Percepção global muda e indica ascensão chinesa no cenário econômico internacional
Em julho de 2025, o instituto Pew Research Center divulgou um levantamento que revela mudança significativa na percepção global sobre as potências econômicas.
Pela primeira vez desde o início da série histórica, a maioria dos entrevistados em 25 países considera a China como a principal potência econômica do mundo.
A média de respostas favoráveis à China alcançou 41%, enquanto os Estados Unidos ficaram com 39%, indicando mudança na tendência global.
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Essa diferença, embora pequena, marca uma virada simbólica. Em 2023, a liderança era dos norte-americanos, com 41% contra 33% da China.
A tendência de crescimento chinês mostrou-se contínua, ganhando destaque em diversas regiões estratégicas. A mudança reflete transformações econômicas e diplomáticas em curso.
Crescimento da imagem chinesa no Brasil
No Brasil, os resultados também mostraram mudanças importantes no cenário. Em 2025, 40% dos brasileiros ainda apontam os Estados Unidos como potência econômica predominante.
A China aparece logo atrás, com 36%, em uma aproximação perceptível. Desde 2023, a imagem da China cresceu seis pontos, enquanto os EUA caíram dois.
Apesar disso, 51% dos brasileiros ainda defendem relações comerciais mais estreitas com os Estados Unidos, enquanto 36% preferem intensificar vínculos com a China.
Os investimentos vindos do país asiático têm ganhado mais apoio. 58% dos brasileiros veem com bons olhos os aportes chineses, frente a 54% favoráveis aos norte-americanos.
A percepção positiva sobre os investimentos chineses reflete uma mudança gradual no posicionamento brasileiro diante das potências globais.
Opinião pública sobre China e EUA
Ainda que a China tenha avançado, sua imagem global segue majoritariamente negativa. No geral, 54% dos entrevistados mantêm opinião desfavorável ao país asiático.
Esse índice, no entanto, recuou em relação aos 61% registrados em 2023. As opiniões favoráveis passaram de 31% para 36% no mesmo período.
No Brasil, a visão é mais positiva. 51% dos brasileiros têm boa imagem da China, enquanto apenas 40% possuem avaliação negativa em relação ao país.
Apesar do avanço chinês, os Estados Unidos ainda são vistos por 29% dos brasileiros como a maior ameaça global, seguidos por China (15%) e Rússia (12%).
Esse dado reforça a persistência da influência norte-americana no imaginário brasileiro, mesmo diante da ascensão econômica da China.
Estratégias e impactos no cenário internacional
Diversos fatores ajudam a explicar o avanço chinês no cenário global. O crescimento econômico contínuo é acompanhado por altos níveis de investimento externo.
A busca por protagonismo global também consolida a imagem da China. Além disso, a desconfiança internacional em relação a Donald Trump influencia os resultados.
Em vários países, quanto menor a confiança em Trump, maior a preferência por alianças comerciais com a China, segundo o Pew Research Center.
A percepção da dívida dos países com a China também aparece como ponto de atenção. No Brasil, 60% consideram essa dependência como um problema grave.
Mesmo assim, países como Alemanha, Indonésia e México já consideram a China como a potência dominante, invertendo posições históricas que favoreciam os EUA.
Dados econômicos e comparação com os EUA
Apesar da mudança na percepção pública, os números da economia ainda colocam os EUA à frente em diversos indicadores internacionais.
Segundo o FMI, em 2024, o Produto Interno Bruto nominal dos Estados Unidos chegou a US$ 28,78 trilhões. Já a China alcançou US$ 18,53 trilhões.
A vantagem norte-americana também se mantém no PIB per capita, que em 2023 foi estimado em US$ 81 mil, muito acima do índice chinês.
O governo chinês, no entanto, tem investido pesadamente em inovação, tecnologia e independência industrial, com estratégias nacionais robustas.
Planos como o “Made in China 2025” e a “dupla circulação” impulsionam o mercado interno e as exportações, promovendo avanços contínuos.
Esses esforços reforçam a imagem de uma China em ascensão, mesmo que os indicadores econômicos absolutos ainda apontem para a liderança norte-americana.