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88% da energia elétrica no Brasil vem a partir de fontes renováveis

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 27/08/2025 às 07:50
Painéis solares e turbinas eólicas em operação sob um céu com nuvens espalhadas ao entardecer.
Painéis solares e turbinas eólicas funcionando em conjunto sob um céu parcialmente nublado, simbolizando a integração de diferentes fontes de energia limpa.
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Descubra como a energia elétrica no Brasil é gerada majoritariamente por fontes renováveis, garantindo sustentabilidade e liderança global no setor elétrico.

O Brasil se destaca mundialmente por sua matriz energética limpa e diversificada. A energia elétrica no Brasil, portanto, possui um histórico marcado por grandes transformações e investimentos que priorizam a sustentabilidade, consolidando o país como referência global em geração renovável.

Além disso, dados recentes do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2025 mostram que cerca de 88% da eletricidade brasileira sai de fontes renováveis, incluindo energia hidráulica, solar, eólica e biomassa.

Consequentemente, esse desempenho coloca o Brasil em destaque diante de países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Historicamente, a trajetória da energia elétrica no Brasil acompanha o desenvolvimento econômico e social do país. Desde o início do século XX, o país construiu hidrelétricas para aproveitar seus extensos rios e quedas d’água.

Por exemplo, a Usina de Paulo Afonso, inaugurada na década de 1950, e a Hidrelétrica de Itaipu, concluída na década de 1980, ilustram esse modelo de produção energética.

Assim, a dependência da hidráulica marcou o país por décadas, garantindo energia abundante, mas também evidenciando a necessidade de diversificação diante de períodos de seca e mudanças climáticas.

Além disso, o Brasil passou a equilibrar a expansão da geração elétrica com políticas ambientais. Dessa forma, planejou reservatórios de hidrelétricas considerando estudos detalhados de impacto social e ecológico, integrando conservação ambiental e desenvolvimento humano.

Portanto, essa abordagem histórica mostra que a evolução da energia elétrica no Brasil envolve tecnologia e gestão responsável dos recursos naturais.

Expansão das fontes renováveis: solar e eólica

Nas últimas décadas, a geração eólica e solar cresceu de forma acelerada. Entre 2023 e 2024, a geração eólica aumentou 12,4%, enquanto a solar registrou crescimento expressivo de 39,6%.

Além disso, esse avanço reflete os investimentos em tecnologias modernas e a descentralização da geração elétrica, permitindo que regiões afastadas dos grandes centros produzam e consumam energia limpa localmente.

Dessa maneira, esse movimento fortalece a energia elétrica no Brasil e contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, alinhando o país a compromissos internacionais de sustentabilidade.

O gás natural também desempenha papel relevante na matriz energética nacional. Apesar de ser uma fonte fóssil, seu crescimento de 23,9% entre 2023 e 2024 ajudou a equilibrar a oferta, especialmente em períodos de menor produção hidrelétrica.

Assim, essa combinação demonstra que o Brasil diversifica suas fontes para garantir segurança energética e estabilidade no fornecimento.

O BEN evidencia que as fontes renováveis mantêm participação acima de 70% desde 2004, consolidando a trajetória de sustentabilidade do país.

Isso inclui hidrelétricas e o aumento da geração a partir da biomassa, oriunda de resíduos agrícolas e industriais.

Essa estratégia agrega valor ao setor agropecuário e promove eficiência energética.

Portanto, esse histórico reforça que a energia elétrica no Brasil desempenha papel central no desenvolvimento socioeconômico, fornecendo energia confiável para indústrias, comércios e residências.

Além disso, o Brasil ampliou políticas de incentivo à geração distribuída.

Assim, consumidores, desde residências até grandes empresas, agora geram sua própria eletricidade com painéis solares ou pequenas turbinas eólicas.

Dessa forma, esse modelo reduz custos e diminui a sobrecarga nas redes de distribuição, tornando o sistema elétrico mais resiliente.

Energia solar e eólica fortalecem regiões estratégicas

O crescimento da energia solar reflete a capacidade do país de aproveitar sua posição geográfica privilegiada. Com alta incidência solar ao longo do ano, regiões como Nordeste e Sudeste se tornam polos de geração distribuída e autoprodução.

Portanto, pequenas residências e empresas produzem sua própria eletricidade, reduzindo custos e fortalecendo a autonomia energética.

