Confira como a Emae restabeleceu a operação da hidrelétrica UHE Rasgão em São Paulo após autorização da Aneel, marcando um novo impulso para a geração de energia no estado
A Unidade Geradora 2 da UHE Rasgão, localizada em Pirapora do Bom Jesus, interior de São Paulo, voltou à operação comercial em 28 de outubro de 2025, após meses de paralisação. A decisão foi oficializada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União e impulsiona o cenário energético.
Histórico da paralisação da hidrelétrica UHE Rasgão
A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), responsável pela hidrelétrica, havia comunicado a retomada em 14 de outubro, após cumprir todas as exigências técnicas e regulatórias. Esse retorno representa um avanço importante para a segurança energética do estado de São Paulo.
A hidrelétrica UHE Rasgão, com capacidade instalada de 11 MW, teve suas operações interrompidas em março de 2024 devido à necessidade de substituição de componentes nos motores. Em junho, a turbina foi oficialmente desligada.
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A instabilidade operacional gerou preocupações sobre a confiabilidade da geração hídrica na região metropolitana. A paralisação prolongada impactou o fornecimento local e exigiu atenção especial das autoridades reguladoras e da operadora da usina.
Emae lidera recuperação técnica da UHE Rasgão
A Emae teve papel decisivo na reativação da UHE Rasgão. Após identificar os problemas técnicos, a empresa implementou medidas corretivas e submeteu documentação técnica à Aneel.
A agência concluiu que a unidade estava apta para operar comercialmente, liberando a retomada da geração. A atuação da Emae foi essencial para garantir a segurança e a eficiência da retomada. Além disso, a empresa passou por mudanças estruturais significativas. Em abril de 2024, foi privatizada e adquirida por um fundo ligado ao empresário Nelson Tanure.
Em outubro de 2025, a Sabesp anunciou a compra de 70,1% da Emae por R$ 1,13 bilhão, consolidando uma nova fase de gestão integrada entre saneamento e energia. Essa transição de controle pode representar uma nova abordagem na gestão de ativos energéticos, com foco em eficiência operacional e sustentabilidade.
Impactos da retomada da hidrelétrica no cenário energético de São Paulo
A volta da UHE Rasgão à operação comercial traz benefícios diretos para o sistema elétrico paulista:
- Reforço na geração hídrica local, reduzindo a dependência de fontes térmicas mais caras e poluentes.
- Estabilidade no fornecimento de energia para a região metropolitana de São Paulo.
- Integração com políticas de sustentabilidade, alinhadas ao Plano Nacional de Energia.
A reativação da UHE Rasgão contribui para manter o perfil limpo e sustentável da matriz energética brasileira. Além disso, o uso eficiente dos recursos hídricos são estratégias fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e garantir o abastecimento energético em períodos de estiagem.
A hidrelétrica como vetor de desenvolvimento regional
A presença da hidrelétrica UHE Rasgão em Pirapora do Bom Jesus não apenas contribui para o abastecimento energético, mas também para o desenvolvimento local.
A geração de empregos diretos e indiretos, o estímulo à economia regional e a valorização da infraestrutura são efeitos positivos da operação da usina. A energia limpa gerada pela UHE Rasgão fortalece o compromisso ambiental do estado de São Paulo.
Além disso, a integração entre energia e saneamento, promovida pela nova gestão da Emae, pode gerar sinergias importantes para o uso racional da água e a preservação dos recursos naturais.
Perspectivas para o setor elétrico paulista após a retomada da UHE Rasgão
A reativação da UHE Rasgão representa mais do que a volta de uma turbina à operação. É um símbolo da capacidade técnica da Emae, da atuação regulatória da Aneel e da importância da hidrelétrica na matriz energética de São Paulo.
Com a integração entre energia e saneamento, o estado de São Paulo se posiciona como referência em gestão eficiente de recursos. A UHE Rasgão, agora em pleno funcionamento, é parte fundamental desse novo cenário.
A expectativa é que outras unidades de geração passem por processos semelhantes de modernização e reativação, contribuindo para a resiliência do sistema elétrico nacional. A atuação conjunta entre empresas, governo e sociedade será essencial para garantir um futuro energético sustentável e seguro.



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