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Será que estamos protegidos? Vazou documento sigiloso do Ministro da Defesa do Brasil sobre uma possível guerra contra a Venezuela

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 16/07/2024 às 11:06
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Será que estamos protegidos? Documento sigiloso expõe a real capacidade das Forças Armadas do Brasil contra possíveis ataques venezuelanos.

Será que estamos protegidos? Documento sigiloso expõe a real capacidade das Forças Armadas do Brasil contra possíveis ataques venezuelanos.

Já parou para pensar se o Brasil está preparado para enfrentar uma ameaça real em suas fronteiras? Recentemente, um documento sigiloso trouxe à tona informações intrigantes sobre a capacidade de defesa do país contra possíveis investidas da Venezuela. Este relatório, enviado pelo Ministério da Defesa à Câmara dos Deputados, revela detalhes cruciais sobre as estratégias e a prontidão das Forças Armadas brasileiras. Trata-se de um documento confidencial.

Confira a seguir uma análise aprofundada e descubra se realmente estamos protegidos ou se há motivos para preocupação. Prepare-se para uma leitura reveladora que vai além das manchetes, oferecendo uma visão privilegiada sobre a segurança nacional.

Documento sigiloso com a resposta do Ministério da Defesa à Câmara dos Deputados, informando se o Brasil tem ou não capacidade de se defender da Venezuela. Saiba tudo agora!

Foi divulgado um ofício enviado pelo ministro da Defesa do Brasil, José Múcio do PRD, com a assessoria do almirante Felix, chefe de gabinete do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, ao primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Luciano Bivar, do PSL.

Este documento responde a uma série de questionamentos feitos pelo deputado federal Luiz Felipe de Orleans e Bragança do PL, sobre as capacidades de defesa do Brasil, especificamente em relação ao Estado de Roraima, em meio às tensões entre a Guiana e a Venezuela.

Inteligência militar atenta às ameaças?

Pergunta 1 da Câmara dos Deputados: Os serviços de inteligência militares estão atentos e avaliando a evolução dos acontecimentos?

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Resposta do Ministério da Defesa: No contexto da questão do Essequibo, a atividade de inteligência de Defesa se empenha na captura da realidade e identificação de ameaças, a fim de produzir conhecimentos que possam orientar o emprego do Poder Militar, como observado nas recentes mobilizações de tropas e meios do Exército Brasileiro para o Estado de Roraima. A Defesa se refere especificamente aos serviços de inteligência das Forças Armadas, e não à ABIN.

Venezuela em movimento: O que dizem os Relatórios?

Pergunta: Como a pasta avalia as possibilidades de progressão das forças venezuelanas?

Resposta: Não foram observadas movimentações anormais de tropas de ambos os países nas proximidades de nossas fronteiras. No entanto, há vídeos que mostram grandes exercícios militares da Venezuela na região, indicando uma desconexão com a realidade.

Defesa do Brasil: Blindados venezuelanos podem avançar?

Pergunta: Como a Defesa avalia a possibilidade das Forças Mecanizadas e Blindadas da Venezuela contornarem os terrenos alagadiços através do norte de Roraima para atingirem rapidamente seus objetivos?

Resposta: As Forças Armadas estão estrategicamente posicionadas e em estado de prontidão permanente. A ideia de reforçar as guarnições de Roraima já estava prevista, dado que a região enfrenta problemas como garimpo ilegal e crimes transnacionais. A resposta foi diplomática.

Capacidade de combate da Venezuela: Estamos preparados?

Pergunta: Como a inteligência militar avalia a capacidade real de combate da Venezuela e como a Defesa Nacional pretende garantir a inviolabilidade do território nacional?

Resposta: As Forças Armadas e a Guarda Nacional Bolivariana têm capacidades suficientes para cumprir tarefas de segurança interna e proteção do regime, apesar dos desafios econômicos, baixa disponibilidade de equipamentos e níveis de treinamento restritos. A capacidade logística para missões fora do país é limitada. O equipamento é relativamente moderno, em grande parte oriundo da China e da Rússia, com recentes renovações e acordos de manutenção e modernização. A Defesa conclui mencionando que a Venezuela possui quinze caças F-16, vinte e um caças Sukhoi Su-30 operacionais e dois sistemas de artilharia antiaérea de grande altitude S-300, citando apenas dados de fontes abertas na internet.

Reforço em Roraima: O plano de contingência é suficiente?

Na quinta pergunta, a Câmara dos Deputados apresentou um questionamento extenso, porém essencial, que acredito que todos os brasileiros preocupados com a defesa nacional gostariam de ter feito ao ministro da Defesa durante esta crise:

Pergunta: Um Batalhão de Infantaria de Selva e um grupo de artilharia de campanha em Roraima não parecem suficientes para deter o avanço blindado venezuelano. Qual o plano de contingência para reforço daquela região? Existem aeronaves e navios suficientes para deslocar tropas e equipamentos para a região? Existem planos para deslocamento de tropas por terra? Especificamente quanto às forças de emprego rápido do Exército, qual é o efetivo e tempo mínimo para desdobrar na área em questão? Qual é a melhor maneira de se contrapor aos T-72? Existe previsão de armamento anti-carro e minas anti-carro? Qual a ideia de dissuasão ao se anunciar 20 blindados leves Guaicurus para Roraima?

Resposta: As Forças Armadas estão estrategicamente posicionadas e em estado de prontidão, cumprindo suas respectivas missões constitucionais de garantir a soberania do território nacional.

Será que o Ministério da Defesa já antecipava que este documento sigiloso seria vazado em algum momento, como de fato ocorreu, e, por isso, optou por não fornecer detalhes específicos e números sobre as nossas capacidades?

A Câmara também fez perguntas sobre os caças Gripens contra os sistemas de defesa antiaérea venezuelanos e sobre o emprego de submarinos contra as forças navais venezuelanas. As respostas foram diplomáticas e genéricas, não respondendo diretamente às questões.

É compreensível que o Ministério da Defesa tenha previsto que, ao enviar a resposta à Câmara, haveria uma grande possibilidade deste documento ser vazado, e por isso, não poderia dar detalhes e números específicos sobre nossas capacidades. Contudo, a superficialidade das respostas deixou margem para a preocupação da Câmara dos Deputados sobre a real capacidade de defesa do Brasil.

Confira na íntegra o documento AQUI.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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