Devido à instabilidade do mercado, CADE deve analisar proposta de compra da CSP para ArcelorMittal que foi avaliada em US$ 2,2 bilhões
A compra da CSP (Companhia Siderúrgica do Pecém) pela ArcelorMittal, aprovada recentemente pelo CADE, foi suspensa devido a um pedido de revisão de condições de mercado feito pela Usiminas. Com isso, a venda vai ser analisada nas próximas semanas.
Segundo consta no documento divulgado pelo Cade, que conta com a assinatura da conselheira Lenisa Rodrigues Prado, as decisões consideradas para a interrupção da venda foram o risco do mercado fechar, o aumento de custos para os concorrentes e a possibilidade de compartilhar dados.
Diante do pedido, o processo foi enviado para o Tribunal para que seja tomada a melhor decisão sobre o caso da ArcelorMittal, levando em consideração os motivos apresentados, para que, assim, o órgão possa pedir esclarecimentos.
- Petrobras pode dar passo ousado e recomprar refinaria vendida no governo passado; custo pode chegar a 4 bilhões
- Conheça Arkadag, um mega e ambicioso projeto de uma cidade do futuro que vale US$ 5 BILHÕES de dólares
- Essas são as 10 MEGA obras ABANDONADAS no Brasil
- Pequenas e médias Indústrias Brasileiras usam Trade Finance para conquistar o mundo
Reavaliação da compra da ArcelorMittal
De acordo com a Usiminas, o motivo primordial para o CADE ter “barrado” a compra da CSP foi o aumento de custos do setor siderúrgico para os concorrentes da ArcelorMittal se por acaso a compra for aprovada.
Por conta da CSP possuir uma relevância no mercado de aço, se a nova controladora não prosseguir com o prestígio dos concorrentes, a compra poderia registrar uma alta depois da venda.
De acordo com o documento do CADE: “A alta demanda e os índices de market share indicam que a CSP tem papel relevante como principal fornecedora independente de placas de aço nacionalmente e, juntamente com a Ternium Brasil, as únicas não integradas no país a produzir placas de aço sem exercer atividade de laminação. É necessário averiguar se ao compor o grupo econômico a CSP, de fato, poderá ser incentivada a deixar de fornecer placas de aço para os principais concorrentes, provocando um aumento de custos e o consequente prejuízo ao mercado a jusante de aços planos”.
O que a ArcelorMittal acha disso?
Com essa recusa sobre a venda da CSP para a ArcelorMittal, a empresa de aço afirma que vai continuar operando de forma independente para a CSP, e que também vai colaborar com o Cade para a aprovação da compra.
Contudo, apesar da boa vontade da ArcelorMittal, ainda não está prevista, por enquanto, uma análise da compra da ArcelorMittal pelo Tribunal do CADE.