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China supera os EUA e passa a ser vista como maior potência econômica mundial em 2025

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 16/07/2025 às 12:13
Gráficos de crescimento entre as bandeiras da China e dos EUA com moedas empilhadas ao centro, representando a disputa econômica global.
China e EUA lado a lado com gráficos e moedas, simbolizando a virada econômica global revelada em 2025.
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Percepção global muda e indica ascensão chinesa no cenário econômico internacional

Em julho de 2025, o instituto Pew Research Center divulgou um levantamento que revela mudança significativa na percepção global sobre as potências econômicas.

Pela primeira vez desde o início da série histórica, a maioria dos entrevistados em 25 países considera a China como a principal potência econômica do mundo.

A média de respostas favoráveis à China alcançou 41%, enquanto os Estados Unidos ficaram com 39%, indicando mudança na tendência global.

Essa diferença, embora pequena, marca uma virada simbólica. Em 2023, a liderança era dos norte-americanos, com 41% contra 33% da China.

A tendência de crescimento chinês mostrou-se contínua, ganhando destaque em diversas regiões estratégicas. A mudança reflete transformações econômicas e diplomáticas em curso.

Crescimento da imagem chinesa no Brasil

No Brasil, os resultados também mostraram mudanças importantes no cenário. Em 2025, 40% dos brasileiros ainda apontam os Estados Unidos como potência econômica predominante.

A China aparece logo atrás, com 36%, em uma aproximação perceptível. Desde 2023, a imagem da China cresceu seis pontos, enquanto os EUA caíram dois.

Apesar disso, 51% dos brasileiros ainda defendem relações comerciais mais estreitas com os Estados Unidos, enquanto 36% preferem intensificar vínculos com a China.

Os investimentos vindos do país asiático têm ganhado mais apoio. 58% dos brasileiros veem com bons olhos os aportes chineses, frente a 54% favoráveis aos norte-americanos.

A percepção positiva sobre os investimentos chineses reflete uma mudança gradual no posicionamento brasileiro diante das potências globais.

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Opinião pública sobre China e EUA

Ainda que a China tenha avançado, sua imagem global segue majoritariamente negativa. No geral, 54% dos entrevistados mantêm opinião desfavorável ao país asiático.

Esse índice, no entanto, recuou em relação aos 61% registrados em 2023. As opiniões favoráveis passaram de 31% para 36% no mesmo período.

No Brasil, a visão é mais positiva. 51% dos brasileiros têm boa imagem da China, enquanto apenas 40% possuem avaliação negativa em relação ao país.

Apesar do avanço chinês, os Estados Unidos ainda são vistos por 29% dos brasileiros como a maior ameaça global, seguidos por China (15%) e Rússia (12%).

Esse dado reforça a persistência da influência norte-americana no imaginário brasileiro, mesmo diante da ascensão econômica da China.

Estratégias e impactos no cenário internacional

Diversos fatores ajudam a explicar o avanço chinês no cenário global. O crescimento econômico contínuo é acompanhado por altos níveis de investimento externo.

A busca por protagonismo global também consolida a imagem da China. Além disso, a desconfiança internacional em relação a Donald Trump influencia os resultados.

Em vários países, quanto menor a confiança em Trump, maior a preferência por alianças comerciais com a China, segundo o Pew Research Center.

A percepção da dívida dos países com a China também aparece como ponto de atenção. No Brasil, 60% consideram essa dependência como um problema grave.

Mesmo assim, países como Alemanha, Indonésia e México já consideram a China como a potência dominante, invertendo posições históricas que favoreciam os EUA.

Dados econômicos e comparação com os EUA

Apesar da mudança na percepção pública, os números da economia ainda colocam os EUA à frente em diversos indicadores internacionais.

Segundo o FMI, em 2024, o Produto Interno Bruto nominal dos Estados Unidos chegou a US$ 28,78 trilhões. Já a China alcançou US$ 18,53 trilhões.

A vantagem norte-americana também se mantém no PIB per capita, que em 2023 foi estimado em US$ 81 mil, muito acima do índice chinês.

O governo chinês, no entanto, tem investido pesadamente em inovação, tecnologia e independência industrial, com estratégias nacionais robustas.

Planos como o “Made in China 2025” e a “dupla circulação” impulsionam o mercado interno e as exportações, promovendo avanços contínuos.

Esses esforços reforçam a imagem de uma China em ascensão, mesmo que os indicadores econômicos absolutos ainda apontem para a liderança norte-americana.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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