Smartphones mais resistentes chegam ao mercado com vidro reforçado, corpo metálico e certificação IP68, mas capinhas seguem fortes por custo e estilo.
Nos últimos anos, os celulares deixaram de ser apenas aparelhos frágeis e delicados para se tornarem verdadeiros exemplos de engenharia avançada. Entretanto, mesmo com o avanço da tecnologia, as capinhas continuam sendo fundamentais
Elas funcionam não apenas para proteger os aparelhos, mas também para sustentar uma cadeia econômica que envolve milhares de vendedores autônomos e pequenos comerciantes no Brasil.
Fabricantes como Apple, Samsung, Motorola e Xiaomi vêm investindo pesadamente em materiais mais duráveis, designs inteligentes e proteções extras.
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Essa evolução levanta uma dúvida comum entre os consumidores: será que, com tantos avanços, o uso das tradicionais capinhas de proteção está com os dias contados?
Resistência cada vez maior
Uma das maiores mudanças está nos vidros. O antigo “calcanhar de Aquiles” dos celulares, a tela, hoje recebe camadas reforçadas de materiais como o Gorilla Glass Victus, presente em diversos modelos de ponta.
Essa tecnologia oferece maior resistência a riscos, quedas e até mesmo torções. Além disso, marcas desenvolvem versões exclusivas desses vidros, adaptadas para suportar ainda mais impacto.
Outro destaque é a estrutura. Muitos aparelhos agora são feitos em alumínio aeroespacial ou até em aço inoxidável.
Essa combinação resulta em celulares mais leves, mas com capacidade de absorver impactos e suportar uso intenso.
Até mesmo o design passou a ser pensado para proteger o aparelho, com bordas discretamente elevadas que ajudam a reduzir o contato direto da tela em quedas.
Proteção contra elementos externos
A resistência não se limita a impactos. O que antes era privilégio de poucos modelos caros, hoje se tornou padrão: a proteção contra água e poeira.
Certificações como IP67 e IP68 estão presentes em aparelhos de diferentes faixas de preço. Isso significa que, em casos de acidentes comuns, como uma queda na piscina ou um copo derramado sobre a mesa, as chances de dano são bem menores.
Esse avanço traz mais segurança para o consumidor, que já não precisa se preocupar tanto com pequenas distrações do dia a dia. Porém, apesar dessas melhorias, é importante lembrar que essas certificações possuem limites de profundidade e tempo de imersão.
Estudos sobre durabilidade
A discussão sobre resistência não se baseia apenas em marketing das fabricantes. Pesquisadores também analisam o tema.
Um estudo publicado em 2021, intitulado “Durability of smartphones: A technical analysis of reliability”, investigou como os celulares reagem a quedas, fadiga mecânica e uso contínuo.
Os autores concluíram que reforços estruturais, escolhas de materiais e estratégias de dissipação de tensões realmente aumentam a vida útil dos aparelhos.
Ao mesmo tempo, análises práticas de sites especializados lembram que nenhum celular é completamente à prova de acidentes. As chances de dano diminuem, mas nunca chegam a zero.
As capinhas ainda têm espaço — e um mercado bilionário
Apesar de todos os avanços, as capinhas continuam sendo um acessório extremamente popular.
E o motivo vai além da proteção: elas representam uma das principais fontes de renda para vendedores autônomos e pequenos lojistas no Brasil.
Basta andar por feiras livres, camelôs ou pequenas bancas em shoppings populares para perceber a força desse mercado.
As capinhas se tornaram um produto de alto giro, com preços acessíveis, variedade infinita de modelos e apelo estético que conquista os consumidores.
Muitos trabalhadores sustentam suas famílias com a venda desse acessório, que se mantém como verdadeiro sucesso de vendas mesmo em tempos de crise.
Além disso, há quatro razões centrais para a permanência das capinhas no dia a dia dos usuários:
- Limite da resistência – mesmo os celulares mais reforçados podem quebrar em quedas específicas.
- Custo de reparo – trocar uma tela premium pode custar quase o preço de um aparelho intermediário.
- Proteção estética – a capa preserva o corpo do celular para revenda futura.
- Estilo e personalização – cada capinha permite ao usuário transformar o celular em um objeto único.
Os celulares estão, de fato, mais resistentes do que nunca. As inovações em vidro, estrutura e proteção contra água e poeira representam um salto em relação a modelos de dez anos atrás. Existem até aparelhos criados especificamente para dispensar capinhas, como os “rugged phones”.
Porém, a realidade brasileira mostra que as capinhas não são apenas um acessório opcional: elas movimentam um mercado fundamental para milhares de famílias e continuam oferecendo segurança extra a quem não pode arriscar o alto custo de um reparo.
Portanto, a tendência não é o fim das capinhas, mas sim a consolidação de sua dupla função: garantir proteção e alimentar um comércio popular que segue firme nas ruas do Brasil.