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Aos 60, ela se aposentou, aprendeu a andar de moto e fez da estrada seu novo lar em uma jornada que mudou completamente sua forma de viver

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 10/11/2025 às 21:50
Mulher de 60 anos transforma a aposentadoria aos 60 ao aprender a andar de moto e viver uma vida na estrada em contínua viagem de moto.
Mulher de 60 anos transforma a aposentadoria aos 60 ao aprender a andar de moto e viver uma vida na estrada em contínua viagem de moto.
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Após a aposentadoria aos 60, uma mulher de 60 anos decide aprender a andar de moto e transforma a vida na estrada em uma viagem de moto contínua e sem roteiro fixo.

Aos 60 anos, ela se aposentou, decidiu aprender a andar de moto e passou a tratar a estrada como endereço permanente, convertendo uma fase de incerteza em projeto de vida de longo prazo. O que começou como alternativa para lidar com uma lesão e a impossibilidade de seguir no trekking se transformou em uma rotina de viagens solo, planejamento de rotas e adaptação constante a novas paisagens e condições climáticas.

Na trajetória de Alicia Burnowicz, aprender a andar de moto não foi apenas adquirir uma nova habilidade, mas redefinir prioridades, redesenhar o conceito de moradia e provar na prática que idade cronológica e estilo de vida não precisam caminhar lado a lado. Em vez de aceitar o recuo de atividades por causa da aposentadoria, ela ampliou horizontes, somando mais de 120 mil quilômetros percorridos em uma jornada que mistura autossuficiência, rede de apoio e capacidade de tomar decisões em ambientes imprevisíveis.

Quando andar de moto vira resposta a uma adversidade

Mulher de 60 anos transforma a aposentadoria aos 60 ao aprender a andar de moto e viver uma vida na estrada em contínua viagem de moto.

A história de Alicia começa com uma limitação, não com uma conquista.

Antes de decidir andar de moto, sua principal atividade ao ar livre era o trekking, até que uma lesão a afastou das trilhas por tempo indeterminado.

Essa ruptura forçada na rotina a colocou diante de uma escolha clássica: aceitar a perda de mobilidade ou buscar outra forma de manter contato intenso com a natureza e a estrada.

Foi nesse contexto que a motocicleta surgiu como ferramenta de continuidade.

Em vez de abandonar a vida ativa, Alicia converteu a adversidade em ponto de virada, experimentando primeiro deslocamentos curtos e controlados, avaliando se o corpo responderia bem à nova demanda.

A moto permitiu que ela compensasse limitações físicas específicas com um meio de transporte que, ao mesmo tempo, preservava a sensação de liberdade e ampliava o alcance das viagens.

Da rotina em Bariloche à decisão de viver na estrada

A fase inicial da jornada foi discreta. Depois de aprender a andar de moto, Alicia começou com percursos curtos nas proximidades de Bariloche, ambiente que ela já conhecia bem por sua rotina anterior.

Ela testou horários, tipos de estrada e condições de clima, observando o comportamento da moto, o impacto no corpo e o nível de exigência mental de cada deslocamento.

Com o tempo, esses trajetos deixaram de ser apenas testes e passaram a compor um novo padrão de vida.

Aos poucos, a estrada deixou de ser exceção e se tornou regra, e a casa tradicional cedeu lugar ao conceito de lar móvel, em que bagagem reduzida, manutenção da moto e planejamento de rotas substituíram compromissos fixos e horários rígidos.

A aposentadoria, em vez de frear o ritmo, abriu espaço para um tipo de mobilidade que muitas vezes não é associada a pessoas na faixa dos 60 anos.

Carretera Austral: laboratório de autonomia sobre duas rodas

Quando decidiu encarar a Carretera Austral, Alicia já dominava o básico de andar de moto, mas escolheu deliberadamente uma rota considerada desafiadora, com longos trechos de infraestrutura limitada e condições de clima variáveis.

A estrada, conhecida entre viajantes por suas dificuldades logísticas, funcionou como espécie de laboratório intensivo de autonomia sobre duas rodas.

Longe de grandes centros urbanos, ela precisou ajustar a forma de planejar combustível, alimentação, pernoites e manutenção básica.

Com menos comodidades e mais trechos de estrada remota, a Carretera Austral obrigou Alicia a viajar com menos itens, mais critério e maior foco em prioridades reais, como segurança, leitura de terreno e gestão de energia física.

A experiência consolidou competências que seriam fundamentais para etapas posteriores de sua vida na estrada.

De andar de moto a Machu Picchu: planejamento, riscos e conquistas

Após ganhar confiança na Carretera Austral, Alicia ampliou o raio de ação e definiu um objetivo que, para muitos motociclistas, mistura desafio técnico e simbólico: chegar de moto a Machu Picchu.

