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Novo sistema de radares no Brasil vai multar pela velocidade média; frear no ponto de fiscalização e acelerar depois não vai mais adiantar.
O tradicional hábito de muitos motoristas de frear ao se aproximar de um radar fixo e logo depois acelerar novamente está com os dias contados. Isso porque está em fase de expansão no Brasil um novo sistema de fiscalização eletrônica, conhecido popularmente como os “radares amarelinhos”, capaz de medir a velocidade média do veículo em um determinado trecho da rodovia e não apenas em um ponto fixo.
Essa tecnologia registra a velocidade em pelo menos dois pontos diferentes e calcula o tempo que o carro leva para percorrer a distância. Se o motorista tiver excedido o limite estabelecido, mesmo que tenha reduzido momentaneamente no radar, a infração será registrada e a multa aplicada.
Velocidade média e punição mais eficiente
Diferente dos radares tradicionais, que fiscalizam apenas a velocidade instantânea, o novo sistema trabalha com o conceito de velocidade média. Ou seja, mesmo que o condutor freie no ponto de fiscalização, se ele compensar acelerando logo depois e terminar o trecho acima do limite, será multado.
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Esse método já é utilizado em diversos países da Europa e da Ásia e tem se mostrado mais eficiente para reduzir acidentes, já que impede o chamado “efeito sanfona” — quando motoristas reduzem bruscamente a velocidade apenas no radar e voltam a acelerar em excesso logo em seguida.
Onde os novos radares já estão em funcionamento
Os radares com tecnologia de monitoramento de velocidade média já começaram a ser implantados em rodovias federais e estaduais em diferentes regiões do Brasil. Estados como São Paulo, Paraná e Goiás estão entre os primeiros a adotar o sistema em trechos de maior índice de acidentes e alta circulação de veículos.
A previsão é que a expansão continue ao longo de 2025 e 2026, com prioridade para estradas que registram altos índices de imprudência. O objetivo é reduzir acidentes graves e garantir maior fluidez no trânsito, sem as frenagens repentinas que colocam em risco motoristas e passageiros.
O que diz o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir em velocidade superior à máxima permitida para a via é considerado infração gravíssima. As penalidades incluem:
- Multa que varia de R$ 293,47 a R$ 880,41 (dependendo do excesso).
- Acréscimo de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
- Possibilidade de suspensão do direito de dirigir em casos reincidentes ou de velocidade muito acima do limite.
Com o novo sistema, a fiscalização se torna mais difícil de ser burlada. Isso porque o motorista não poderá mais alegar que reduziu no ponto de controle: a média do trecho é que será considerada.
Impacto para os motoristas brasileiros
Para os motoristas que ainda insistem em dirigir acima do limite, o novo sistema é um alerta vermelho. A partir da expansão dos radares amarelinhos, será cada vez mais arriscado tentar “enganar” a fiscalização.
Por outro lado, especialistas em trânsito defendem que a medida traz mais segurança para todos. Ao forçar uma velocidade constante dentro do limite estabelecido, a tendência é de redução de colisões, atropelamentos e mortes nas rodovias brasileiras.
O futuro da fiscalização eletrônica
Com a implementação dos novos radares, o Brasil dá um passo para se alinhar a países que já utilizam a medição por velocidade média há anos. Além disso, autoridades estudam integrar o sistema a outras tecnologias, como o reconhecimento automático de placas (OCR) e monitoramento em tempo real de tráfego, criando um ecossistema mais eficiente de controle e prevenção de infrações.
A expectativa é que, em breve, os radares inteligentes estejam presentes em praticamente todas as principais rodovias do país, transformando a maneira como os motoristas se comportam no trânsito.
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