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Apple anuncia investimento de US$ 600 bilhões nos EUA para evitar tarifa de 100% de Trump sobre semicondutores importados

Publicado em 14/09/2025 às 17:27
A Apple anunciou investimento de US$ 600 bilhões nos Estados Unidos para ampliar a produção de semicondutores, em resposta à ameaça de tarifa de 100% de Trump, marcando um movimento histórico na disputa tecnológica global.
A Apple anunciou investimento de US$ 600 bilhões nos Estados Unidos para ampliar a produção de semicondutores, em resposta à ameaça de tarifa de 100% de Trump, marcando um movimento histórico na disputa tecnológica global.
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Apple anuncia investimento de US$ 600 bilhões nos EUA para evitar tarifa de 100% de Trump sobre semicondutores importados

A Apple confirmou nesta sexta-feira (12) um dos maiores investimentos privados da história dos Estados Unidos: US$ 600 bilhões (cerca de R$ 3,2 trilhões) destinados à expansão da cadeia de produção doméstica de semicondutores. O anúncio foi feito pelo CEO Tim Cook em entrevista à CNBC e ocorre em resposta à ameaça do presidente Donald Trump, que cogita impor tarifa de 100% sobre chips importados.

Segundo Cook, a decisão não é apenas uma reação às tarifas, mas também um movimento estratégico para consolidar os EUA como potência global no setor de semicondutores. “O presidente disse que quer mais nos EUA. E nós também queremos mais nos EUA”, afirmou o executivo, destacando que o plano busca soberania tecnológica em uma indústria dominada por países asiáticos.

Detalhes do maior investimento da Apple

O aporte de US$ 600 bilhões será aplicado em quatro anos. Parte do montante inclui a expansão de US$ 2,5 bilhões na parceria com a Corning, fornecedora das telas de iPhones e Apple Watches em sua unidade no Kentucky.

Além disso, a Apple vai trabalhar em conjunto com empresas como TSMC, Texas Instruments e Applied Materials para criar uma rede de produção integrada em solo norte-americano.

Hoje, a Apple mantém relações comerciais com cerca de 9 mil fornecedores nos 50 estados e já contribuiu para gerar 450 mil empregos diretos e indiretos.

A meta é ampliar de forma significativa esse número, aproveitando a onda de reindustrialização incentivada pelas políticas do governo Trump.

Educação e qualificação da mão de obra

Outro ponto relevante é a Escola de Manufatura da Apple em Detroit, inaugurada em agosto. O centro tem como objetivo treinar trabalhadores e apoiar pequenas e médias empresas na transição para a manufatura avançada, utilizando inteligência artificial e automação.

Essa iniciativa é vista como essencial para suprir a crescente demanda de mão de obra qualificada no setor de semicondutores.

Para especialistas, essa frente educacional mostra que a Apple não se limita à construção de fábricas, mas busca estruturar um ecossistema completo, garantindo desde a produção até a formação de profissionais.

Pressão política e geopolítica dos semicondutores

O apoio do governo Trump foi enfatizado no anúncio. O presidente norte-americano afirmou que empresas que investirem em solo americano terão “tratamento diferenciado” nas regras tarifárias.

As tarifas funcionam como pressão para atrair capital produtivo e reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros.

O setor de semicondutores é considerado o “coração da economia digital”, essencial para smartphones, carros, computadores e sistemas de inteligência artificial.

A concentração produtiva em Taiwan e Coreia do Sul é vista como risco estratégico, principalmente diante da escalada de tensões com a China.

Nesse contexto, o movimento da Apple reforça o objetivo dos EUA de diminuir vulnerabilidades externas e ampliar a autonomia em setores críticos.

Impacto imediato e futuro da Apple

No curto prazo, o investimento evita que a empresa sofra com as tarifas de 100%, preservando preços competitivos e o fluxo de abastecimento de chips.

No médio e longo prazo, a Apple pode alterar o mapa global da indústria, pressionando outras gigantes como Google, Microsoft e Nvidia a seguirem o mesmo caminho.

Para analistas do setor, o anúncio representa um divisor de águas na reindustrialização americana. Além de escapar das tarifas, a Apple se posiciona como protagonista de uma nova fase da economia, em que a produção local de chips passa a ser prioridade estratégica para governos e empresas.

O investimento bilionário da Apple mostra como disputas comerciais e geopolíticas estão redesenhando a indústria de tecnologia.

A decisão de destinar US$ 600 bilhões para fábricas nos EUA é, ao mesmo tempo, uma resposta às tarifas de Trump e um passo histórico rumo à soberania industrial americana.

E você, acredita que a estratégia da Apple vai realmente mudar o equilíbrio global da produção de semicondutores ou será apenas uma resposta momentânea à pressão política?

Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir a sua visão sobre esse movimento histórico.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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