A expedição durou 107 dias e combinou longos deslocamentos, trechos sinuosos de serra, altitude elevada e clima imprevisível, exigindo planejamento mais detalhado de cada etapa.

A jornada demonstrou que andar de moto em longas distâncias requer muito mais do que equilíbrio e aceleração.

Envolve leitura constante de mapa, adaptação a estradas em diferentes condições e respostas rápidas a imprevistos.

No caso de Machu Picchu, o destino ganhou peso adicional.

Não era apenas um ponto turístico, mas a materialização de um objetivo que parecia distante para alguém que, poucos anos antes, ainda se via limitada por uma lesão e pelas expectativas sociais associadas à idade.

O papel das comunidades de motociclistas na estrada

Ao longo de suas viagens, Alicia percebeu que andar de moto não é atividade necessariamente solitária, mesmo em trajetos solo.

Ela encontrou uma comunidade ativa de motociclistas, organizada de forma descentralizada, especialmente em redes sociais e fóruns de viagem.

Essa rede funciona como suporte técnico e emocional, oferecendo desde informações de rota até convites para hospedagem temporária.

Em situações de manutenção, panes mecânicas ou mudanças bruscas de tempo, o apoio desses grupos se mostrou crucial.

A disponibilidade de outros motociclistas para auxiliar com ferramentas, indicações de oficinas ou simples companhia em trechos mais delicados reforça o sentimento de pertencimento.

A experiência de Alicia evidencia que a decisão de andar de moto e viver na estrada é facilitada quando há uma malha de solidariedade conectando pessoas em diferentes países e trajetos, o que reduz o isolamento e amplia a sensação de segurança.

Quando andar de moto inspira outras pessoas a redefinir limites

Com mais de 120 mil quilômetros rodados, o relato de Alicia passou a circular em perfis pessoais e canais dedicados a viagem e aventura.

Aos poucos, sua trajetória deixou de ser apenas uma narrativa individual para se tornar referência para quem cogita iniciar novas atividades após os 50 ou 60 anos.

Comentários e mensagens de leitores mostram que a decisão de aprender a andar de moto nessa fase da vida desafia ideias consolidadas sobre envelhecimento e protagonismo, incentivando outras pessoas a revisar suas próprias barreiras autoimpostas.

Os exemplos incluem pessoas que retomaram antigos interesses, revisaram planos de aposentadoria ou simplesmente passaram a considerar a possibilidade de viagens mais longas, com ou sem moto.

A história de Alicia não prescreve um modelo único de vida, mas demonstra que a idade não é, por si só, impeditivo para projetos fisicamente e mentalmente desafiadores, desde que sejam acompanhados de preparo, responsabilidade e consciência de risco.

O que a história de Alicia ensina sobre começar a andar de moto depois dos 60

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A trajetória de Alicia Burnowicz mostra que aprender a andar de moto aos 60 anos pode ser menos um ato de ruptura e mais uma forma de continuidade, na qual experiências anteriores, disciplina de trabalho e autoconhecimento se convertem em ferramenta para encarar a estrada com maturidade.

A moto entra como meio, não como fim, permitindo transformar uma fase de vida que muitos enxergam como encerramento em etapa de expansão.

Ao mesmo tempo, a história reforça a importância de planejamento, respeito às limitações pessoais e construção de rede de apoio.

Mais do que um roteiro de aventura, trata-se de um caso concreto de reposicionamento de identidade, em que a aposentadoria não é ponto final, mas ponto de virada.

Diante disso, fica a provocação para quem lê: se você pudesse escolher uma nova forma de viver após se aposentar, arriscaria aprender a andar de moto e encarar a estrada como parte da sua rotina ou buscaria outro caminho para reinventar essa fase da vida?

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Eliza
Eliza
10/11/2025 22:03

Fui diagnosticada com doença de Parkinson há quatro anos. Por mais de dois anos, dependi da levodopa e de vários outros medicamentos, mas, infelizmente, os sintomas continuaram piorando. Os tremores se tornaram mais perceptíveis e meu equilíbrio e mobilidade começaram a declinar rapidamente. No ano passado, por desespero e esperança, decidi experimentar um programa de tratamento à base de ervas da NaturePath Herbal Clinic.
Sinceramente, eu estava cética no início, mas, poucos meses após o início do tratamento, comecei a notar mudanças reais. Meus movimentos ficaram mais suaves, os tremores diminuíram e me senti mais firme ao caminhar. Incrivelmente, também recuperei grande parte da minha energia e confiança. Tem sido uma experiência transformadora. Me sinto mais eu mesma novamente, melhor do que me sentia há anos. Se você ou um ente querido está lutando contra a doença de Parkinson, recomendo muito que você considere a abordagem natural deles. Você pode visitar o site deles em www. naturepathherbalclinic .com

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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