O Aeroporto de Macaé (RJ) vai operar exclusivamente com energia solar a partir de 2026. A usina fotovoltaica promete reduzir custos e tornar o terminal referência nacional em sustentabilidade.
O Aeroporto de Macaé, localizado no litoral norte do Rio de Janeiro, está prestes a se tornar um exemplo de inovação e sustentabilidade no setor aéreo brasileiro. O terminal iniciou a implantação de uma usina de energia solar que deverá abastecer todas as suas operações com eletricidade 100% limpa a partir de fevereiro de 2026.
Com o projeto, o aeroporto se posiciona como um dos primeiros do país a alcançar autossuficiência energética utilizando apenas fontes renováveis. A iniciativa reforça o compromisso do município com a transição energética, reduzindo drasticamente as emissões de carbono e fortalecendo a imagem de Macaé como polo de tecnologia e eficiência ambiental.
Estrutura moderna e economia sustentável impulsionam o projeto
A nova usina solar terá potência instalada de 1 megawatt (MW) e contará com 1.455 módulos fotovoltaicos distribuídos em área estratégica próxima ao terminal. A estimativa é que a produção seja suficiente para suprir 100% da demanda de energia elétrica do aeroporto, incluindo sistemas de iluminação, climatização, sinalização e infraestrutura operacional.
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Além do impacto ambiental positivo, o projeto também trará benefícios econômicos expressivos. De acordo com as estimativas da administração do terminal, a adoção da energia solar resultará em economia de cerca de 49% nos custos mensais de eletricidade, tornando a operação mais sustentável e financeiramente eficiente.
Essa iniciativa integra um pacote mais amplo de investimentos no aeroporto, que totaliza R$ 220 milhões. Os recursos vêm sendo aplicados em obras de modernização, incluindo a construção de uma nova pista de pousos e decolagens e melhorias na estrutura operacional.
Energia solar como tendência no setor aeroportuário brasileiro
O investimento em energia solar em Macaé reflete uma tendência global de descarbonização no setor aéreo, em linha com as metas de neutralidade de carbono definidas pela Airport Carbon Accreditation (ACI) — entidade que certifica aeroportos comprometidos com práticas sustentáveis.
No Brasil, a adesão a sistemas de geração fotovoltaica tem crescido rapidamente, especialmente entre aeroportos regionais e terminais sob concessão privada. A busca por energia limpa e autossuficiência tornou-se um diferencial competitivo, reduzindo a dependência da rede elétrica tradicional e fortalecendo políticas corporativas voltadas à sustentabilidade.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país já desponta como uma das potências globais em produção de energia solar. Em 2022, a geração nacional atingiu 14 gigawatts (GW) de potência instalada — o equivalente à capacidade da Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo.
Esse crescimento mostra que o Brasil não apenas adota, mas também lidera soluções renováveis que combinam eficiência, economia e responsabilidade ambiental. Projetos como o de Macaé evidenciam que o futuro da aviação pode — e deve — ser impulsionado pela força do sol.



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