1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / A cidade que já foi um grande polo industrial, entrou em decadência e hoje vive um renascimento impressionante com novos investimentos
Localização SC Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 0 comentários

A cidade que já foi um grande polo industrial, entrou em decadência e hoje vive um renascimento impressionante com novos investimentos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 17/06/2025 às 09:26
A cidade que já foi um grande polo industrial, entrou em decadência e hoje vive um renascimento impressionante com novos investimentos
Foto: Gerada por IA
  • Reação
Uma pessoa reagiu a isso.
Reagir ao artigo

Joinville (SC), antes referência como polo industrial que enfrentou crise, agora vive um novo renascimento: novos investimentos, modernização e crescimento econômico.

Durante décadas, Joinville (SC) foi reconhecida como o polo industrial catarinense, respirando metalurgia, têxtil, fundição e montagem. Mas no início dos anos 2000, a crise global, a competição externa e a falta de inovação enfraqueceram esse motor produtivo. O que era símbolo de força passou a ser lembrado por fábricas em declínio, prédios fechados e promessas de renascimento.

Hoje, porém, algo mudou — e de forma notável. Joinville vive um renascimento econômico com novas frentes de investimento: tecnologia, logística, expansão industrial e infraestrutura urbana. Um movimento silencioso virou notícia, e a cidade renegociou seu lugar no mapa brasileiro.

Da queda industrial ao alerta de urgência

No século XX, Joinville cresceu com o legado de imigrantes alemães e uma estrutura industrial robusta. Empresas como Tupy, Embraco, Tigre, Ciser e Amanco garantiam empregos e influência no estado. Mas do final da década de 1990 até meados de 2000, a cidade enfrentou o impacto de concorrência internacional, custos elevados e falta de modernização — fábricas fecharam ou reduziram o ritmo, e o brilho industrial perdeu força.

Pai e filho sorrindo ao fundo de arte promocional da Shopee para o Dia dos Pais, com produtos e caixas flutuantes em cenário laranja vibrante.
Celebre o Dia dos Pais com ofertas incríveis na Shopee!
Ícone de link VEJA AS OFERTAS!

A cidade sentiu o baque: desemprego subiu, receitas caíram e o polo industrial ficou com ecos distantes do passado. Muitos começaram a questionar: será que Joinville perderia seu protagonismo?

A retomada começa com estratégia e investimentos públicos

A virada veio com articulação forte entre prefeitura, Estado e iniciativa privada. Um plano de ação foi colocado em prática.

YouTube Video

Regulamentação de um novo distrito industrial na zona sul, ampliando a área disponível para fábricas modernas e startups.

Criação e apoio a fundos e protocolos para atrair empresas de tecnologia e logística.

Parcerias com SENAI, Sesi e instituições ligadas à FIESC para formar mão de obra qualificada rapidamente.

Ao mesmo tempo, o Perini Business Park — já o maior condomínio industrial multissetorial do Brasil, com 2,8 milhões de m² de terreno e 100 empresas — foi um magneto para novos players, atraídos por infraestrutura moderna, regulamento ágil e acesso a grandes mercados.

O resultado começou a aparecer em indicadores: novos contratos, retomada de investimentos, dinamismo econômico.

PIB industrial e exportações em alta em Joinville (SC)

A retomada não é só promessa: os números confirmam. Joinville hoje é responsável por cerca de 25% do PIB industrial de Santa Catarina, o maior do estado.

No primeiro trimestre de 2025, a indústria catarinense avançou 8,5% em produção — e Joinville foi protagonista desse crescimento. Ainda em 2024, a cidade fechou com um dos maiores desempenhos no setor, puxada por ferros, autopeças, eletrodomésticos e plástico.

O comércio exterior agora mostra Joinville em outra dimensão: de janeiro a abril de 2024, o município exportou US$419,9 milhões, com foco em produtos de alto valor agregado, como partes de motor, compressores e autopeças — rumo a Estados Unidos, México e Argentina.

Tecnologia e startups: o novo motor econômico

Enquanto indústrias cresciam, surgiu um novo protagonismo: empresas de tecnologia. Joinville não hesitou em fornecer espaço e estrutura para startups e centros de inovação.

Apesar dos desafios, a presença de mão de obra qualificada em computação e investidores trouxe fôlego para a cena local.

Grandes corporações continuam de olho na cidade. A General Motors construiu uma fábrica em 2012 e projeta um novo investimento de US$1 bilhão com linha de montagem planejada.

Mercado imobiliário aquecido

Com a retomada industrial e tecnológica, o mercado imobiliário entrou em ebulição. Dados da Sinduscon-Joinville mostram aumento de 82,5% no lançamento de apartamentos no primeiro trimestre de 2025 comparado ao ano anterior.

O VGV (Valor Geral de Vendas) saltou de R$395 milhões para R$ 487 milhões no mesmo período — crescimento de 23,3%. Bairros como Costa e Silva, Glória e Bucarein viraram hotspots de lançamentos residenciais.

Joinville, portanto, respira nova economia – e isso reflete diretamente no mercado imobiliário.

Infraestrutura estratégica: aeroporto e logística

Não bastassem indústrias e tecnologia, Joinville reforçou sua posição geográfica com melhorias em logística.

O Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola prepara-se para atender mais passageiros e cargas.

Terminal de cargas modernizado, com investimentos de R$20 milhões para expansão e condomínios industriais.

Proximidade com BR-101, ferrovia antiga convertida para carga e acesso fácil a portos da região.

Esses elementos tornam Joinville um hub logístico nacional, ideal para transportadoras, e-commerce e projetos industriais.

Educação, inovação e parcerias produtivas

O sucesso das renovações se apoia também em gente qualificada. Joinville investiu em:

  • Qualificação técnica via SENAI/Sesi.
  • Relações com FIESC, UFSC e Univille.
  • Adoção de parques tecnológicos e hubs de inovação.

Empresas tradicionais também caminham para resgatar suas origens — a Ciser, nascida em 1959, hoje é referência em sustentabilidade e inovação, com centros e prêmios.

Desafios e atenção urgente

O renascimento econômico tem sido impressionante, mas também traz desafios:

  • Necessidade de infraestrutura urbana — mobilidade e transporte público.
  • Ações ambientais e controle de alagamentos em áreas planas.
  • Demanda por habitação social e serviços.
  • O planejamento urbano terá que caminhar junto com o crescimento industrial para evitar gargalos.

O que esperar para os próximos anos

A curva de retomada já está em ascensão. O que vem por aí?

  • Ampliação do distrito industrial sul e novas áreas para investimento.
  • Progressão de data centers, startups e tecnologia.
  • Expansão da GM com linha completa de montagem.
  • Novos condomínios industriais no Perini Business Park 2.
  • Serviços urbanos adaptados para atender mais gente e empresas.

Joinville vivia à sombra da crise dos 2000s, mas mostrou que ainda é possível renascer sem perder identidade. A combinação entre indústria tradicional, inovação tecnológica, logística estratégica e educação qualificada está recriando o que muitos achavam perdido.

O cenário está claro: Joinville não só recuperou o fôlego — como voltou a mirar alto. Hoje, mais do que como polo industrial, a cidade se posiciona como hub completo de desenvolvimento no Sul do Brasil. Os novos investimentos não são apenas promessas: estão sendo entregues, e com eles, a certeza de que Joinville renasceu — em grande estilo.

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x