Djibouti se tornou um dos territórios com os exércitos mais poderosos do mundo, com bases de EUA, China, França, Reino Unido, Japão e outras potências globais
Djibouti, um pequeno país com cerca de um milhão de habitantes, tornou-se um centro militar global devido à sua localização estratégica. Situado próximo ao Estreito de Bab-el-Mandeb e ao Canal de Suez, o país controla uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo. Sua posição geográfica o transformou em um território disputado por diversas nações e seus exércitos, resultando na instalação de bases militares de algumas das maiores potências globais.
Os exércitos mais poderosos do mundo presentes no território
Atualmente, Djibouti abriga bases de países como Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão, China, Alemanha, Espanha e Arábia Saudita. Além disso, Rússia e Índia demonstraram interesse em estabelecer presença militar na região. Os EUA possuem a única base militar permanente na África, o Camp Lemonnier, usado em operações antiterroristas desde 2002. A China, por sua vez, inaugurou sua primeira base militar ultramarina em 2017, enquanto o Japão mantém ali sua única instalação militar no exterior desde a Segunda Guerra Mundial.
O impacto financeiro das bases estrangeiras
A presença militar estrangeira em Djibouti gera uma renda significativa para o país. Os EUA pagam cerca de £49 milhões anuais por sua base, enquanto França e Japão contribuem com aproximadamente £23 milhões cada. A China investe cerca de £15,5 milhões por ano. Apesar disso, Djibouti ainda enfrenta altos índices de pobreza e desigualdade, com uma taxa de desemprego estimada em 27,5% em 2024, segundo previsões da Trading Economics.
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A soberania em risco e a crescente influência da China
A crescente militarização do país levantou preocupações sobre sua soberania. Em 2015, o governo reconheceu que havia concedido poder excessivo aos EUA e decidiu ceder parte de seu território à China, que, em troca, prometeu ampliar investimentos financeiros por meio da Iniciativa Cinturão e Rota. A presença chinesa, entretanto, aumentou as tensões geopolíticas na região, com os EUA monitorando de perto suas atividades militares.