, dono de marcas como Moulinex e Tefal. Desde então, a Arno passou por um processo de reestruturação.

Atualmente, a marca continua ativa no Brasil, mas com presença mais discreta e focada principalmente em liquidificadores, ventiladores e panelas elétricas.

Ela perdeu protagonismo, mas ainda tem valor de mercado justamente por sua associação à durabilidade e tradição.

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Walita: a marca holandesa que virou símbolo nacional

A história da Walita no Brasil começou ainda na década de 1930, e ela foi pioneira na introdução de liquidificadores elétricos no país.

O nome se tornou quase sinônimo do produto, como aconteceu com outras marcas que dominaram seus segmentos (como Bombril para palha de aço).

Nos anos 50 e 60, a empresa se consolidou como líder em inovação, lançando produtos como cafeteiras, processadores e batedeiras com tecnologia de ponta para a época.

Mas a grande virada veio em 1971, quando a multinacional Philips adquiriu a Walita.

Desde então, os produtos passaram a carregar o nome “Philips Walita”, criando uma espécie de dupla de marcas que durou até recentemente. Em 2020, no entanto, a Philips decidiu aposentar oficialmente o nome Walita em boa parte de seus produtos, adotando apenas “Philips” na nova linha.

Ainda assim, muitos brasileiros continuam chamando os eletrodomésticos da marca de “Walita”, mesmo que o nome tenha praticamente desaparecido das embalagens. É um reflexo do quanto a marca está enraizada na memória popular.

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Britânia: a marca que ressurgiu e virou potência no varejo

Diferente da Arno e da Walita, que perderam protagonismo ao longo do tempo, a Britânia conseguiu se reinventar e crescer ainda mais nas últimas décadas.

A empresa foi fundada em 1956 em Curitiba, no Paraná, inicialmente fabricando rádios e ventiladores.

Durante os anos 80 e 90, a Britânia passou por dificuldades e quase sumiu do mercado, mas deu a volta por cima com uma estratégia agressiva: preços acessíveis, expansão no portfólio e forte presença nas grandes redes varejistas.

Essa combinação levou a Britânia a se tornar uma das marcas mais vendidas em categorias como sanduicheiras, ventiladores e micro-ondas.

Nos anos 2000, a empresa também apostou em produtos com visual moderno e design parecido com marcas mais caras, o que atraiu consumidores da classe média.

A virada foi tão bem-sucedida que, em 2020, a Britânia adquiriu a Philco no Brasil, consolidando-se como um dos maiores grupos do setor de eletroportáteis no país.

Hoje, a Britânia é sinônimo de bom custo-benefício, e sua presença nas prateleiras — físicas e digitais — é mais forte do que nunca.

Ela não só sobreviveu ao tempo, como também expandiu sua influência em um mercado cada vez mais competitivo.

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O que explica a queda (ou ascensão) dessas marcas?

O mercado de eletrodomésticos mudou radicalmente nas últimas décadas, com a chegada de marcas chinesas, mudanças nos hábitos de consumo e aumento da concorrência.

Além disso, o avanço do e-commerce e das lojas de departamento barateou a entrada de novos players no setor.

Enquanto a Arno e a Walita sofreram com fusões e reestruturações, perdendo identidade no processo, a Britânia soube se adaptar com rapidez e se posicionar de maneira eficiente para o novo consumidor brasileiro.

Outro fator decisivo é a memória afetiva: muitas pessoas ainda se lembram com carinho do liquidificador Arno da avó ou da batedeira Walita da infância, mesmo que já não usem mais esses produtos.

Conclusão: do protagonismo à reinvenção

As marcas Arno, Walita e Britânia fazem parte da memória doméstica brasileira e continuam despertando curiosidade, mesmo que tenham seguido rumos diferentes.

Se uma perdeu brilho, outra foi absorvida por multinacional, e a terceira surpreendeu ao renascer com ainda mais força.

No fim das contas, todas mostram como o mercado muda, mas as marcas que conseguem se adaptar — e manter conexão emocional com o público — continuam vivas.

Mesmo que apenas nos corações nostálgicos de quem viveu os anos dourados da cozinha brasileira.

Qual dessas marcas fez parte da sua infância ou da casa da sua família? Você ainda tem algum produto antigo da Arno, Walita ou Britânia funcionando até hoje? Conte sua história nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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