Após a aposentadoria aos 60, uma mulher de 60 anos decide aprender a andar de moto e transforma a vida na estrada em uma viagem de moto contínua e sem roteiro fixo.
Aos 60 anos, ela se aposentou, decidiu aprender a andar de moto e passou a tratar a estrada como endereço permanente, convertendo uma fase de incerteza em projeto de vida de longo prazo. O que começou como alternativa para lidar com uma lesão e a impossibilidade de seguir no trekking se transformou em uma rotina de viagens solo, planejamento de rotas e adaptação constante a novas paisagens e condições climáticas.
Na trajetória de Alicia Burnowicz, aprender a andar de moto não foi apenas adquirir uma nova habilidade, mas redefinir prioridades, redesenhar o conceito de moradia e provar na prática que idade cronológica e estilo de vida não precisam caminhar lado a lado. Em vez de aceitar o recuo de atividades por causa da aposentadoria, ela ampliou horizontes, somando mais de 120 mil quilômetros percorridos em uma jornada que mistura autossuficiência, rede de apoio e capacidade de tomar decisões em ambientes imprevisíveis.
Quando andar de moto vira resposta a uma adversidade

A história de Alicia começa com uma limitação, não com uma conquista.
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Antes de decidir andar de moto, sua principal atividade ao ar livre era o trekking, até que uma lesão a afastou das trilhas por tempo indeterminado.
Essa ruptura forçada na rotina a colocou diante de uma escolha clássica: aceitar a perda de mobilidade ou buscar outra forma de manter contato intenso com a natureza e a estrada.
Foi nesse contexto que a motocicleta surgiu como ferramenta de continuidade.
Em vez de abandonar a vida ativa, Alicia converteu a adversidade em ponto de virada, experimentando primeiro deslocamentos curtos e controlados, avaliando se o corpo responderia bem à nova demanda.
A moto permitiu que ela compensasse limitações físicas específicas com um meio de transporte que, ao mesmo tempo, preservava a sensação de liberdade e ampliava o alcance das viagens.
Da rotina em Bariloche à decisão de viver na estrada
A fase inicial da jornada foi discreta. Depois de aprender a andar de moto, Alicia começou com percursos curtos nas proximidades de Bariloche, ambiente que ela já conhecia bem por sua rotina anterior.
Ela testou horários, tipos de estrada e condições de clima, observando o comportamento da moto, o impacto no corpo e o nível de exigência mental de cada deslocamento.
Com o tempo, esses trajetos deixaram de ser apenas testes e passaram a compor um novo padrão de vida.
Aos poucos, a estrada deixou de ser exceção e se tornou regra, e a casa tradicional cedeu lugar ao conceito de lar móvel, em que bagagem reduzida, manutenção da moto e planejamento de rotas substituíram compromissos fixos e horários rígidos.
A aposentadoria, em vez de frear o ritmo, abriu espaço para um tipo de mobilidade que muitas vezes não é associada a pessoas na faixa dos 60 anos.
Carretera Austral: laboratório de autonomia sobre duas rodas
Quando decidiu encarar a Carretera Austral, Alicia já dominava o básico de andar de moto, mas escolheu deliberadamente uma rota considerada desafiadora, com longos trechos de infraestrutura limitada e condições de clima variáveis.
A estrada, conhecida entre viajantes por suas dificuldades logísticas, funcionou como espécie de laboratório intensivo de autonomia sobre duas rodas.
Longe de grandes centros urbanos, ela precisou ajustar a forma de planejar combustível, alimentação, pernoites e manutenção básica.
Com menos comodidades e mais trechos de estrada remota, a Carretera Austral obrigou Alicia a viajar com menos itens, mais critério e maior foco em prioridades reais, como segurança, leitura de terreno e gestão de energia física.
A experiência consolidou competências que seriam fundamentais para etapas posteriores de sua vida na estrada.
De andar de moto a Machu Picchu: planejamento, riscos e conquistas
Após ganhar confiança na Carretera Austral, Alicia ampliou o raio de ação e definiu um objetivo que, para muitos motociclistas, mistura desafio técnico e simbólico: chegar de moto a Machu Picchu.
A expedição durou 107 dias e combinou longos deslocamentos, trechos sinuosos de serra, altitude elevada e clima imprevisível, exigindo planejamento mais detalhado de cada etapa.
A jornada demonstrou que andar de moto em longas distâncias requer muito mais do que equilíbrio e aceleração.
