Uma pesquisa realizada pelo Talkspace’s Employee Stress Check mostra que mais de 40% dos trabalhadores consideram pedir demissão dentro de alguns anos. A demissão silenciosa nas vagas de emprego vem se tornando cada vez mais comum, principalmente em ambientes onde os funcionários se sentem sobrecarregados, com burnout e salário baixo.
Já ouviu falar de demissão silenciosa? Os trabalhadores estão ficando cada vez mais exigentes quando se fala de vagas de emprego: ter bons salários segundo a função e estar de bem com a saúde mental vem sendo uma das exigências para prevenir o burnout e garantir uma carreira de sucesso.
A pesquisa da Talkspace’s Employee Stress Check mostra que mais de 40% de todos os funcionários entrevistados pretendem se demitir nos próximos anos, indo em busca de melhores ambientes corporativos. Os dados foram baseados em colaboradores nos Estados Unidos, mas refletem um cenário mundial.
Conforme a pesquisa, a principal causa da saída dos colaboradores é em relação ao salário, contando com 57%. Em segundo lugar está o burnout (excesso de estresse por conta do trabalho), que chega a 51%, porcentagem bastante semelhante com a primeira causa. Posteriormente, adquirindo 45% de todos os votos, está a falta de flexibilidade por parte das marcas ou o excesso de horas extras cobradas pelos gestores.
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Como consequência dos fatores acima, o trabalhador tende a limitar as suas funções, fazendo apenas o necessário. Afinal, não se sente incentivado a entregar mais de si, sendo que não obtém os retornos pessoais esperados. A demissão não vem sendo realizada apenas pelas empresas em relação a vagas de emprego, agora faz parte da realidade de seus contratados.
A psicóloga Patrícia Ansarah afirma que este comportamento advindo dos funcionários vem se popularizando com a geração Z, principalmente aqueles que nasceram após os anos de 1996, intensificando a voz sobre o sofrimento no ambiente de trabalho.
O que é Burnout?
Vagas de emprego: funcionários deixam de pegar funções extras não previstas na contratação pela empresa
Patrícia afirma que os funcionários estão deixando de pegar funções extras que não estão relacionadas com o que foi acordado no momento da contratação. Segundo ela, a geração Z é formada por pessoas que não se importam em trabalhar demais, contanto que isso não custe a saúde mental com burnout. No entanto, muitos ainda não têm a opção de escolher entre trocar ou não de empresa, muitas vezes pela falta de profissionalização, fazendo com que permaneçam em ambientes abusivos de trabalho.
A psicóloga Veruska Galvão, também fundadora do IISP, afirma que a pandemia fez com que muitas empresas pressionassem os seus funcionários de modo a trazer resultados. Moldando, assim, completamente a forma de trabalhar e pensar sobre as relações comerciais. Entretanto, a geração atual não está em busca apenas de salário: a carreira profissional deve existir, mas também é importante um equilíbrio para que não prejudique a qualidade de vida com burnout.
Tendo isso em vista, é importante que os líderes estejam ciente de formas para melhorar o cenário, propondo soluções mais flexíveis para os seus funcionários, como o banco de horas e a possibilidade do home office. Melhorar as relações no ambiente corporativo faz com que o trabalho seja mais agradável e o colaborador se sinta satisfeito, disposto a entregar mais.
Dados liberados pela Gallup, que consideram a opinião de 3 milhões de pessoas, mostram que apenas 25% delas se consideram engajadas no ambiente corporativo, enquanto o restante, sente-se desmotivado por algum fator anteriormente citado. Isso impacta diretamente na economia, custando mais de US$ 7,8 trilhões para empresas em escala global.