A companhia Acelen, dona da única refinaria de grande porte da Petrobras vendida, criticou a estatal quanto ao mercado de combustíveis nacional e ao repasse do petróleo, afirmando que paga a mais nos preços do produto.
Durante a última segunda-feira, (15/08), a companhia Acelen comentou sobre os principais problemas enfrentados no mercado de combustíveis brasileiro e no repasse dos produtos de sua refinaria, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, adquirida pela companhia Petrobras no plano de desinvestimento da estatal. Além disso, a empresa afirmou que paga mais caro nos preços do petróleo e criticou a estatal brasileira, que está prejudicando o repasse dos combustíveis com os altos valores cobrados.
Dona da Refinaria de Mataripe critica Petrobras e diz que está pagando mais caro nos preços do petróleo no mercado brasileiro que no exterior
A empresa Acelen é a dona da única refinaria de grande parte concedida ao mercado privado pela Petrobras em seu plano de desinvestimento nos ativos nacionais, e está passando por problemas no ramo de comercialização de combustíveis no Brasil.
Isso, pois a dona da Refinaria de Mataripe, importante ativo do estado da Bahia, afirmou estar pagando mais caro nos preços do petróleo, influenciando assim em toda a cadeia de comercialização dos produtos ao consumidor final.
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“Tenho dificuldade por causa da estrutura fiscal, de como ela é construída e dos benefícios para exportar petróleo. Sou a segunda maior refinaria do Brasil e não consigo comprar petróleo no preço que é exportado a partir do Rio ou da Bacia de Campos. A rigor, pago mais caro na origem do que uma refinaria europeia ou asiática, que está recebendo petróleo. ”, destacou Luiz de Mendonça, presidente da Acelen.
Finalizou afirmando: “Tem carga tributária, vantagem para exportar e, às vezes, você exporta por uma trading e apura menos imposto. A Petrobras consegue driblar isso fazendo preço de transferência entre as refinarias. Eu não”.
Atualmente, os preços do petróleo repassado da Petrobras para a Acelen estão sob análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), visto haver uma suspeita de infração concorrencial por parte da refinaria.
No entanto, a ação do órgão acabou se invertendo no seu papel inicial e o conselho passa agora a analisar a posição da estatal Petrobras no mercado de combustíveis brasileiro, já que pode estar havendo uma cobrança excessiva por parte da estatal nos preços do commodity à empresa.
Acelen reduziu preços da gasolina e do diesel cobrados no estado da Bahia durante a última semana
Em meio às polêmicas do mercado de combustíveis envolvendo os preços do petróleo pagos à Petrobras, a Acelen continua tentando estabilizar os preços dos produtos distribuídos no estado da Bahia. E na última sexta-feira, anunciou uma redução de 4% no preço da gasolina e uma queda de 4,3%, no preço do litro do diesel repassado no estado baiano. Valores abaixo dos cobrados pela Petrobras, buscando assim uma competitividade maior no mercado nacional.
No entanto, a empresa não vem conseguindo manter essa redução constantemente no estado. E em outros momentos, chegou a cobrar um valor ainda maior que os preços da Petrobras ao consumidor final na Bahia, influenciando assim na instabilidade do mercado de combustíveis e no setor de transportes.
Saiba mais sobre a Acelen
A Acelen é uma companhia que faz parte do fundo Mubadala Capital, presente no Brasil desde 2012, e uma subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, focando em manter os mais altos padrões de governança e segurança, além do compromisso com os colaboradores, os clientes e o meio ambiente em sua atuação no ramo de energia, óleo, gás e demais combustíveis no mercado nacional.