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Capinhas ameaçadas? Celulares cada vez mais resistentes colocam em risco o acessório que virou fonte de renda para milhares de vendedores autônomos no Brasil

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/09/2025 às 10:35
Celulares de 2025 estão mais resistentes, com vidro reforçado e proteção IP68. Mas será o fim das capinhas ou apenas mudança de função?
Celulares de 2025 estão mais resistentes, com vidro reforçado e proteção IP68. Mas será o fim das capinhas ou apenas mudança de função?
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Smartphones mais resistentes chegam ao mercado com vidro reforçado, corpo metálico e certificação IP68, mas capinhas seguem fortes por custo e estilo.

Nos últimos anos, os celulares deixaram de ser apenas aparelhos frágeis e delicados para se tornarem verdadeiros exemplos de engenharia avançada. Entretanto, mesmo com o avanço da tecnologia, as capinhas continuam sendo fundamentais

Elas funcionam não apenas para proteger os aparelhos, mas também para sustentar uma cadeia econômica que envolve milhares de vendedores autônomos e pequenos comerciantes no Brasil.

Fabricantes como Apple, Samsung, Motorola e Xiaomi vêm investindo pesadamente em materiais mais duráveis, designs inteligentes e proteções extras.

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Essa evolução levanta uma dúvida comum entre os consumidores: será que, com tantos avanços, o uso das tradicionais capinhas de proteção está com os dias contados?

Resistência cada vez maior

Uma das maiores mudanças está nos vidros. O antigo “calcanhar de Aquiles” dos celulares, a tela, hoje recebe camadas reforçadas de materiais como o Gorilla Glass Victus, presente em diversos modelos de ponta.

Essa tecnologia oferece maior resistência a riscos, quedas e até mesmo torções. Além disso, marcas desenvolvem versões exclusivas desses vidros, adaptadas para suportar ainda mais impacto.

Outro destaque é a estrutura. Muitos aparelhos agora são feitos em alumínio aeroespacial ou até em aço inoxidável.

Essa combinação resulta em celulares mais leves, mas com capacidade de absorver impactos e suportar uso intenso.

Até mesmo o design passou a ser pensado para proteger o aparelho, com bordas discretamente elevadas que ajudam a reduzir o contato direto da tela em quedas.

Proteção contra elementos externos

A resistência não se limita a impactos. O que antes era privilégio de poucos modelos caros, hoje se tornou padrão: a proteção contra água e poeira.

Certificações como IP67 e IP68 estão presentes em aparelhos de diferentes faixas de preço. Isso significa que, em casos de acidentes comuns, como uma queda na piscina ou um copo derramado sobre a mesa, as chances de dano são bem menores.

Esse avanço traz mais segurança para o consumidor, que já não precisa se preocupar tanto com pequenas distrações do dia a dia. Porém, apesar dessas melhorias, é importante lembrar que essas certificações possuem limites de profundidade e tempo de imersão.

Estudos sobre durabilidade

A discussão sobre resistência não se baseia apenas em marketing das fabricantes. Pesquisadores também analisam o tema.

Um estudo publicado em 2021, intitulado “Durability of smartphones: A technical analysis of reliability”, investigou como os celulares reagem a quedas, fadiga mecânica e uso contínuo.

Os autores concluíram que reforços estruturais, escolhas de materiais e estratégias de dissipação de tensões realmente aumentam a vida útil dos aparelhos.

Ao mesmo tempo, análises práticas de sites especializados lembram que nenhum celular é completamente à prova de acidentes. As chances de dano diminuem, mas nunca chegam a zero.

As capinhas ainda têm espaço — e um mercado bilionário

Apesar de todos os avanços, as capinhas continuam sendo um acessório extremamente popular.

E o motivo vai além da proteção: elas representam uma das principais fontes de renda para vendedores autônomos e pequenos lojistas no Brasil.

Basta andar por feiras livres, camelôs ou pequenas bancas em shoppings populares para perceber a força desse mercado.

As capinhas se tornaram um produto de alto giro, com preços acessíveis, variedade infinita de modelos e apelo estético que conquista os consumidores.

Muitos trabalhadores sustentam suas famílias com a venda desse acessório, que se mantém como verdadeiro sucesso de vendas mesmo em tempos de crise.

Além disso, há quatro razões centrais para a permanência das capinhas no dia a dia dos usuários:

  1. Limite da resistência – mesmo os celulares mais reforçados podem quebrar em quedas específicas.
  2. Custo de reparo – trocar uma tela premium pode custar quase o preço de um aparelho intermediário.
  3. Proteção estética – a capa preserva o corpo do celular para revenda futura.
  4. Estilo e personalização – cada capinha permite ao usuário transformar o celular em um objeto único.

Os celulares estão, de fato, mais resistentes do que nunca. As inovações em vidro, estrutura e proteção contra água e poeira representam um salto em relação a modelos de dez anos atrás. Existem até aparelhos criados especificamente para dispensar capinhas, como os “rugged phones”.

Porém, a realidade brasileira mostra que as capinhas não são apenas um acessório opcional: elas movimentam um mercado fundamental para milhares de famílias e continuam oferecendo segurança extra a quem não pode arriscar o alto custo de um reparo.

Portanto, a tendência não é o fim das capinhas, mas sim a consolidação de sua dupla função: garantir proteção e alimentar um comércio popular que segue firme nas ruas do Brasil.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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