Start-Stop segue gerando polêmica em 2025: donos de Jeep, Fiat, BMW, Ford e Mercedes relatam falhas após troca de bateria e custos extras.
O Start-Stop foi criado para reduzir consumo de combustível e emissões. O funcionamento é simples: em paradas rápidas, como em semáforos, o motor é desligado automaticamente e religado ao acionar o acelerador.
Apesar da promessa de eficiência, no Brasil o sistema acumula reclamações frequentes. Em 2025, relatos em oficinas, plataformas de consumidores e avaliações de mecânicos apontam três problemas principais:
- Falhas após troca de bateria, já que exige componentes específicos e mais caros.
- Desligamentos inesperados, que comprometem a dirigibilidade.
- Custos extras com manutenção de bateria e motor de partida, que sofrem maior desgaste.
Jeep — falhas após troca de bateria são destaque
Entre as marcas com mais registros, a Jeep aparece em destaque. Modelos como Compass e Renegade, equipados com Start-Stop, acumulam reclamações após a substituição da bateria original.
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Segundo relatos em oficinas e em plataformas como ReclameAqui, o sistema muitas vezes não volta a funcionar corretamente após a troca. Isso ocorre porque o Start-Stop exige baterias AGM ou EFB, mais caras que as convencionais, e sensíveis a variações de carga.
Um erro comum entre proprietários é tentar instalar baterias comuns, o que gera falhas imediatas. Em média, a substituição custa de R$ 1.200 a R$ 2.500, valores acima do que se paga em carros sem a tecnologia.
Fiat — ligações inesperadas e desgaste prematuro
No caso da Fiat, os relatos se concentram em modelos como Argo e Toro. Proprietários citam desligamentos inesperados em trânsito lento ou dificuldade no religamento do motor em situações de tráfego pesado.
Oficinas alertam para o desgaste prematuro do motor de partida, que é acionado inúmeras vezes em trajetos urbanos. O custo de reparo pode superar R$ 3 mil quando há necessidade de substituir componentes.
Especialistas em eletrônica automotiva também destacam que o sistema da Fiat é sensível a falhas no sensor de carga da bateria, que exige calibração após cada troca.
BMW — tecnologia avançada, mas manutenção cara
Entre as marcas premium, a BMW aparece como uma das que mais gera custos elevados com o Start-Stop. A tecnologia está presente em praticamente todos os modelos recentes da montadora, como Série 3 e X1.
Os problemas mais comuns relatados em 2025 incluem:
- Desgaste precoce de bateria AGM,
- falhas em sensores eletrônicos,
- e necessidade de atualização de software.
Os custos acompanham o padrão premium: trocar a bateria de um BMW com Start-Stop pode custar até R$ 5 mil, segundo oficinas especializadas.
Ford — histórico de queixas no Brasil
Modelos da Ford como EcoSport, Focus e Fusion, que ainda circulam no mercado de usados, também acumulam reclamações relacionadas ao Start-Stop.
Mecânicos relatam que, em alguns casos, o sistema desliga o motor em condições inadequadas, como em subidas ou cruzamentos, causando insegurança. Além disso, a vida útil da bateria é reduzida em até 40% em comparação a carros sem a tecnologia.
O custo médio para manter o Start-Stop funcional em modelos da Ford varia entre R$ 1.800 e R$ 3.500, dependendo da necessidade de trocar bateria e reprogramar módulos eletrônicos.
Mercedes-Benz — sofisticação que cobra caro
Na Mercedes-Benz, o Start-Stop é padrão em quase toda a linha recente vendida no Brasil. Embora a engenharia seja robusta, a realidade brasileira traz desafios: calor excessivo, trânsito pesado e manutenção irregular.
Os relatos mais comuns são de desgaste acelerado da bateria e necessidade de substituição frequente. Além disso, sensores de posição do volante e do pedal de freio podem apresentar falhas, desativando o sistema.
O custo médio de substituição da bateria em modelos Mercedes com Start-Stop fica entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, dependendo da versão.
Oficinas confirmam: manutenção mais cara é realidade
Oficinas independentes e autorizadas relatam que o Start-Stop, embora eficiente em teoria, eleva o custo de manutenção do veículo. Isso porque o sistema depende de:
- Baterias especiais (AGM/EFB), mais caras e menos duráveis em condições severas.
- Módulos eletrônicos que exigem reprogramação.
- Motores de partida reforçados, que sofrem mais desgaste.
Segundo levantamento de mecânicos em São Paulo, o custo de manutenção preventiva e corretiva pode ser até 40% maior em veículos com Start-Stop em comparação aos modelos convencionais.
O impacto no mercado de usados
No mercado de usados em 2025, veículos com Start-Stop geram dúvidas entre compradores. A possibilidade de ter que gastar R$ 2 mil a R$ 5 mil em bateria ou lidar com falhas eletrônicas afasta parte dos consumidores.
Especialistas em mercado automotivo recomendam que compradores avaliem:
- Se o sistema está ativo e funcionando no test-drive;
- Se a bateria instalada é compatível (AGM ou EFB);
- E se há histórico de substituições documentado.
O sistema Start-Stop continua a dividir opiniões em 2025. Para os fabricantes, é um avanço em eficiência energética e redução de emissões. Para proprietários brasileiros, porém, a tecnologia ainda é sinônimo de reclamações frequentes, custos elevados de manutenção e desgastes prematuros.
Jeep, Fiat, BMW, Ford e Mercedes aparecem entre as marcas com mais registros de problemas — seja por falhas após troca de bateria, desligamentos inesperados ou reparos de alto custo.
O alerta fica claro: quem possui ou pretende adquirir um carro com Start-Stop deve se preparar para um custo extra de manutenção e atenção redobrada em oficinas especializadas.
Tenho Tcross não tenho problemas mas com bateria comum so funciona o sistema no começo depois parou, coloquei uma EFB que custou 770 reais e não tenho problemas. Qto ao combustível não tenho vantagem nenhuma, controlo todos os pingos do álcool semanalmente, na verdade até baixou minha quilometragem semanal. Se esse perrengues acontece por ser muito perigoso, eliminar seria mais seguro no meu ponto de vista. Acho que as montadoras deve investir num motor mais econômico e no piloto automático…+66
Tenho um Virtus 2023 com 35.000 km, e super indico o star stop, que além da opção de desligar no multimídia, possui um sistema que só aciona se pisar mais forte no pedal do freio, ou seja não fica desligando em qualquer parada, só aciono em paradas de mais de 1 minuto. Só não gosto que o acc ao detectar uma moto que cruza na frente, ou o veículo a frente que anda dois metros e para, para ligar o carro antes da hora desejada, isso a Volkswagen tem que cancelar.
Vamos esclarecer:
Os carros com STAR STOP geralmente usam baterias EFB, que custam entre 450 e 900 Reais. Um simples Renault Sandero 2018 em diante também usa, mesmo sem o sistema.
Bateria AGM custam entre 1500 e 2500 reais, mas só carros muito caros usam.
Os carros já não são mais os mesmos de 10 anos atrás, só isso !!!
Tenho um Creta Action, carro barato, e a bateria é AGM, portanto não é só em carros caros a tem elas.