Além disso, a expansão da energia solar beneficia programas de inclusão social, permitindo acesso à energia elétrica no Brasil de forma mais justa e equitativa.

A energia eólica se destaca em estados do Nordeste, como Bahia e Rio Grande do Norte, onde ventos constantes garantem produção regular.

Assim, esse tipo de geração impulsiona o desenvolvimento local, cria empregos e incentiva investimentos em infraestrutura.

Dessa maneira, a combinação de fontes hidráulicas, solares e eólicas torna a matriz elétrica brasileira uma das mais limpas e confiáveis do mundo.

Além do impacto ambiental, a expansão das fontes renováveis fortalece a economia.

Investimentos em infraestrutura elétrica geram empregos diretos e indiretos, estimulam inovação tecnológica e atraem capital estrangeiro.

Portanto, a diversificação da matriz energética reduz a dependência de combustíveis fósseis importados, contribuindo para a segurança energética nacional.

Historicamente, períodos de instabilidade internacional nos preços do petróleo mostraram a importância de uma matriz equilibrada.

Assim, o Brasil se beneficia dessa estratégia.

A geração elétrica também fomenta educação e capacitação tecnológica.

Dessa forma, universidades e centros de pesquisa participam de projetos de inovação, desenvolvendo soluções para armazenamento de energia, eficiência de turbinas e painéis solares, e integração de fontes intermitentes.

Dessa maneira, esses investimentos em conhecimento fortalecem o setor industrial e tecnológico, garantindo que a energia elétrica no Brasil permaneça competitiva e sustentável.

O papel do Balanço Energético Nacional

O Balanço Energético Nacional ajuda a compreender a evolução da energia elétrica no Brasil.

Publicado anualmente, ele apresenta dados sobre oferta, consumo, importação e exportação de energia.

Além disso, a EPE, responsável por sua elaboração desde 2004, fornece informações detalhadas que orientam políticas públicas e investimentos estratégicos.

Assim, governos e empresas tomam decisões mais informadas, promovendo eficiência e sustentabilidade no setor elétrico.

A trajetória da energia elétrica no Brasil também depende da inovação tecnológica.

Novos modelos de armazenamento de energia, como baterias avançadas e sistemas de hidrogênio, ajudam a integrar fontes intermitentes, como solar e eólica, à matriz.

Dessa forma, esses avanços garantem eletricidade disponível mesmo em períodos de menor vento ou radiação solar, fortalecendo a confiabilidade do sistema e ampliando a participação de renováveis.

O Brasil mantém atenção especial ao meio ambiente.

Ao priorizar fontes limpas, contribui significativamente para reduzir emissões de carbono.

Além disso, a preservação de recursos hídricos, a utilização de resíduos agrícolas e industriais e o incentivo à geração distribuída fortalecem o compromisso ambiental.

Assim, mostra que a energia elétrica no Brasil cresce sem comprometer o planeta.

Desafios e perspectivas futuras

A longo prazo, o país enfrenta o desafio de expandir a geração de forma sustentável, incorporar novas tecnologias e garantir acesso universal à eletricidade.

Portanto, projetos de transmissão, modernização de hidrelétricas e incentivos à autoprodução permanecem fundamentais para manter a liderança do Brasil em energia limpa.

Além disso, a educação e a conscientização sobre o uso racional de energia asseguram que o crescimento econômico siga alinhado à preservação ambiental.

Em resumo, o Brasil construiu, ao longo de décadas, uma trajetória sólida e sustentável no setor elétrico.

Com 88% da energia elétrica proveniente de fontes renováveis, o país se destaca mundialmente, combinando eficiência, inovação e responsabilidade ambiental.

Assim, a história da energia elétrica no Brasil demonstra que é possível aliar desenvolvimento econômico à sustentabilidade, tornando o país um exemplo para outras nações.

O futuro da energia elétrica brasileira depende da continuidade de políticas públicas estratégicas, do investimento em novas tecnologias e da expansão das fontes renováveis.

Dessa forma, o Brasil garante eletricidade confiável para sua população e prova que uma matriz energética limpa e diversificada é um pilar essencial para o desenvolvimento sustentável e a liderança global em geração elétrica.

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O Futuro da Energia: Mais de 80% da matriz energética brasileira vem de fontes renováveis | TV Brasil

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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