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Abates de bovinos no Brasil podem alcançar 40,8 milhões em 2025 com alta de 3%, mas 2026 traz projeção de queda no mercado interno

Escrito por Rodrigo Souza
Publicado em 19/09/2025 às 16:32
Abates de bovinos no Brasil podem alcançar 40,8 milhões em 2025 com alta de 3%, mas 2026 traz projeção de queda no mercado interno
Foto: IA
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Abates de bovinos no Brasil devem chegar a 40,8 milhões de cabeças em 2025, segundo a Datagro. O aumento de quase 3% é puxado pelas exportações, mas 2026 já traz projeção de queda. O consumo interno perde força, e pecuaristas precisam avaliar impactos

Os abates de bovinos no Brasil estão ganhando destaque nas projeções para os próximos anos e prometem movimentar muito a pecuária e o mercado de carnes. Segundo a consultoria Datagro, 2025 deve marcar um número histórico de animais abatidos no país.

Esse crescimento vem principalmente da procura internacional, já que a carne brasileira continua sendo muito procurada lá fora. Mas a mesma previsão também traz um alerta: o ciclo pode mudar logo depois, com queda no ano seguinte, segundo uma matéria publicada no Portal do Agronegócio.

Essa dinâmica mostra como o setor funciona em ondas, onde a oferta de animais, o ritmo das exportações e o consumo dentro do país precisam andar em equilíbrio.

Quem acompanha o mercado ou simplesmente se interessa por entender como os alimentos chegam à mesa encontra aí uma história de altos e baixos que merece atenção.

Exportações puxam os recordes

Os abates de bovinos no Brasil devem ultrapassar a marca de 40,8 milhões de cabeças em 2025. Isso significa um crescimento de 2,9% em comparação com 2024, de acordo com as estimativas da Datagro.

Esse avanço não acontece por acaso: ele é puxado pela força das exportações, que seguem em ritmo acelerado.

O analista Guilherme Jank, da própria consultoria, explicou que esse movimento tem ligação direta com o aumento do abate de fêmeas. Esse detalhe importa porque, ao reduzir a presença de matrizes, a produção futura pode ficar comprometida.

Ainda assim, os embarques internacionais devem ser recordes em 2025, refletindo a confiança dos compradores externos na carne brasileira.

A projeção mostra que as exportações podem crescer 7,7% no próximo ano em comparação com 2024. Com isso, quase 37,1% da carne produzida no Brasil deve seguir para fora, contra os 34,6% que já são esperados em 2024.

Esse peso do mercado externo reforça o papel do Brasil como um dos maiores fornecedores de proteína animal do planeta.

O que esperar de 2026

Apesar do resultado animador de 2025, os abates de bovinos no Brasil devem mudar de direção logo em seguida. A mesma Datagro prevê uma retração de mais de 9% em 2026, o que levaria o total para cerca de 37,1 milhões de cabeças.

Esse recuo vem depois de uma fase de crescimento forte, que já vinha acontecendo desde 2023.

Entre 2023 e 2024, por exemplo, os abates avançaram 16,4%, chegando a quase 39,7 milhões de animais. Essa escalada mostra que o setor passou por um período de grande atividade, mas como todo ciclo, chega o momento de ajuste.

Abates de bovinos no Brasil podem alcançar 40,8 milhões em 2025 com alta de 3%, mas 2026 traz projeção de queda no mercado interno
Abates de bovinos no Brasil podem alcançar 40,8 milhões em 2025 com alta de 3%, mas 2026 traz projeção de queda no mercado interno (Foto: IA)

A redução esperada para 2026 está ligada justamente à menor disponibilidade de animais, consequência do ritmo mais acelerado no uso de fêmeas no ano anterior.

Esse movimento não é apenas um número: ele afeta diretamente os pecuaristas, que precisam se preparar para lidar com menos oferta no futuro. Isso envolve planejamento, tanto para manter a produção quanto para garantir sustentabilidade dentro da atividade pecuária.

Consumo interno em queda

Outro ponto importante nas previsões é o comportamento do consumo dentro do país. Mesmo com os recordes de 2025, os abates de bovinos no Brasil não estão acompanhados de uma alta no consumo interno. Pelo contrário, a expectativa é de retração.

De acordo com a Datagro, o consumo doméstico deve cair 3,9% em 2025, quando comparado a 2024. A projeção é de que a queda continue em 2026, chegando a 9,4%.

Essa diminuição mostra que, enquanto o mercado internacional ganha força, o brasileiro tende a reduzir a participação no total produzido.

Isso tem reflexos diretos. Menos consumo interno significa que uma parte maior da produção depende de compradores de fora, o que pode deixar o setor mais exposto às variações da economia mundial e às negociações com países importadores.

Além disso, a queda no consumo pode estar ligada a preços mais altos, já que a oferta para o mercado interno fica mais limitada.

Impactos para os pecuaristas

Os números projetados mostram que os abates de bovinos no Brasil não trazem apenas oportunidades, mas também desafios para os pecuaristas. A forte demanda externa ajuda a manter o ritmo dos embarques e pode gerar bons resultados para quem está no setor.

Por outro lado, o aumento do abate de fêmeas pode criar dificuldades mais à frente, com menos animais disponíveis para reposição.

Essa combinação de fatores exige planejamento. Para os produtores, significa pensar além do curto prazo, equilibrando ganhos imediatos com a necessidade de garantir continuidade na produção.

Para o mercado, o desafio é manter um fluxo que atenda tanto à exportação quanto ao consumo interno, sem que um lado acabe sendo prejudicado em excesso.

Ao mesmo tempo, a Datagro destaca que o movimento dos próximos anos reforça a importância da pecuária brasileira no cenário global. Mesmo diante da retração esperada em 2026, o país mantém posição de destaque e segue como um dos grandes fornecedores de carne bovina no mundo.

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Rodrigo Souza

Jornalista formado em 2006 pelo UNI-BH e com mais de 15 anos de experiência na produção de conteúdo otimizado para sites e blogs. Sou apaixonado pela escrita e sempre prezo pela credibilidade. Ao longo da minha carreira, já prestei serviço para diversos portais de notícias e agências de marketing digital na produção de matérias jornalísticas e artigos SEO.

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