Além de estratégica para a Petrobras, a Margem Equatorial – uma das fronteiras em águas profundas mais promissoras da indústria offshore no Brasil, é uma das maiores descobertas após o pré-sal!
Mesmo ‘abandonado’ pela petroleiras BP e Total, o gigante do petróleo brasileiro Petrobras, de olho no potencial de produção de petróleo e gás da área, aposta suas fichas na Foz do Amazonas, que promete ser o maior projeto descoberto em águas territoriais brasileiras desde o pré-sal.
Está nos planos da Petrobras iniciar a exploração e perfuração do 1º poço de petróleo, na costa do Amapá, ainda no 4º trimestre de 2022, a 160 quilômetros do litoral Norte do Amapá, em lâmina d’água de cerca de 2.800 metros.
Para isso, a estatal brasileira precisa que o Ibama emita uma licença ambiental. Esperada para novembro, a licença é somente para um simulado pré-operacional no Amapá, que será analisado pelo órgão ambiental para possível concessão de licença para exploração no local.
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No simulado da operação, a Petrobras terá que comprovar que não há risco de contaminação na área e expor as medidas de controle caso haja acidentes na região.
A opção da Total e da BP por investimentos em energia renováveis e a demora para conseguir o licenciamento ambiental, foram os motivos das petroleiras deixarem a Petrobras sozinha na operação. A Total abandonou o consórcio em 2020 e a BP em 2021.
A maior petroleira dos EUA, a ExxonMobil, acumula mais de 25 descobertas, ao lado da Margem Equatorial brasileira
A nova fronteira exploratória da Petrobras, localizada na Margem Equatorial Brasileira, abrange 5 bacias sedimentares, que se estendem da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte.
Mesmo pouco conhecida, a Petrobras, aposta suas fichas na porção brasileira da Margem Equatorial, que tem grandes expectativas no setor. Isso porque a região está ao lado das bacias da Guiana e do Suriname, onde a maior petroleira dos EUA, a ExxonMobil, acumula mais de 25 descobertas.
Os volumes de petróleo e gás da região, não estão abaixo de uma camada de sal, como no Sul e Sudeste, porém foi apelidada de “novo pré-sal” pelas expectativas de suas reservas.
Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), há um elevado potencial de 30 bilhões de barris de petróleo na Margem Equatorial – bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar – com um volume recuperável (produção efetiva) de 7,5 bilhões de barris de petróleo, volume que poderá ser bem maior com as novas tecnologias desenvolvidas pela Petrobras.
Devido a expectativa, a Margem Equatorial se tornou uma das prioridades da Agência para oferta de áreas de exploração em leilões.
“A Margem Equatorial é considerada uma área estratégica para a Petrobras e uma das fronteiras em águas profundas mais promissoras da indústria offshore no Brasil, com expressivo potencial petrolífero”, disse ao Poder360 o gerente executivo da Petrobras, Mario Carminatti.
O Capex (investimento) reservado pela Petrobras para a nova fronteira até 2026 é de US$ 2 bilhões, ou 38% do total previsto pela estatal para exploração nos próximos quatro anos.