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9 países para sobreviver a uma guerra nuclear caso o mundo entre em colapso

Escrito por Jefferson Augusto
Publicado em 16/06/2025 às 08:59
Atualizado em 18/06/2025 às 08:23
Explosões nucleares atingem EUA, Europa e Ásia enquanto América do Sul e Oceania aparecem intactas em mapa hiper-realista de guerra nuclear
Mapa hiper-realista mostra a destruição provocada por múltiplas explosões nucleares no hemisfério norte, cobrindo regiões da América do Norte, Europa e Ásia, enquanto o hemisfério sul, incluindo o Brasil, permanece verde e seguro segundo estudo global sobre sobrevivência nuclear
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Simulação da revista científica Nature Food lista os poucos refúgios capazes de suportar a devastação alimentar global causada por uma guerra nuclear, incluindo Argentina, Austrália, Islândia e até a Antártida

Com o aumento das tensões entre potências nucleares e as ameaças explícitas de guerra, cresce o interesse por saber quais seriam os locais mais seguros do planeta em caso de um conflito atômico global. Um estudo publicado na revista científica Nature Food e divulgado pelo Indian Times simulou os impactos agrícolas e alimentares de uma guerra nuclear e revelou que até 6,7 bilhões de pessoas poderiam morrer de fome nos anos seguintes à catástrofe.

A reportagem destacou os países e regiões que, segundo os dados do estudo, têm maior chance de garantir a sobrevivência de sua população, graças à resiliência agrícola, localização geográfica e postura política neutra. A seguir, listamos os 8 melhores países ou territórios para sobreviver a uma guerra nuclear, segundo os especialistas.

Lista dos 8 melhores lugares do mundo para sobreviver a uma guerra nuclear

Os melhores países para sobreviver a uma guerra nuclear são: Argentina, Austrália, Islândia, Nova Zelândia, Suíça, Uruguai, Brasil, Omã, Antártida

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Argentina

Com solo fértil, clima favorável e vastos recursos naturais, a Argentina aparece como uma das nações mais bem posicionadas para garantir segurança alimentar mesmo após o colapso do comércio global.

Austrália

Sua localização remota, robusta infraestrutura agrícola e postura relativamente neutra em conflitos armados tornam o país um dos mais preparados para enfrentar as consequências de um inverno nuclear.

Islândia

Isolada no Atlântico Norte, a Islândia é reconhecida por sua neutralidade, uso de energia limpa (geotérmica) e capacidade de manter autonomia em produção alimentar básica.

Nova Zelândia

Apesar de apoiar algumas sanções diplomáticas, o país é distante de zonas de conflito e tem regiões montanhosas que podem servir como abrigo natural contra radiação e ataques.

Suíça

Famosa por sua neutralidade e seu sistema de bunkers nucleares civis, a Suíça possui estrutura de proteção e preparação de emergência entre as mais avançadas do mundo.

Uruguai

Com forte produção agrícola e baixo envolvimento internacional em conflitos armados, o Uruguai é uma das apostas da América do Sul para resistir à escassez de alimentos.

Brasil

Embora não citado diretamente na pesquisa, o Brasil reúne características sólidas para figurar entre os países mais seguros. Possui vasto território agrícola, grande autossuficiência alimentar, fontes próprias de energia renovável e uma postura diplomática não agressiva. Além disso, sua distância dos principais alvos geopolíticos e densidade populacional moderada em muitas regiões reforçam o potencial de sobrevivência em uma crise nuclear global.

Omã

Situado no Oriente Médio, Omã mantém estabilidade interna, neutralidade geopolítica e infraestrutura que favorece o abastecimento local mesmo em colapsos globais.

Antártida

Embora inabitada, a Antártida é apontada como um dos locais mais seguros em termos de radiação e bombardeios, devido à sua completa neutralidade e isolamento extremo. Pode servir como abrigo logístico para missões de sobrevivência.

