Com 78 km de extensão, 102 paradas e mais de 2h25 de percurso, a linha 477P – Rio Pequeno/Ipiranga é a mais longa de São Paulo, cruzando a cidade inteira em um trajeto que impressiona pela distância e duração.
O título de maior linha de ônibus de São Paulo pertence à 477P, que liga os bairros Rio Pequeno e Ipiranga.
À primeira vista, a distância em linha reta entre os dois pontos — cerca de 18 quilômetros — não impressiona.
No entanto, o trajeto em zigue-zague eleva consideravelmente o percurso total, que chega a 78 quilômetros rodados sem sair dos limites da capital.
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Essa distância é semelhante à viagem entre São Paulo e Cabreúva, município da Região Metropolitana de Jundiaí.
Ao longo do caminho, o ônibus realiza 102 paradas e leva, em média, 2 horas e 25 minutos para concluir o percurso — isso sem considerar o trânsito.
No horário de pico, a experiência pode se transformar em uma verdadeira maratona urbana sobre rodas.
O ranking das linhas mais longas de São Paulo
Mesmo com a liderança da 477P, a tradicional linha do Terminal Parque Dom Pedro II mantém sua fama e continua entre as mais extensas da cidade.
Juntas, as cinco linhas mais longas de São Paulo somam mais de 350 quilômetros de percurso.
Isso significa que, ao percorrê-las todas em um único dia, um passageiro viajaria uma distância superior à de São Paulo até Bauru, no interior do estado, a 332 quilômetros.
A pesquisa, realizada pelo geólogo João Vitor, do perfil @_cartomaps, revelou o seguinte ranking:
- #5 – 5362 – Cocaia/Praça da Sé: 67 km, 71 paradas, até 2h de viagem sem trânsito
- #4 – 3459 – Itaim Paulista/Parque Dom Pedro II: 68 km, 91 paradas, 2h25 de viagem sem trânsito
- #3 – 3539 – Cidade Tiradentes/Metrô Bresser: 69 km, 81 paradas, 2h06 de viagem sem trânsito
- #2 – 695Y – Palheiros/Vila Madalena: 72 km, 81 paradas, 2h30 de viagem sem trânsito
- #1 – 477P – Rio Pequeno/Ipiranga: 78 km, 102 paradas, 2h25 de viagem sem trânsito
Um retrato da mobilidade paulistana
Os números impressionam e revelam o tamanho dos desafios enfrentados diariamente por quem depende do transporte público em São Paulo.
As extensas rotas, que atravessam zonas opostas da cidade, são fundamentais para conectar regiões distantes e reduzir a necessidade de baldeações. Por outro lado, também mostram a complexidade da malha urbana e o impacto direto do trânsito nos deslocamentos diários.
Seja pela necessidade ou pela curiosidade, embarcar no maior ônibus de São Paulo é quase uma viagem turística — mas dentro dos limites da própria metrópole. E, ao final do percurso, a sensação é de ter cruzado muito mais do que uma cidade: é quase como ter percorrido todo o estado.