Chile e Peru se tornam primeiros países da América Latina com Starlink Direct to Cell. Entenda como aconteceu a parceria entre a empresa de Elon Musk e a estatal boliviana Entel.
A estatal boliviana de telecomunicações, Entel, firmou uma parceria estratégica com a SpaceX para oferecer serviços de internet via satélite por meio da rede Starlink no Chile e no Peru. O acordo permitirá que clientes da Entel tenham acesso a serviços de mensagens, voz e dados em regiões remotas, onde a cobertura terrestre é limitada ou inexistente — um avanço significativo na inclusão digital desses países.
Com a implementação da tecnologia da Starlink, conhecida por sua baixa latência e alta velocidade, a expectativa é de que áreas rurais, comunidades indígenas e zonas de difícil acesso passem a contar com conectividade estável, impulsionando o desenvolvimento educacional, econômico e social. Neste artigo, você vai entender como essa colaboração pode transformar o cenário das telecomunicações na América Latina.
Serviço da Starlink estará pronto para uso no primeiro semestre de 2025
Segundo dados oficiais da Entel, o serviço será realizado em fases, com o envio de mensagens de texto estando disponíveis no primeiro semestre de 2025, enquanto serviços de voz e dados serão implementados no segundo semestre do mesmo ano.
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Um dos benefícios do serviço, oferecido pela empresa do bilionário Elon Musk, é que os usuários poderão usar seus celulares atuais, sem a necessidade de trocar de dispositivo ou instalar aplicativos adicionais.
A conexão será estabelecida diretamente entre o celular e os satélites da Starlink, o que proporciona uma experiência do usuário simples e eficiente. Essa iniciativa da Entel e da SpaceX para países da América Latina com Starlink, segue o precedente estabelecido nos EUA, onde a T-Mobile e a SpaceX anunciaram uma colaboração parecida com o objetivo de eliminar as “zonas mortas” de cobertura.
Em novembro do último ano, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA aprovou uma licença que possibilita às empresas fornecerem cobertura complementar a partir do espaço, estendendo o acesso à internet em áreas mais inacessíveis.
O programa Direct to Cell da Starlink, autorizado pela FCC, possibilita que os celulares se conectem diretamente aos satélites em órbita baixa, dispensando o uso de antenas externas ou dispositivos adicionais.
Quanto custará a internet via satélite nos países da América Latina selecionados?
O serviço da Starlink atua de forma semelhante às redes celulares tradicionais, contudo, em vez de se conectar a torres terrestres, os celulares se ligam diretamente aos satélites. Graças a isso, qualquer dispositivo com conectividade 4G ou 5G pode acessar o serviço, o que representa um salto significativo em conectividade móvel.
Embora não haja uma data exata para o lançamento do serviço para os países da América Latina com Starlink, a empresa busca começar a implementação dos serviços Direct to Cell a partir de 2025. Nos EUA, a T-Mobile lidera o lançamento inicial, o que pode servir como modelo para outras regiões.
Quanto aos custos, os preços específicos do Direct to Cell ainda não foram revelados, porém é possível analisar as tarifas atuais de outros serviços da Starlink.
O plano básico para residências custa cerca de R$ 684 (em conversão direta), enquanto o serviço Roam custa R$ 856. Além disso, o equipamento necessário para a instalação do serviço residencial custa 600 dólares (R$ 3,4 mil). No caso do Direct to Cell, os custos dependem em grande parte dos acordos com as operadoras locais em cada país.
Países que podem usar Starlink pelo celular
Segundo a página oficial da empresa de Elon Musk, as operadoras com as quais há parceria para incorporar essa tecnologia são:
- Nova Zelândia com a companhia One NZ;
- Estados Unidos com a T-Mobile;
- Canadá com a empresa Rogers;
- Japão por meio da KDDI;
- Austrália por intermédio da Optus;
- Suíça pela empresa Salt;
- Peru e Chile por meio da Entel.
Até agora, a Entel é a única empresa da América Latina que implementará o serviço Direct to Cell em dois países ao mesmo tempo, dando um grande avanço no setor de telecomunicações.