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Achado sob lixo, aterro em Kayseri ocultou por 2.000 anos uma relíquia romana de 450 m de comprimento que muda a história da Capadócia

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 03/11/2025 às 09:02
Achado sob lixo, aterro em Kayseri ocultou por 2.000 anos uma relíquia romana de 450 m de comprimento e muda a história da Capadócia
Fotos históricas indicam uso do terreno como lixão municipal entre as décadas de 1950 e 1980.
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Arqueólogos confirmam a localização de um hipódromo romano de cerca de 450 m em Kayseri, a antiga Cesareia. A área funcionou como aterro sanitário entre 1950 e 1980 e foi registrada como sítio arqueológico em 25 de setembro de 2025.

Pesquisadores da prefeitura metropolitana cruzaram mapas do século XIX com imagens aéreas recentes e identificaram um traço oval típico de circo romano no subsolo urbano de Kayseri, onde antes funcionou como um aterro sanitário.

Relatos de viajantes como Gregorios Bernardakis ajudaram a apontar o ponto onde um desenho antigo já trazia a palavra “Circus”, acelerando as sondagens.

Levantamentos arqueogeofísicos subsequentes corroboraram fundações extensas e a planta em U do recinto, consolidando a hipótese de um hipódromo de grande porte, medindo aproximadamente 450 metros de comprimento.

Debaixo de um antigo aterro sanitário

Fotos históricas indicam uso do terreno como lixão municipal entre as décadas de 1950 e 1980, com acúmulo aproximado de 20 m de entulho que manteve a estrutura soterrada.

aterro em Kayseri ocultou por 2.000 anos uma relíquia romana de 450 m de comprimento e muda a história da Capadócia
Hipódromo romano do século I d.C. encontrado debaixo de aterro sanitário na Turquia — Foto: Prefeitura de Kayseri

A imprensa local relata que o local abriga hoje o Bitpazarı, mercado a céu aberto que convive sobre camadas de resíduos e, abaixo delas, um monumento romano.

Especialistas avaliam que o soterramento involuntário pode ter preservado vestígios arquitetônicos ao impedir cortes e fundações modernas no sítio.

A extensão medida, de cerca de 450 m, coloca Kayseri entre os maiores exemplos regionais e como o terceiro hipódromo identificado na Anatólia.

Kayseri: de Mazaka a Cesareia na Capadócia

A cidade foi conhecida como Mazaka no período helenístico e depois Eusébia sob a dinastia dos Ariarates, refletindo a centralidade política local. Com a anexação romana, Tibério (14–37 d.C.) elevou o status urbano e renomeou o centro para Cesareia, marco de poder e de cultura imperial.

Nos hipódromos, corridas de cavalos e bigas mobilizavam multidões e elites, além de servirem a cerimônias imperiais e mensagens políticas.

A identificação em Kayseri reforça a rede de entretenimento romano no Oriente e dialoga com estruturas conhecidas em Éfeso e Pérgamo.

Para a Capadócia, o achado amplia o patrimônio arqueológico além das paisagens rupestres, agregando um ativo histórico de alta atratividade.

Em 25 de setembro de 2025, o conselho regional registrou a área como sítio arqueológico de 3º grau por decisão nº 9093, garantindo proteção formal.

Escavações amplas exigem plano técnico, pois o depósito de resíduos é profundo e o mercado segue ativo, por ora avançam estudos e sondagens.

Autoridades municipais afirmam que novas fases de datação e mapeamento estrutural definirão cronologia e conservação sem paralisar a vida urbana.

Como a descoberta foi possível

A equipe combinou cartografia histórica, ortofotos e dados geofísicos para reduzir incertezas, método que ganha força em centros densamente ocupados.

O caso de Kayseri sugere que outros monumentos romanos podem permanecer ocultos sob aterros e infraestruturas, pedindo varreduras sistemáticas. Tecnologia, arquivos e gestão patrimonial podem revelar novas camadas das cidades sem grandes demolições.

Veículos como Türkiye Today e Euronews detalharam o processo e a extensão do hipódromo, permitindo checagem cruzada e contexto histórico.

O que está em jogo para turismo e para a ciência

A confirmação em Kayseri reposiciona a Capadócia também como polo de arqueologia urbana, diversificando roteiros além dos vales e cavernas.

Programas de visitação controlada e sinalização educativa podem conectar o Bitpazarı a narrativas do período romano, gerando renda local.

Universidades turcas e estrangeiras tendem a disputar parcerias para escavações, com ganhos para formação, pesquisa e diplomacia cultural.

No seu lugar, o aterro sanitário deveria virar parque arqueológico? Ou preservar o mercado popular é mais justo com a economia local? Comente se Kayseri deve priorizar turismo histórico, comércio cotidiano ou um modelo híbrido que concilie ambos.

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Geovane Souza

Especialista em criação de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com atuação focada em crescimento orgânico, performance editorial e estratégias de distribuição. No CPG, cobre temas como empregos, economia, vagas home office, cursos e qualificação profissional, tecnologia, entre outros, sempre com linguagem clara e orientação prática para o leitor. Universitário de Sistemas de Informação no IFBA – Campus Vitória da Conquista. Se você tiver alguma dúvida, quiser corrigir uma informação ou sugerir pauta relacionada aos temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: gspublikar@gmail.com. Importante: não recebemos currículos.

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