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A promessa de viver mais de mil anos, já reverteu o envelhecimento e revela como os humanos do futuro poderão tratar a velhice

Publicado em 06/07/2025 às 10:28
O código da longevidade: cientista afirma que falta apenas um passo para que os humanos vivam mais de mil anos
O código da longevidade: cientista afirma que falta apenas um passo para que os humanos vivam mais de mil anos
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A busca pela vida ultralonga avança com a reprogramação celular, uma técnica que promete reverter o envelhecimento e que já mostra resultados em laboratório, segundo pesquisadores de Harvard e da Universidade de Birmingham.

De acordo com uma matéria publicada pelo portal de notícias IGN Brasil, a busca por uma vida extremamente longa pode estar mais perto da realidade do que imaginamos, e a chave pode não estar em uma fonte da juventude, mas sim no nosso próprio código genético. Imagine um futuro onde a biologia dos humanos pode ser “reiniciada”, revertendo os danos do tempo. Para alguns dos principais cientistas do mundo, essa não é uma ideia de ficção científica, mas um objetivo tangível.

A peça que falta para que os humanos possam viver mais de mil anos é o domínio completo de uma técnica revolucionária: a reprogramação celular. Se o envelhecimento é um programa, eles argumentam, então ele pode ser hackeado. Essa linha de pesquisa defende que o envelhecimento não é uma consequência inevitável, mas sim uma “doença” que pode ser tratada e até curada.

A chave para reverter o envelhecimento dos humanos

A promessa de viver mais de mil anos, já reverteu o envelhecimento e revela como os humanos do futuro poderão tratar a velhice
Pesquisadores descobriram que células maduras podem ser reprogramadas para se tornar pluripotentes.

O conceito central por trás da super longevidade é a reprogramação celular. Trata-se de um processo que busca reverter o relógio biológico das células, transformando células adultas e envelhecidas em um estado mais jovem e pluripotente, semelhante ao de células-tronco. A base dessa teoria é a informação epigenética, que funciona como um software que diz aos nossos genes como operar. Com o tempo, essa informação se corrompe, levando ao envelhecimento.

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A descoberta dos chamados “fatores de Yamanaka” em 2012, que rendeu um Prêmio Nobel a Shinya Yamanaka, foi o ponto de partida. Esses genes específicos, quando expressos, podem converter células adultas em células-tronco. Mais recentemente, em estudos publicados em revistas como a Aging, pesquisadores de Harvard demonstraram que é possível alcançar um resultado similar usando coquetéis químicos, uma alternativa mais acessível do que a terapia genética.

Quem são os cientistas que lideram esta revolução?

A promessa de viver mais de mil anos, já reverteu o envelhecimento e revela como os humanos do futuro poderão tratar a velhice
João Pedro de Magalhães

Dois nomes se destacam nesta área. Um deles é João Pedro de Magalhães, professor de biologia molecular na Universidade de Birmingham, no Reino Unido. Magalhães estuda os genomas de animais de vida longa, como a baleia-da-groenlândia, para entender seus mecanismos de reparo de DNA e aplicá-los aos humanos. Ele acredita que, ao dominar a reprogramação celular, poderemos não só estender a vida, mas interromper o processo de envelhecimento por completo.

Outro pioneiro é o Dr. David Sinclair, da Escola de Medicina de Harvard. Sinclair compara o envelhecimento a um CD arranhado, onde a informação epigenética se perde. Seu laboratório conseguiu, em um estudo de 2023, reverter o envelhecimento em células humanas “em menos de uma semana” usando os mencionados coquetéis químicos, sem a necessidade de terapia genética.

O que a ciência já alcançou, dos camundongos à visão recuperada

As promessas dessa tecnologia já são vistas em laboratório. A equipe de David Sinclair conseguiu reverter o envelhecimento e restaurar a visão em camundongos velhos. Ao reprogramar as células do nervo óptico, os animais cegos pela idade voltaram a enxergar.

Pesquisas com os coquetéis químicos também mostraram resultados promissores em tecidos do cérebro, rins e músculos de animais, resultando em uma maior expectativa de vida e saúde. Esses experimentos são a prova de conceito de que a idade biológica de um organismo complexo pode ser controlada e revertida.

O futuro da longevidade humana

Embora a perspectiva de viver mais de mil anos seja animadora, o caminho ainda é longo. O principal desafio é traduzir esses resultados de laboratório para tratamentos seguros e eficazes em seres humanos. A reprogramação celular precisa ser controlada para não causar a formação de tumores, como o câncer.

A previsão dos cientistas é que, com o avanço das pesquisas, as primeiras terapias possam surgir para tratar doenças relacionadas à idade, como a perda de visão ou condições neurodegenerativas. A partir daí, o objetivo seria um rejuvenescimento de todo o corpo, tornando a longevidade extrema uma possibilidade real para as futuras gerações.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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