Com a escavação dos túneis concluída em 2025, o projeto entra na fase final de acabamento e instalação de sistemas, prometendo transformar a mobilidade na maior cidade do Brasil com operação parcial a partir de 2026
A Linha 6-Laranja do Metrô emerge como um projeto de infraestrutura vital para São Paulo. Este empreendimento, um dos mais importantes da atual expansão do metrô de São Paulo, não apenas criará uma nova artéria de transporte de alta capacidade, mas também estabelecerá novos recordes de engenharia, consolidando-se como a linha de metrô mais profunda da América Latina.
Entenda os avanços da obra em 2025, a tecnologia empregada, os desafios superados e o impacto que esta nova linha terá na vida de milhões de paulistanos.
O que é a linha 6-Laranja, a linha das Universidades?
A Linha 6-Laranja é um projeto crucial na expansão do metrô de São Paulo. Com uma extensão de 15 quilômetros e 15 estações totalmente subterrâneas, ela conectará a região da Brasilândia, na Zona Norte, à Estação São Joaquim, no centro da cidade, em um trajeto que hoje pode levar horas.
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Apelidada de “Linha das Universidades”, ela passará por diversas instituições de ensino, como PUC-SP, FAAP e Mackenzie. A demanda projetada é de 600 mil passageiros por dia. A linha será operada pela LinhaUni e contará com 22 trens modernos da Alstom, com tecnologia de condução sem operador (CBTC).
O avanço das obras em 2025 sobre a expansão do metrô de São Paulo
O ano de 2025 marcou uma transição fundamental no projeto. Em fevereiro de 2025, a escavação de todos os túneis foi concluída, um marco que encerrou a fase mais complexa da engenharia civil subterrânea. O projeto como um todo já havia superado 55% de execução geral em setembro de 2024.
O foco agora se volta para a instalação de trilhos, sistemas de energia, sinalização e comunicação, além do acabamento das estações. Algumas estações, como a Perdizes, já alcançaram um impressionante avanço de 82,4% em junho de 2025.
A tecnologia por trás da perfuração da expansão do metrô de São Paulo
A escavação dos túneis foi realizada por duas gigantescas tuneladoras (TBMs), conhecidas como “tatuzões”. A tuneladora Maria Leopoldina (Tatuzão Sul) e sua contraparte, o Tatuzão Norte, foram as estrelas desta fase.
Cada máquina pesa 2 mil toneladas, com 109 metros de comprimento e um diâmetro de escavação de 10,6 metros.
Essas TBMs são verdadeiras fábricas subterrâneas autossuficientes, equipadas com refeitório, enfermaria e esteiras rolantes.
O projeto utilizou a metodologia BIM (Building Information Modeling) e um Centro de Controle de Tuneladoras (CCT) para otimizar a operação, permitindo uma perfuração com precisão milimétrica.
A linha de metrô mais profunda da América Latina
A Linha 6-Laranja se consolidará como a mais profunda da América Latina. A Estação Itaberaba–Hospital Vila Penteado atingirá 65,71 metros de profundidade, quase o dobro da atual recordista brasileira. A Estação Higienópolis–Mackenzie chegará a 64,86 metros.
A necessidade de atingir tais profundidades é imposta pela complexa geologia de São Paulo e pela necessidade de passar sob o Rio Tietê e cruzar outras linhas de metrô.
A superação desses obstáculos exigiu o uso de tuneladoras de última geração e métodos de construção especializados, tornando este projeto um novo paradigma para a engenharia subterrânea no Brasil.
Desafios, superações e o cronograma final da expansão do metrô de São Paulo
Como todo megaprojeto, a expansão do metrô de São Paulo com a Linha 6-Laranja enfrentou desafios. Questões de desapropriação e incidentes inesperados, como o rompimento de uma adutora de esgoto em 2022, levaram a reajustes no cronograma.
A previsão oficial atualizada é de início da operação parcial em outubro de 2026, com a operação completa da linha até a Estação São Joaquim em 2027.
Com a fase de escavação concluída, o projeto agora acelera em direção à sua prontidão operacional, prometendo um legado de mobilidade moderna e eficiente para a maior cidade do Brasil.