As consequências reais de uma guerra nuclear

Uma guerra nuclear traria impactos muito além da destruição imediata causada pelas explosões. O estudo da Nature Food destaca que a consequência mais catastrófica seria o colapso do sistema alimentar global, causado pela queda acentuada de temperatura e diminuição da luz solar devido à fuligem na atmosfera.

Esse fenômeno, conhecido como inverno nuclear, poderia durar anos e inviabilizar a produção agrícola em larga escala. Além disso, haveria interrupção total do comércio internacional, dificultando o acesso a fertilizantes, combustíveis e alimentos processados. A fome generalizada, segundo as simulações, poderia causar a morte de até 6,7 bilhões de pessoas.

O colapso das redes de distribuição de energia, água e saneamento básico agravaria ainda mais a situação, assim como a radiação persistente, que tornaria regiões inteiras inabitáveis por décadas. Em resumo, sobreviver a uma guerra nuclear exige muito mais do que se proteger da explosão: exige resistência a um colapso global de longo prazo.

Infraestrutura típica de países com alto potencial de sobrevivência

Os países com maior chance de manter a estabilidade após uma guerra nuclear apresentam um conjunto de características estruturais muito específicas. Entre elas está a neutralidade diplomática, que os mantém fora da rota de possíveis ataques.

Também se destacam pela capacidade de produção agrícola interna, com solo fértil, disponibilidade de água e clima favorável, fatores essenciais para garantir autonomia alimentar.

A localização geográfica isolada é outro elemento-chave, protegendo contra efeitos diretos de explosões e ondas de radiação. Países com infraestrutura energética independente, como energia geotérmica ou hidrelétrica, conseguem manter serviços básicos mesmo sem apoio externo.

Além disso, sistemas de defesa civil eficientes, com estoques de emergência, protocolos de abrigo e resposta rápida, aumentam significativamente a chance de sobrevivência.

É essa combinação de fatores que faz com que apenas um grupo seleto de países esteja, de fato, preparado para enfrentar as consequências de uma guerra nuclear prolongada.

Menções honrosas: países com segurança relativa em cenário nuclear

Além dos nove países principais listados como os melhores para sobreviver a uma guerra nuclear, diversas outras nações e territórios merecem menção honrosa por apresentarem características geográficas, políticas ou estruturais que aumentam suas chances de resiliência diante de um colapso global.

Entre eles, está o Chile, com sua cordilheira dos Andes funcionando como barreira natural e sua posição geográfica afastada dos centros de tensão mundial.

A Groenlândia, território dinamarquês extremamente isolado e pouco populoso, também representa uma alternativa viável, especialmente por não ter valor estratégico em conflitos globais.

Outro exemplo é o Butão, pequeno reino do Himalaia que se destaca por sua neutralidade, isolamento e ausência de alvos militares.

Na Oceania, surgem opções como a Papua-Nova Guiné e as Ilhas Fiji, ambas com localização remota no Pacífico e pouca relevância geopolítica, o que reduz a probabilidade de ataque.

A Mongólia, entre Rússia e China, surpreende por sua postura neutra e vastas áreas pouco habitadas, com possibilidade de autossuficiência básica. Já a Namíbia, no sudoeste da África, se destaca por seu clima estável, baixa densidade populacional e histórico de não envolvimento em conflitos armados.

Esses países, embora não liderem o ranking principal, compartilham fatores que os tornam alternativas reais de abrigo e sobrevivência, especialmente para populações que buscam rotas de fuga, isolamento estratégico e capacidade mínima de subsistência em meio ao caos de uma eventual Terceira Guerra Mundial.

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Jefferson Augusto

Profissional com experiência militar no Exército, Inteligência Setorial e Gestão do Conhecimento no Sebrae-RJ e no Mercado Financeiro por meio de um escritório da XP Investimentos. Trago um olhar único sobre a indústria energética, conectando inovação, defesa e geopolítica. Transformo cenários complexos em conteúdo relevante sobre o futuro do setor de petróleo, gás e energia. Envie uma sugestão de pauta para: jasgolfxp@gmail.com

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