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A guerra comercial entre EUA e China provocou perdas de R$ 141,8 bilhões na B3, puxadas por Petrobras e Vale

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 11/04/2025 às 16:11
Guerra comercial entre China e EUA derruba a Bolsa brasileira e dispara o dólar acima de R$ 5,94
Guerra comercial entre China e EUA derruba a Bolsa brasileira e dispara o dólar acima de R$ 5,94
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Em apenas 8 dias, empresas da B3 perderam R$ 141,8 bilhões e Petrobras liderou as perdas com recuo de R$ 88,7 bilhões

A nova escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China provocou uma reação em cadeia nos mercados globais — e o Brasil sentiu o impacto. Entre os dias 2 e 10 de abril de 2025, as empresas listadas na B3 perderam R$ 141,8 bilhões em valor de mercado, segundo levantamento da Elos Ayta.

Só a Petrobras viu seu valor cair R$ 88,7 bilhões, atingindo R$ 417,6 bilhões — o menor nível desde agosto de 2023. A Vale perdeu R$ 17,7 bilhões, enquanto a PetroRio recuou R$ 5,5 bilhões. O dólar disparou, chegando a R$ 5,9542, refletindo o avanço das tarifas impostas por Washington e Pequim.

Petrobras, Vale e bancos puxam a queda da Bolsa

No epicentro da desvalorização está o setor de energia e commodities, diretamente ligado à política externa. As três maiores quedas foram da Petrobras, Vale e PetroRio. Somadas, essas empresas representaram 78% da perda total da B3 no período.

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Bancos e telecomunicações também foram afetados. O Banco do Brasil recuou R$ 4,5 bilhões e a operadora TIM perdeu R$ 2,6 bilhões em valor de mercado. A capitalização total da Bolsa brasileira caiu de R$ 4,22 trilhões para R$ 4,08 trilhões em apenas oito dias.

Tarifas recordes entre EUA e China intensificam a guerra comercial

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O estopim do caos foi a elevação drástica das tarifas entre as duas maiores economias do mundo. Após a China aplicar 84% de tarifa sobre produtos americanos, os EUA responderam com 125%. Em seguida, a China restringiu filmes de Hollywood, e os EUA subiram para 145% as tarifas sobre itens chineses.

Esse movimento aumentou a aversão ao risco entre investidores. Moedas emergentes, como o real, sentiram forte pressão. O dólar à vista avançou 1,67%, cotado a R$ 5,9452. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 5,9542.

Dólar dispara mesmo com deflação nos EUA

Apesar da queda de 0,1% no índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA em março, a guerra comercial teve peso maior na percepção dos investidores. O índice DXY, que compara o dólar com outras moedas, caiu quase 2%, mas o real não acompanhou o movimento externo.

As apostas sobre a decisão do Federal Reserve mudaram. Antes, 79,6% esperavam manutenção dos juros. Agora, esse número caiu para 73,4%. Mesmo com essa expectativa de juros mais baixos, o temor com a guerra tarifária se sobrepôs, alimentando a alta do dólar e a saída de capital estrangeiro.

Ibovespa despenca e petróleo recua mais de 4%

No Brasil, o Ibovespa acompanhou o pessimismo global. O índice chegou a cair 1%, rompendo os 127 mil pontos. O volume negociado foi elevado, reflexo da movimentação intensa de venda.

O petróleo também foi atingido. O Brent caiu mais de 4%, enquanto o WTI, referência americana, afundou mais de 5% e operou abaixo de US$ 60 o barril. A pressão sobre os preços é um reflexo direto da guerra comercial, que ameaça a demanda global por energia.

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Cesar Lucini
Cesar Lucini
11/04/2025 18:20

Fico imaginando o que diriam se alguém de esquerda fizesse o que Trump e Bolsonaro fizeram (fazem)

Edson
Edson
Em resposta a  Cesar Lucini
12/04/2025 17:30

Diriam, até que enfim fizeram algo certo

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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