Os países com mais FPSOs no mundo concentram produção offshore de grande escala; o pré-sal puxa demanda por logística offshore e fortalece a operação marítima no setor
O mapa global dos países com mais FPSOs no mundo evidencia um redesenho de poder na produção offshore. O Brasil aparece na dianteira com 46 FPSOs em operação, apoiado pelo avanço do pré-sal e por um ecossistema industrial que combina integração de topsides, manutenção especializada e uma logística de longo curso. Na sequência, Reino Unido, Angola, Nigéria e China compõem um bloco de relevância técnica e comercial, cada qual com particularidades regulatórias e de maturidade de campos.
Conforme o especialista Léo Cruz, a fotografia atual revela onde a demanda por engenharia, logística e operação marítima é mais intensa e recorrente. Conhecer a distribuição dos FPSOs indica tendências de contratação, perfil de retrofit e o tipo de solução de conteúdo local que tende a ganhar tração. Para quem atua no setor, entender a geografia da frota é insumo estratégico para planejamento de portfólio e posicionamento competitivo.
Brasil: escala do pré-sal e efeito multiplicador
O Brasil mantém a liderança com 46 FPSOs, resultado de projetos em águas ultraprofundas e da maturidade operacional no pré-sal.
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A combinação de grandes unidades, janelas de manutenção e expansão de poços cria demanda contínua por serviços de comissionamento, inspeção, integridade e intervenções subsea.
A cadência de novas entradas consolida o país como maior destino de contratos ligados a operação e manutenção.
No plano logístico, a frota distribui-se por hubs que conectam suprimentos, equipes e embarcações de apoio, exigindo planejamento fino de janelas climáticas e de rebocadores para deslocamentos de longa distância.
A previsibilidade do pipeline favorece fornecedores com capacidade de resposta, gestão de risco e estoques críticos próximos às bacias.
A logística offshore orquestra suprimentos e equipes para operação marítima contínua nos hubs.
Reino Unido: Mar do Norte e revitalização de campos
Com 18 FPSOs, o Reino Unido opera sobretudo no Mar do Norte, onde revitalização de campos maduros e retrofit guiam a agenda técnica.
O foco recai sobre eficiência, descarbonização operacional e extensão de vida útil em unidades que combinam atualizações de topsides, metrologia e instrumentação.
O ambiente regulatório exige gestão rigorosa de integridade e emissões, o que fortalece nichos de inspeção avançada, modificações de processo e digitalização.
A experiência acumulada em campos maduros cria um mercado para soluções de alto valor agregado e prazos firmes de intervenção.
O foco em produção offshore madura sustenta contratos de operação marítima e logística offshore.
Angola: águas profundas e conteúdo local
Angola soma 16 FPSOs e se mantém entre os líderes da África Ocidental.
A geografia offshore e a profundidade d’água impõem desafios de logística e manutenção, com rotinas de peças sobressalentes e escalas de equipe ajustadas a janelas marítimas.
Conteúdo local orienta estratégias de transferência de conhecimento e capacitação.
A necessidade de manter fator de recuperação em ativos relevantes impulsiona serviços de otimização de processo, confiabilidade e gestão de corrosão.
A previsibilidade dos contratos depende da estabilidade operacional e do sincronismo entre operadores e fornecedores internacionais.
Nigéria: prolongamento de vida e soluções criativas
A Nigéria, com 15 FPSOs, opera em campos maduros que se beneficiam do uso de FPSO para prolongar a vida útil de poços.
A pressão por produtividade e disponibilidade estimula soluções criativas em suporte e manutenção, incluindo upgrades modulares e estratégias de parada reduzida.
Nesse contexto, planejamento de integridade e gerenciamento de risco são diferenciais competitivos.
A logística de peças críticas e a segurança de operações offshore ditam o ritmo de execução, favorecendo players com capacidade de mobilização rápida e compliance robusto.
China: indústria naval e expansão tecnológica
A China reúne 14 FPSOs e apoia-se em forte indústria naval e de construção para acelerar entregas e padronizar componentes.
O movimento inclui investimento crescente em tecnologia offshore e em parcerias internacionais para integrar cadeias de suprimento e engenharia de detalhamento.
Esse ecossistema permite ganhos de escala em fabricação, comissionamento e testes, encurtando cronogramas e viabilizando pacotes de solução que combinam casco, topsides e automação.
A aposta em padronização reduz custos unitários e amplia competitividade em novos projetos.
O que os números sinalizam para engenharia e logística
A concentração dos países com mais FPSOs no mundo indica ondas de demanda em integridade, inspeção baseada em risco, upgrades de processo e operações marítimas de apoio.
O Brasil puxa a fila do crescimento, enquanto Reino Unido, Angola, Nigéria e China sustentam pipelines estáveis de retrofit, manutenção e construção.
Para fornecedores, o recado é claro. Capacidade de resposta logística, estoques avançados, rastreabilidade e SLA de peças críticas tornam-se decisivos.
Ao mesmo tempo, padrões de segurança e desempenho ganham peso como critério de seleção, elevando a barreira técnica de entrada.
O ranking dos países com mais FPSOs no mundo posiciona o Brasil na liderança, seguido por Reino Unido, Angola, Nigéria e China, cada qual com oportunidades específicas em engenharia, logística, supply chain e operação marítima.
Entre os países com mais FPSOs no mundo, o pré-sal segue motor de produção offshore com logística offshore integrada.
Para quem opera ou fornece ao setor, alinhar competências à geografia da frota é a chave para capturar valor em um ciclo ainda expansivo.
Qual país desse top 5 deve concentrar sua estratégia nos próximos 12 meses e por quê? Compartilhe nos comentários qual nicho técnico você priorizaria.



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