Vai comprar um Toyota Corolla 2.0 (12ª geração) usado? Veja quais são os principais problemas segundo os donos.
Embora seja referência em confiabilidade, o Toyota Corolla 2.0 (12ª geração) tem gerado queixas entre proprietários. Relatos publicados no site Reclame Aqui apontam falhas que afetam diretamente a experiência de quem apostou no sedan líder de vendas.
Entre os principais problemas, segundo os donos, estão o desgaste precoce do volante, dificuldades no sistema de ignição e travamentos na central multimídia.
As reclamações têm surgido em diferentes regiões do Brasil, principalmente entre consumidores que adquiriram o veículo entre 2020 e 2023.
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Apesar de não comprometer a boa reputação da marca, os casos mostram que até modelos consagrados não estão livres de falhas pontuais.
Toyota Corolla 2.0: confiabilidade com ressalvas
O Toyota Corolla construiu sua fama em cima de robustez mecânica, motor 2.0 flex aspirado de até 177 cv e câmbio CVT com dez marchas simuladas. Esses fatores, aliados à boa revenda, explicam por que o modelo se mantém imbatível no segmento.
Entretanto, como revelam os relatos, a 12ª geração do Corolla 2.0 não é totalmente imune a problemas de fabricação e de durabilidade de alguns componentes.
Volante descascando: a reclamação mais recorrente
Um dos principais problemas do Toyota Corolla 2.0, segundo os donos, está no acabamento do volante. Proprietários relatam que o material descasca mesmo em veículos com baixa quilometragem e manutenção em dia.
Em Paranavaí (PR), por exemplo, um consumidor contou que o volante do Corolla Altis 2021 começou a esfarelar mesmo após todas as revisões realizadas em concessionária autorizada. A reclamação não foi respondida pela Toyota, o que aumentou a frustração do cliente.
“Sou proprietário de um Toyota Corolla Altis 2021 e estou enfrentando o problema crônico no volante, que começou a descascar e esfarelar, mesmo com todos os cuidados de uso e conservação. Sempre realizei as manutenções e lavagens na concessionária Noma, de Maringá (PR), justamente para preservar a originalidade do veículo e evitar o uso de produtos inadequados. Inclusive, sempre utilizei a lavagem cortesia da própria concessionária, o que reforça que o defeito não se deve a mau uso. Mesmo assim, a Toyota recusou o reparo gratuito, alegando o fim da garantia contratual, ignorando o Código de Defesa do Consumidor (art. 26,3), que garante o direito à reparação de vício oculto, como é o caso aqui um defeito que se manifesta após algum tempo de uso, mas que tem origem na fabricação (sic)”, relata o consumidor de Paranavaí (PR), que não teve o nome divulgado.
Casos semelhantes se repetem em outras cidades, levantando dúvidas sobre a durabilidade do revestimento usado na 12ª geração do sedan.
Problemas de ignição no motor 2.0
Outro ponto de destaque entre os relatos está na dificuldade de dar partida no motor. Alguns donos afirmam que o carro demora a ligar ou simplesmente não funciona de primeira.
Lucas, morador de São José da Lapa (MG), contou que enfrentou falhas na ignição após apenas 13 mil km rodados. O carro ficou mais de dez dias na concessionária até que fossem substituídas peças como bicos injetores e bomba de alta.
“Adquiri um Toyota Corolla com o objetivo de ter um carro confiável, especialmente em relação à mecânica. Para isso, fiz um grande sacrifício financeiro, pois não é fácil adquirir um carro desse porte. Minha intenção era evitar qualquer problema, confiando na marca e no modelo. No entanto, após apenas 13.000 km rodados, o carro apresentou um problema de ignição. O defeito foi diagnosticado pela concessionária Osaka Pampulha (MG) em 24/03/25. Durante 12 dias, o carro ficou na concessionária para troca de várias peças, incluindo bico injetor e bomba de alta, mas infelizmente o problema persistiu”.
A Toyota, nesse caso, resolveu o problema em garantia e forneceu carro reserva. Ainda assim, a demora no diagnóstico e no reparo foi motivo de insatisfação.
Central multimídia travando
A tecnologia embarcada no Corolla também é alvo de críticas. Proprietários relatam falhas constantes na central multimídia, que pode travar, apresentar tela preta e até falhar na câmera de ré.
Essas instabilidades comprometem recursos importantes como GPS, conectividade e som. Para muitos motoristas, trata-se de um incômodo que não se espera em um veículo dessa categoria.
Outros problemas pontuais relatados
Além dos casos mais frequentes, há ainda registros de falhas no câmbio CVT, mau funcionamento do carregador sem fio e infiltração de água no teto-solar.
Esses problemas aparecem em menor escala, mas reforçam a necessidade de atenção por parte da montadora.
O que dizem os consumidores e a Toyota?
Em vários relatos, os consumidores destacam a confiança que depositaram no modelo, muitas vezes adquirindo o carro com grande esforço financeiro.
A expectativa era ter um veículo livre de dores de cabeça, o que nem sempre aconteceu.
Por outro lado, em algumas situações a Toyota demonstrou boa postura ao oferecer reparos em garantia e até carro reserva.
No entanto, quando as reclamações não são atendidas, o desgaste da imagem do veículo é inevitável.
Vale a pena comprar o Toyota Corolla 2.0 (12ª geração)?
Apesar das queixas, o Toyota Corolla 2.0 (12ª geração) continua sendo um dos sedans mais desejados do mercado, graças ao desempenho, conforto e tradição de confiabilidade da marca.
No entanto, é importante que os consumidores estejam atentos aos principais problemas, segundo os donos, especialmente em relação ao volante, à ignição e à central multimídia.
Realizar revisões periódicas em concessionárias autorizadas e registrar eventuais falhas é a melhor forma de garantir reparo dentro da garantia.
Assim, quem pretende investir no modelo deve considerar tanto os pontos fortes quanto as críticas dos atuais proprietários. Afinal, até mesmo um líder de vendas pode apresentar fragilidades que merecem ser discutidas.