Envolve leitura constante de mapa, adaptação a estradas em diferentes condições e respostas rápidas a imprevistos.
No caso de Machu Picchu, o destino ganhou peso adicional.
Não era apenas um ponto turístico, mas a materialização de um objetivo que parecia distante para alguém que, poucos anos antes, ainda se via limitada por uma lesão e pelas expectativas sociais associadas à idade.
O papel das comunidades de motociclistas na estrada
Ao longo de suas viagens, Alicia percebeu que andar de moto não é atividade necessariamente solitária, mesmo em trajetos solo.
Ela encontrou uma comunidade ativa de motociclistas, organizada de forma descentralizada, especialmente em redes sociais e fóruns de viagem.
Essa rede funciona como suporte técnico e emocional, oferecendo desde informações de rota até convites para hospedagem temporária.
Em situações de manutenção, panes mecânicas ou mudanças bruscas de tempo, o apoio desses grupos se mostrou crucial.
A disponibilidade de outros motociclistas para auxiliar com ferramentas, indicações de oficinas ou simples companhia em trechos mais delicados reforça o sentimento de pertencimento.
A experiência de Alicia evidencia que a decisão de andar de moto e viver na estrada é facilitada quando há uma malha de solidariedade conectando pessoas em diferentes países e trajetos, o que reduz o isolamento e amplia a sensação de segurança.
Quando andar de moto inspira outras pessoas a redefinir limites
Com mais de 120 mil quilômetros rodados, o relato de Alicia passou a circular em perfis pessoais e canais dedicados a viagem e aventura.
Aos poucos, sua trajetória deixou de ser apenas uma narrativa individual para se tornar referência para quem cogita iniciar novas atividades após os 50 ou 60 anos.
Comentários e mensagens de leitores mostram que a decisão de aprender a andar de moto nessa fase da vida desafia ideias consolidadas sobre envelhecimento e protagonismo, incentivando outras pessoas a revisar suas próprias barreiras autoimpostas.
Os exemplos incluem pessoas que retomaram antigos interesses, revisaram planos de aposentadoria ou simplesmente passaram a considerar a possibilidade de viagens mais longas, com ou sem moto.
A história de Alicia não prescreve um modelo único de vida, mas demonstra que a idade não é, por si só, impeditivo para projetos fisicamente e mentalmente desafiadores, desde que sejam acompanhados de preparo, responsabilidade e consciência de risco.
O que a história de Alicia ensina sobre começar a andar de moto depois dos 60
A trajetória de Alicia Burnowicz mostra que aprender a andar de moto aos 60 anos pode ser menos um ato de ruptura e mais uma forma de continuidade, na qual experiências anteriores, disciplina de trabalho e autoconhecimento se convertem em ferramenta para encarar a estrada com maturidade.
A moto entra como meio, não como fim, permitindo transformar uma fase de vida que muitos enxergam como encerramento em etapa de expansão.
Ao mesmo tempo, a história reforça a importância de planejamento, respeito às limitações pessoais e construção de rede de apoio.
Mais do que um roteiro de aventura, trata-se de um caso concreto de reposicionamento de identidade, em que a aposentadoria não é ponto final, mas ponto de virada.
Diante disso, fica a provocação para quem lê: se você pudesse escolher uma nova forma de viver após se aposentar, arriscaria aprender a andar de moto e encarar a estrada como parte da sua rotina ou buscaria outro caminho para reinventar essa fase da vida?


Fui diagnosticada com doença de Parkinson há quatro anos. Por mais de dois anos, dependi da levodopa e de vários outros medicamentos, mas, infelizmente, os sintomas continuaram piorando. Os tremores se tornaram mais perceptíveis e meu equilíbrio e mobilidade começaram a declinar rapidamente. No ano passado, por desespero e esperança, decidi experimentar um programa de tratamento à base de ervas da NaturePath Herbal Clinic.
Sinceramente, eu estava cética no início, mas, poucos meses após o início do tratamento, comecei a notar mudanças reais. Meus movimentos ficaram mais suaves, os tremores diminuíram e me senti mais firme ao caminhar. Incrivelmente, também recuperei grande parte da minha energia e confiança. Tem sido uma experiência transformadora. Me sinto mais eu mesma novamente, melhor do que me sentia há anos. Se você ou um ente querido está lutando contra a doença de Parkinson, recomendo muito que você considere a abordagem natural deles. Você pode visitar o site deles em www. naturepathherbalclinic .com