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Após as petroleiras BP e Total deixarem ‘na mão’ a Petrobras, o gigante do petróleo brasileiro não desiste e vai explorar sozinho o novo pré-sal do Brasil, na Foz do Amazonas

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 09/10/2022 às 13:04
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Petrobras descobre novo pré-sal, no Amazonas, com mais de 30 bilhões de barria de petróleo – Imagem IG

Além de estratégica para a Petrobras, a Margem Equatorial – uma das fronteiras em águas profundas mais promissoras da indústria offshore no Brasil, é uma das maiores descobertas após o pré-sal!

Mesmo ‘abandonado’ pela petroleiras BP e Total, o gigante do petróleo brasileiro Petrobras, de olho no potencial de produção de petróleo e gás da área, aposta suas fichas na Foz do Amazonas, que promete ser o maior projeto descoberto em águas territoriais brasileiras desde o pré-sal.

Está nos planos da Petrobras iniciar a exploração e perfuração do 1º poço de petróleo, na costa do Amapá, ainda no 4º trimestre de 2022, a 160 quilômetros do litoral Norte do Amapá, em lâmina d’água de cerca de 2.800 metros.

Para isso, a estatal brasileira precisa que o Ibama emita uma licença ambiental. Esperada para novembro, a licença é somente para um simulado pré-operacional no Amapá, que será analisado pelo órgão ambiental para possível concessão de licença para exploração no local.

No simulado da operação, a Petrobras terá que comprovar que não há risco de contaminação na área e expor as medidas de controle caso haja acidentes na região.

A opção da Total e da BP por investimentos em energia renováveis e a demora para conseguir o licenciamento ambiental, foram os motivos das petroleiras deixarem a Petrobras sozinha na operação. A Total abandonou o consórcio em 2020 e a BP em 2021.

A maior petroleira dos EUA, a ExxonMobil, acumula mais de 25 descobertas, ao lado da Margem Equatorial brasileira

A nova fronteira exploratória da Petrobras, localizada na Margem Equatorial Brasileira, abrange 5 bacias sedimentares, que se estendem da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte.

Mesmo pouco conhecida, a Petrobras, aposta suas fichas na porção brasileira da Margem Equatorial, que tem grandes expectativas no setor. Isso porque a região está ao lado das bacias da Guiana e do Suriname, onde a maior petroleira dos EUA, a ExxonMobil, acumula mais de 25 descobertas.

Os volumes de petróleo e gás da região, não estão abaixo de uma camada de sal, como no Sul e Sudeste, porém foi apelidada de “novo pré-sal” pelas expectativas de suas reservas.

Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), há um elevado potencial de 30 bilhões de barris de petróleo na Margem Equatorial – bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar – com um volume recuperável (produção efetiva) de 7,5 bilhões de barris de petróleo, volume que poderá ser bem maior com as novas tecnologias desenvolvidas pela Petrobras.

Devido a expectativa, a Margem Equatorial se tornou uma das prioridades da Agência para oferta de áreas de exploração em leilões.

“A Margem Equatorial é considerada uma área estratégica para a Petrobras e uma das fronteiras em águas profundas mais promissoras da indústria offshore no Brasil, com expressivo potencial petrolífero”, disse ao Poder360 o gerente executivo da Petrobras, Mario Carminatti.

O Capex (investimento) reservado pela Petrobras para a nova fronteira até 2026 é de US$ 2 bilhões, ou 38% do total previsto pela estatal para exploração nos próximos quatro anos.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira de Produção pós-graduada em Engenharia Elétrica e Automação, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos, com mais de 7 mil artigos publicados. Sua expertise técnica e habilidade de comunicação a tornam uma referência respeitada em seu campo. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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