Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
A estatal chinesa CNOOC anunciou a descoberta de um campo gigante com mais de 100 milhões de toneladas de óleo, um passo crucial na busca do país por segurança energética e autossuficiência.
A China anunciou uma nova descoberta de campo de petróleo de grande magnitude no Mar do Sul da China, um movimento que reforça a sua capacidade tecnológica e a sua busca por segurança energética. A estatal China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) confirmou a existência de um campo com reservas que ultrapassam a marca de 100 milhões de toneladas de óleo equivalente.
A descoberta, batizada de Huizhou 19-6, não é apenas um sucesso técnico, mas uma vitória estratégica para a China. Em um cenário de tensões geopolíticas, aumentar a produção doméstica é uma prioridade para reduzir a alta dependência do país em relação ao petróleo importado.
O anúncio de 31 de março de 2025: o que foi encontrado?
Em um comunicado oficial, a CNOOC Limited, subsidiária da estatal, anunciou em 31 de março de 2025, a descoberta no campo de Huizhou 19-6. A reserva, classificada como de “volume provado in-place”, tem mais de 100 milhões de toneladas de óleo equivalente.
-
O novo mapa do Google, alimentado pelos dados do satélite MethaneSAT, vai expor em tempo real as emissões de metano da indústria de petróleo e gás
-
Brent e WTI em queda! Baixa nos valores acontece após relatório de petróleo e gás dos Estados Unidos indicar excesso de oferta
-
China intensifica investimentos na conversão de carvão em petróleo e gás. Com isso, reduz dependência de importações em meio a conflitos geopolíticos
-
TCU inicia avaliação de programas de pesquisa em petróleo, gás natural e mineração
O poço que confirmou a descoberta, o HZ19-6-3, foi perfurado a cerca de 170 km da cidade de Shenzhen. Em testes, ele produziu 413 barris de petróleo bruto e 68.000 metros cúbicos de gás natural por dia.
A engenharia por trás da descoberta: o desafio das camadas profundas
A nova descoberta de campo de petróleo é também um feito de engenharia. O reservatório está localizado em camadas geológicas profundas e ultraprofundas, e o poço precisou ser perfurado a uma profundidade total de 5.415 metros abaixo do leito do mar.
A CNOOC classificou o sucesso como um “grande avanço”, que “quebra o entendimento teórico tradicional” sobre o potencial da região. A capacidade de operar em condições de alta temperatura e alta pressão (HTHP) demonstra o avanço tecnológico da empresa chinesa.
Um padrão de sucesso: a CNOOC e a busca por novas reservas
A descoberta de Huizhou 19-6 não é um evento isolado. Ela faz parte de uma série de sucessos recentes da CNOOC, que tem anunciado novas e gigantescas reservas de petróleo e gás.
Nos últimos anos, a empresa anunciou outras grandes descobertas, como a de Kaiping South, com 102 milhões de toneladas, e a de Bozhong 26-6, com mais de 130 milhões de toneladas. Esse padrão de sucesso está reabastecendo rapidamente as reservas da companhia.
A importância estratégica para a China
A principal razão para o investimento pesado da China em exploração é a sua alta dependência do mercado externo. O país é o maior importador de petróleo do mundo e, em 2024, importou cerca de 74% de todo o óleo que consumiu.
Essa dependência é uma grande vulnerabilidade estratégica. Cada nova descoberta de campo de petróleo em seu próprio território é um passo importante para aumentar a produção interna e garantir um fornecimento de energia que não seja afetado por crises geopolíticas em outras partes do mundo.
Uma descoberta em águas “não disputadas”
A localização da descoberta é um detalhe geopolítico crucial. O Mar do Sul da China é uma área de intensa disputa territorial entre a China e seus vizinhos, como Vietnã e Filipinas.
No entanto, a CNOOC fez questão de ressaltar que o campo de Huizhou 19-6 está localizado em uma área não disputada, bem dentro da Zona Econômica Exclusiva da China. Essa foi uma manobra para celebrar a descoberta sem escalar as tensões na região, separando a conquista energética das disputas de soberania.
Seja o primeiro a reagir!