1. Início
  2. / Economia
  3. / Acordo União Europeia–Mercosul elimina tarifas em 91% dos produtos e transforma Brasil em fornecedor estratégico de alimentos
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 181 comentários

Acordo União Europeia–Mercosul elimina tarifas em 91% dos produtos e transforma Brasil em fornecedor estratégico de alimentos

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 22/09/2025 às 21:31
O acordo União Europeia–Mercosul elimina tarifas em 91% dos produtos, tornando o Brasil fornecedor estratégico de alimentos e ampliando exportações agrícolas globais.
O acordo União Europeia–Mercosul elimina tarifas em 91% dos produtos, tornando o Brasil fornecedor estratégico de alimentos e ampliando exportações agrícolas globais.
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
1582 pessoas reagiram a isso.
Reagir ao artigo

Segundo analistas, o novo acordo fortalece a posição do Brasil no mercado global ao ampliar exportações agrícolas e abrir espaço para produtos industriais europeus

O acordo União Europeia–Mercosul marca um dos maiores avanços comerciais das últimas décadas, eliminando tarifas em 91% dos produtos negociados entre os blocos. Para o Brasil, o impacto é direto: além de consolidar-se como fornecedor essencial de alimentos para a Europa, o país ganha espaço em um mercado altamente competitivo e exigente.

De acordo com analistas, esse tratado altera de forma significativa a dinâmica geopolítica do comércio global. A Europa busca reduzir sua dependência dos Estados Unidos e da China, enquanto o Mercosul garante maior estabilidade para seus principais produtos, especialmente carne, soja, açúcar e café.

Por que o acordo representa uma mudança histórica

O acordo União Europeia–Mercosul vinha sendo negociado há mais de 20 anos e enfrentava resistências internas, sobretudo da França, devido às preocupações ambientais e com a concorrência agrícola. A decisão de Bruxelas de abrir mão de barreiras tarifárias agrícolas em larga escala representa um tabu quebrado e demonstra a urgência em diversificar fornecedores diante da crise energética e das tensões comerciais globais.

Para o Brasil, que sozinho responde por cerca de 75% do PIB do Mercosul, o tratado amplia o acesso a um dos mercados mais ricos do mundo. Produtos como carne bovina, aves, arroz, mel, açúcar e derivados terão novas cotas de exportação, muitas delas com tarifas reduzidas ou até isentas.

Ganhos europeus e reação de agricultores locais

Do lado europeu, a grande conquista está na abertura do mercado sul-americano para setores estratégicos.

Carros, peças automotivas, máquinas industriais e produtos químicos terão tarifas reduzidas, o que pode recuperar parte do espaço perdido para a China no Brasil.

Para a indústria automotiva alemã, por exemplo, o acordo é visto como um movimento essencial diante da crescente presença de fabricantes chineses como a BYD.

Apesar do otimismo, agricultores europeus denunciam concorrência desleal. Eles alegam que os custos de produção no Brasil são menores e que as regras ambientais são menos rígidas.

Ainda assim, o cálculo político em Bruxelas foi claro: a necessidade de estabilidade econômica e de novos parceiros pesou mais do que as pressões internas.

O papel estratégico do Brasil no novo cenário

Mais do que apenas números de exportação, o tratado reposiciona o Brasil como ator central na segurança alimentar europeia.

A União Europeia passa a contar com o país como fornecedor confiável em um momento de instabilidade global.

Em contrapartida, abre portas para sua indústria avançada, reforçando a lógica de interdependência econômica.

A parceria também tem um componente geopolítico. Ao estreitar relações com o Mercosul, a Europa reduz sua vulnerabilidade em relação aos Estados Unidos e à China, criando um novo eixo de cooperação com a América do Sul.

Esse movimento pode redefinir fluxos de comércio globais nos próximos anos.

O acordo União Europeia–Mercosul é um divisor de águas para os dois blocos.

Para o Brasil, significa consolidar seu papel como potência agrícola mundial e fortalecer sua relevância estratégica.

Para a Europa, abre espaço para sua indústria e cria alternativas diante da crise de confiança nas relações com Washington e Pequim.

E você, acredita que esse acordo traz mais benefícios para o Brasil como fornecedor de alimentos ou para a Europa como exportadora de tecnologia e veículos? Como esse tratado pode impactar os produtores locais e a economia brasileira nos próximos anos? Deixe sua opinião nos comentários.

Europa vê no Mercosul alternativa estratégica à China e aos EUA, e Brasil se consolida como eixo da nova rota comercial
Europa vê no Mercosul alternativa estratégica à China e aos EUA, e Brasil se consolida como eixo da nova rota comercial

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
181 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Augusto Evangelista
Augusto Evangelista
28/09/2025 20:21

Lamentável, o Brasil continua como exportador de commodities e importador de tecnologia. Bom para o Brasil agrário péssimo para indústria nacional.

Paulo César Mendes
Paulo César Mendes
28/09/2025 06:00

Acho que e um marco para principalmente Brasil , pois abrimos um dia maiores e mais ricos mercado do mundo

Luiz marques
Luiz marques
26/09/2025 22:27

Quanto mais clientes a loja se enriquece.

Última edição em 18 dias atrás por Luiz marques
Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x